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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Mission to Mars - Analisando o Pré-Release de BNG


E aí pessoal, aqui quem fala é o Vico e hoje estou aqui pra falar do assunto do momento, a nova edição, Born of the Gods, direcionado para o pré-release. A edição veio com muitas cartas interessantíssimas pro selado e, como Theros já era uma edição legal para o formato, tudo indica que dessa vez a galera da Wizards acertou e proporcionou pra gente um limited bem divertido e com várias interações diferentes. 




Mas, conforme o pré-release se aproxima, surgem várias dúvidas nas cabeças dos jogadores, tais quais: “Qual a melhor cor?”, “Qual a melhor promo?”, etc. Portanto, vou tentar passar o meu ponto de vista, junto com o de todo mundo do MTG Factory.

Vamos separar a edição por cores, para ficar mais fácil de analisar as cartas. Nós temos dois ciclos de destaque para se levar em consideração ao falar sobre a edição: O dos arquétipos e o de geradores de tokens inspirados, portanto falaremos sobre cada um em suas respectivas cores. Também vamos tentar listar as cores e as promos pelo que acreditamos ser as melhores para esse pré-release, portanto vamos lá.

É importante salientar que não analisaremos as raras, as chamadas bombas, uma vez que, ao decidir qual cor usar no evento, o jogador não pode contar com as raras, pois não há nenhuma garantia de que ele vai abrir alguma daquelas nos boosters. As comuns e incomuns cumprem um papel muito maior no processo de seleção de cores, portanto a elas que nós daremos toda a nossa atenção.

Branco

Uma cor boa em Theros, com criaturas com heróico fortes, e vários tricks para ativá-los, o branco ganhou mais algumas ferramentas em BNG, como o que pode ser a melhor comum da edição na forma do Akroan Skyguard. Um Wingsteed Rider menor e, discutivelmente, melhor. Heróico é o tipo de habilidade que rende mais quando presente em criaturas de curvas menores, para serem seguidas de bestows e tricks em curvas maiores e causarem um estrago progressivo.

Revoke Existence é uma carta excelente, não apenas para diminuir as criaturas do seu oponente que estão carregando algum bestow mas, com a quantidade de criaturas encantamento na edição, ele se torna muitas vezes um removal por 2 manas.

Nyxborn Shieldmate é outra carta de destaque, pelo baixo custo de bestow, ativando facilmente os heróicos relevantes do formato.

Nas incomuns, Ghostblade Eidolon é uma carta que tem um potencial gigantesco pra encerrar o jogo assim que entrar em campo. É inclusive bem viável jogá-lo pelo seu custo normal para jogar um outro bestow ou qualquer encantamento nele nos próximos turnos.

Ornitharch é uma das excelentes “bombas” não-raras da edição, mesmo sendo uma carta de tributo – habilidade não muito bem vista entre os jogadores pelo famoso efeito browbeat -, de qualquer jeito ele coloca 5 de poder voando na mesa.

Arquétipo: Um dos melhores entre os 5, torna os blocks que já eram difíceis no formato muito mais complicados. First strike é uma habilidade que pode fazer muita diferença numa corrida, portanto é mais uma das cartas que pesam para branco ser uma das melhores cores da edição.

God-Favored General: O gerador de tokens branco é, provavelmente o pior dos 5. Seu corpo é fraco, o que torna atacar com ele bastante complicado. Sua parte boa é o custo baixo e o fato de colocar 2 tokens, então conectar a primeira vez não vai ser tão difícil, o problema é saber se tokens 1/1 fariam diferença na mesa que, normalmente, fica lotada de criaturas poderosas. Provavelmente não.

Promo: A promo branca não está entre as melhores, mas isso não significa que ela seja necessariamente ruim. Ela é um pouco pesada, mas existem muitas coisas interessantes que podem ser voltadas com ela, como o próprio Arquétipo.

Posição no ranking – 2º: Branco já era forte e ficou mais ainda. Suas criaturas são eficientes e, dentro dela mesma, há ferramentas pra triggar seus heróicos, seus inspirados, deixar suas criaturas maiores, enfim. Uma cor que sozinha é muito forte e combina bem com praticamente todas as outras.

Azul

Outra cor que era muito boa em Theros, o azul não ganhou muitas coisas para ajudá-la em BNG. Uma das cartas boas que vieram pra somar é Chorus of the Tides. Criaturas voadoras valem ouro num formato tão equilibrado quanto esse, podendo ser encantadas com algum bestow e te lançar muito pra frente na corrida em situações em que ambos os jogadores possuem criaturas poderosas na mesa.

Nullify também é uma excelente opção para os decks azuis. Se Annul já era uma carta que via jogo, Nullify pode ver mais ainda, uma vez que ela cobre praticamente todas as threats do ambiente.

Outra carta de grande potencial é Sudden Storm. Desabilitar as duas maiores criaturas do oponente por 2 turnos é definitivamente algo que pode te dar a vitória, principalmente se levar em consideração que decks agressivos podem ter acesso a ela e a Sea God's Revenge, uma combinação complicadíssima de se bater, caso ele tenha um começo de jogo relativamente agressivo.

Retraction Helix é uma das melhores cartas azuis, triggando heróico, triggando inspired e dando um bounce em qualquer coisa relevante do oponente por apenas 1 mana.

Divination merece destaque também, novamente pelo fato do formato ser equilibrado, as duas cartas a mais que você terá acesso – principalmente com a quantidade de “bombas” nas edições – lhe manterão à frente do oponente.

Entre as incomuns, Flitterstep Eidolon é uma carta muito forte, encantando a criatura certa pode acabar com o jogo em 2 ou 3 turnos sem muito esforço.

Vortex Elemental também tem potencial para brilhar no limited, principalmente no pré-release. Em um formato que você tem certeza que o seu oponente possui ao menos uma bomba em seu deck (a Promo), ele surge como uma excelente resposta para ela e os custos de suas habilidades estão na curva necessária para se responder às criaturas perigosas do oponente.

Arquétipo: O melhor deles, o arquétipo azul finalizará muitos jogos nesse pré-release no mesmo turno que entrar em campo. Fazer suas criaturas passarem pelas do seu oponente é simplesmente a melhor coisa que você poderia querer pra acabar logo com o jogo.

Aerie Worshippers: Não está nem entre os melhores e nem entre os piores geradores inspirados do ciclo. Seu corpo é razoável e até te permite atacar com ele em algumas situações e o token que ele gera é 2/2 e voar. Nada de excepcional nele.

Promo: A promo azul está no meio da tabela das promos. É uma criatura interessante, tem um efeito bom e um corpo legal para uma criatura voadora. Faz praticamente tudo que você gostaria que uma promo fizesse, só não está posicionada mais acima, pois as outras duas são melhores que ela.

Posição no ranking – 4º: O azul ganhou poucas ferramentas e era melhor em Theros do que em BNG. Enquanto a maioria das outras cores se reforçou, ele ficou pra trás e acabou sendo ultrapassada pelas outras.

Preto

A Wizards não foi muito boazinha com o Preto. Uma das cores menos populares em Theros, ele não recebeu muitas opções em BNG. Poucas comuns merecem algum destaque, mas vamos tentar listá-las aqui.

Claim of Erebos tem potencial para triggar heróicos e, principalmente, inspirados. Ele ainda pode providenciar 4-6 pontos de dano a mais que fazem uma diferença muito grande nas corridas.

Asphyxiate é, num formato com escassez de removals, no mínimo, eficiente. Apesar de ser feitiço ela tem um efeito de counterspell (piorado) quando seu oponente conjura uma criatura e você consegue, no seu turno destruí-la já, diferente de outros removals do formato em que você precisa esperar seu oponente lhe atacar primeiro.

Falando em escassez de removal, Necrobite pode ver jogo justo por esse motivo. Boon of Erebos jogava bem sendo um trick que regenerava sua criatura e matava algumas do oponente de vez em quando, portanto Necrobite também pode, já que ela destruirá a criatura do oponente praticamente de certeza. O que atrapalha sua jogabilidade é seu custo alto.

Spiteful Returned está entre as melhores incomuns pretas. Se jogado tanto no começo quanto no final, gera um clock incômodo para o oponente que precisa ser lidado logo.

Odunos River Trawler pode ver jogo pela quantidade de criaturas com bestow de custo baixo, incluindo o próprio Spiteful Returned. Mesmo não possuindo branco no seu deck, seu efeito já vale a pena por te possibilitar fazer sua criatura bestow no começo do jogo para, no final, voltá-la pra mão e encantá-la em alguma outra criatura sua para tirar o máximo proveito dela.

Bile Blight é um provável removal e um trick de combate excelente. Mesmo não destruindo as maiores bombas do formato, ainda te possibilita fazê-lo com a ajuda de outras criaturas suas. Ainda haverá situações em que ela salvará alguma criatura sua de ser destruída em combate e, ao invés disso, levar para a “vala” a do adversário.

Arquétipo: Provavelmente o segundo melhor deles, torna todas as suas criaturas em potenciais removals, além de complicar a vida do oponente nas decisões de bloquear e atacar. E tudo isso num formato com poucos removals, excelente carta.

Forlorn Pseudamma: Seu corpo não é dos melhores, mas o intimidar o coloca em segundo na lista dos geradores de tokens inspirados, pelo fato de você poder bater livremente com ele em muitos matchs. Em 2 ou 3 ataques, os tokens 2/2 de zumbis serão outras coisas que o oponente precisará lidar com e a carta será exponencialmente perigosa conforme os turnos passam.

Promo: A promo preta é a pior das 5. Além de ser lenta e possuir resistência 4, que a faz morrer para Lash of the Whip e Rage of Purphoros, suas habilidades exigem muito gasto de mana. No formato, a cada turno você precisa colocar em campo uma threat para acompanhar ou para te colocar à frente do adversário, portanto suas habilidades parecem não ter espaço no ambiente

Posição no ranking – 5º: Preto continua possuindo poucas threats. Comparando com o azul e analisando as edições separadamente, preto é melhor que azul se levarmos em conta apenas BNG. Mas, como sua pool do pré-release será constituída de 3 boosters de cada edição, o azul se salva por ser uma cor muito forte em Theros.

Vermelho

Cor vista por muitos como injustiçada em Theros, ganhou cartas muito poderosas em BNG e melhorou muito.

Bolt of Keranos, mesmo sendo pior que Lightning Strike ainda pode ver jogo, justamente pela falta de removals que temos à disposição.

Rise to the Challenge e Fall of theHammer são cartas excelentes que, além de ativar os heróicos, pode servir como removals muito eficazes.

Fearsome Temper é o tipo de carta que vai ser o motivo da vitória de muitos jogadores sem que eles saibam. A carta é bem melhor do que parece e sua habilidade de não deixar a melhor criatura do oponente bloquear a sua vai ser um diferencial. Ela ainda pode abrir caminho para aquele seu inspirado que não enxerga uma abertura para atacar. Ótima carta.

Thunder Brute está entre as incomuns que merecem destaque na edição. Qualquer que seja a decisão do oponente quanto ao tributo, ele será uma criatura perigosíssima, uma bela de uma bomba.

Akroan Conscriptor é uma carta com heróico relativamente pesada, porém sua habilidade é para ser usada no late game e selar jogos. Tem bastante potencial para ser uma carta poderosa em decks que conseguem pressionar no começo.

Arquétipo: É uma criatura boa, mas justa. É difícil avaliar se atropelar será uma habilidade definidora no formato, mas ela sozinha já passa no corte para entrar no deck.

Satyr Nyx-Smith: Seu ponto forte é possuir ímpeto e encontrar uma abertura pra poder encaixar um ataque bem-sucedido e depois triggar o inspired. Mas nem seu corpo e nem seu token são tão relevantes assim, portanto ele não está entre os melhores da lista, provavelmente acima apenas do branco.

Promo: A promo vermelha é a segunda melhor. Apesar de levar os mesmos removals que a preta, o fato de ela custar 1 mana a menos e sua habilidade permitir que ela acabe com o jogo em 3 ataques (contando com algum ataque de outra criatura durante o jogo), levam ela pro topo da lista, ficando atrás apenas da promo da próxima cor.

Posição no ranking - 3º: O vermelho melhorou muito com a chegada de BNG, era uma cor com algumas deficiências em Theros e com certeza ganhou posições chegando ao terceiro lugar da lista, com a ajuda de vários removals e tricks perigosos.

Verde

Verde ganhou MUITAS cartas fortes com BNG e já era uma cor bem jogável em Theros. Várias das melhores comuns da edição estão no verde. Vamos a elas.

Aspect of Hydra é um dos melhores tricks da edição e merece atenção especial. Não vai ser difícil ela superar Giant Growth em matéria de poder, portanto fiquem ligados caso o oponente tenha uma mana verde aberta!

Karametra's Favor é sensacional. Trigga heróico, trigga inspired, é mana fixer e um cantrip, tudo em uma carta só, não tem como não usar se você estiver na cor.

Pheres-Band Tromper, a partir do momento que atacar pela primeira vez será difícil de ser parado. 4 manas por 1 copor 3/3 já é justo no selado, quando ele possui uma habilidade forte, então...

Setessan Oathsworn também está entre as melhores comuns da edição. Um bestow nele é o suficiente pra transformá-lo em uma bomba poderosa que o oponente precisa lidar urgentemente.

Outro trick que está entre os melhores da edição é o Mortal's Resolve, que pode mudar o rumo da partida em um ataque ou bloqueio mal feito pelo adversário.

Entre as incomuns, Raised by Wolves merece destaque por colocar 6 de poder na mesa assim que entrar em campo e, caso seja destruída, ainda deixa seus 2 tokens, portanto você não fica muito atrás na corrida caso algo dê errado.

Noble Quarry é uma das minhas cartas preferidas da edição. Ela tem potencial para encerrar o jogo em 2 turnos e, combinado com a promo verde ou alguma outra criatura grande, pode servir como um mass removal e encaminhar o jogo pra vitória. Sem dúvidas, uma carta perigosa.

Unravel the Aether funciona assim como revoke existence. Apesar de não exilar, é instant e verá jogo de certeza.

Arquétipo: Facilmente o pior de todos, hexproof não é uma habilidade imprescindível no formato e nem existem muitas criaturas (existe alguma?) que possam perdê-la caso seu oponente as controle. Além disso, 8 manas é um custo muito alto pra uma criatura 6/5 no formato, portanto ele não deve ver jogo.

Pheres-Band Raiders: Agora sim. O melhor gerador de tokens inspirado, apesar de pesado possui um corpo muito grande, o que te faz não ter o menor medo de atacar, além de colocar fichas 3/3 em campo, as maiores entre os geradores. É o tipo da carta que não faz mal torcer pra abrir.

Promo: A melhor dentre as 5, qualquer que seja a opção do oponente no tributo, ela será perigosa. Entre uma criatura 12/12 e uma criatura 6/6 + removal, fica difícil escolher qual a menos pior.

Posição no ranking – 1º: Verde, que já era uma cor boa em Theros, foi a que mais ganhou cartas para se fortalecer. Além de ter a melhor promo, parece encaixar bem com qualquer outra cor, além de possuir várias comuns excelentes e isso a torna a nossa grande campeã.

Então, relembrando, o raking das promos ficou assim:

5-Preto
4-Branco
3-Azul
2-Vermelho
1-Verde

E as cores, levando em conta a combinação Theros + Born of the Gods ficaram rankeadas da seguinte forma:

5-Preto
4-Azul
3-Vermelho
2-Branco
1-Verde

É isso aí pessoal, aparantemente verde é a melhor cor para se escolher nesse pré-release. É importante lembrar que essa é apenas uma opinião e que tudo isso pode mudar, dependendo das cartas que você abrir. Desejo a todos um ótimo pré-release e lembrem-se, o mais importante nesse torneio é se divertir! (:

-Vico

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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

[Report] PTQ Journey to Nyx – Top4 - Tiago Santos





E ai pessoal, Tiago de novo aqui e dessa vez eu falarei um pouco do PTQ Journey to Nyx, o qual ocorreu no dia 19/01 em Porto Alegre/RS, pela Loja Jambo. Eu fiz Top4 e contarei aqui sobre todo o meu caminho, desde a minha preparação para o evento, até o report do torneio em si. Bora lá! 

Essas últimas semanas tem sido incríveis pra mim no Magic, aprendi muito, colhi alguns frutos dos meus resultados e, o mais importante, me diverti como nunca com o jogo. Esse resultado pode parecer desanimador pra muita gente. Aquela sensação de  “Poxa, bati na trave, desperdicei uma chance”, mas pra mim o efeito foi o contrário. Saio desse evento mais motivado do que nunca! Antes eu via o a possibilidade de jogar um Pro tour como um sonho distante e, depois dessas últimas semanas, eu vi isso se aproximar, vi uma evolução muito grande no meu jeito de ver o jogo. Isso se deve a algo que eu, por muitas vezes, não tratei com a devida seriedade, a preparação para o evento.

Já joguei diversos eventos pegando deck na última hora ou escolhendo um deck que vi na internet e achei legal e acredito que ainda farei isso diversas vezes (hehehehe). Mesmo assim, agora percebo que quando se almeja um resultado melhor e um nível melhor de jogo é preciso um entendimento melhor do formato, do ambiente e, principalmente, do seu deck. Saber o valor das cartas nos matchs é fundamental, exemplo:

“O quanto o Jace, Arquiteto do Pensamento é bom nesse match? Posso ignorar ele e bater no oponente ou tenho que ser agressivo pra tirar ele da mesa? Quantos turnos ele pode ficar na mesa?”

Essas informações ajudam muito durante o jogo, você já ter um conceito formado de como reagir a situações impostas na mesa são importantes para guiar suas decisões. Esse tipo de conhecimento vem com treino e conhecimento do ambiente. Ter um time pra ajudar nisso foi o grande diferencial nessa minha preparação.

Preparação, escolha de deck

Pra falar da minha preparação para os últimos eventos que joguei, eu acho legal falar um pouco sobre como se formou o MTG Factory. A ideia inicial de formar um time veio do Bruno Muller, no segundo semestre do ano passado, ele queria formar um “grupo de estudos” de Magic, com o foco de se preparar para o GP em São Paulo, limited de times, assim formamos um grupo de 6 pessoas e começamos a conversar diariamente sobre Magic, trocando informações, debatendo sobre artigos, arquétipos, listas e etc. A ideia era todos se ajudarem a melhorar no jogo e o primeiro resultado disso veio quando o Bruno foi sozinho a Porto Alegre e fez TOP4 num PTQ limited no ano passado. O resultado dele animou todo mundo e isso intensificou ainda mais os treinos e debates.

Com a confirmação que grande parte do time iria para o PTQ de Janeiro, voltamos com força para o constructed, já que o formato era standard.

Eu comecei com a ideia de jogar com deck de sphinx’s revelation, eu curto jogar de control, sempre joguei com esse tipo de deck, então achava que já era um passo importante. Meu primeiro grande treino pro PTQ foi o GPT – PTQ Travel realizado na Toca Revistaria, no qual eu joguei e ganhei de Esper Control (report aqui). O resultado positivo nesse campeonato confirmou, eu sai dele com a certeza de que jogaria com deck de Revelation.

Passamos mais algumas semanas definindo listas. O formato foi rodando um pouco, decks aggros mais rápidos foram aparecendo e eu mudei de Esper para uma lista de UW control. Nos treinos ela parecia ideal, tinha um Game 1 bom contra todos os outros decks tier 1 do ambiente, eu precisava de um plano de side bom pra evitar os hates. Eu montei um sb que me agradou e acabei com essa lista de UW:

1 Aetherling



Sideboard:

Eu estava feliz com o deck, se encaixa no meu estilo de jogo e me sentia bem treinado com ele, no geral, o resultado dos treinos me agradava. Eu tinha mais um evento com um porte legal pra jogar e acertar minha lista antes do PTQ, no caso, um GPT Buenos Aires. Mas, ocorreu que um torneio na Star City Games mudou um pouco minha visão do formato, de novo.

Com os UW/x Control, Mono black e mono blue sendo os pilares do formato e as doom blade ficando menos comuns, o deck do Brad Nelson no Pro Tour Theros (Gr) voltava a ficar mais atraente. Chris VanMeter e Brian Braun-Duin montaram uma lista de Gr monsters atualizada, com um match bom contra os 3 decks mais fortes. O match contra o UW era muito forte, depois te testes eu não encontrava uma forma de ter um sideboard bom contra Gr Monsters que não piorasse muito meus outros matchs. Chegando a data do GPT, eu resolvi, pra conhecer melhor o deck, jogar de Gr monsters e, depois de 5 rodadas e Top 8, consegui ganhar o torneio (report aqui). A lista que utilizei no GPT e no PTQ foi a mesma:




Sideboard:


Depois do torneio eu tinha dois decks para escolher, eu tinha treinado bastante e lido bastante material sobre os 2. Eu estava bem indeciso, mas conversando com o time me veio, finalmente, uma conclusão.
Como o UW era um deck tier 1 do formato, era de se esperar que todo mundo teria um bom plano de jogo contra ele e pelo menos de 6 a 8 cartas no sideboard. Isso me pesou muito pra escolher o Gr. Eu não tinha encontrado um real badmatch, nos decks mais comuns, pra ele, eu tava com um plano de jogo e um plano de side bem definidos contra todos os decks bons do formato. Essa foi minha escolha.

Não posso deixar de citar um artigo que me ajudou muito nos torneios, o artigo “Snow Problemo” , escrito pelo Chris VanMeter que falava um pouco do comportamento e bastante dos planos de side contra os matchs mais significantes, ler ele várias vezes melhorou bastante meu desempenho com o deck.

Com o deck definido, fui pro PTQ.

A Viagem


A viagem não poderia ser melhor, eu e o Almirante Denófrio saímos de SC um dia antes do torneio, levamos as esposas pra passear um pouco pra no domingo jogar.

Chegamos a Porto Alegre no sábado a tarde, o calor era demais... A gente passou no hotel e de lá resolvemos dar um pulo na Jambo, tava rolando o GPT e a gente queria dar uma olhada em como estava o ambiente e como o Bruno, que estava jogando, estava indo no torneio. Chegando lá, a gente viu uma coisa que acabou se repetindo no PTQ, uma chuva de monoblack devotion. Passando pelas mesas eu vi alguns monoblue também e poucos GW aggro. Passamos rápido, vimos só o Bruno floodado perder o game que provavelmente colocaria ele no top e fomos embora dar uma banda com as mulher, mas a cabeça ficou no magic (hahahahaha).

A quantidade de monoblacks me preocupou um pouco por uma carta, Desecration Demon. No primeiro game, o monoblack tem na verdade só 12 cartas que são definidoras contra o Gr, Demon, Thoughtseize e Hero's Downfall. com o game 1 eu não tinha preocupações, os múltiplos planswalkers dão muita vantagem contra um deck com tantos spot removal como o monoblack, mas nos games com sideboard entram também os Lifebane Zombies, o match fica um pouco mais justo. Isso me deixou com vontade de colocar mais um Plummet no side e na verdade eu considerei isso por muito tempo, o Plummet funcionaria contra o Spectro e contra a criatura mais problemática, o Demon. Eu também achava o jogo contra o monoblue muito apertado, o monoblue tem começos de jogos muito explosivos, isso também me fez considerar mais um shock no sideboard, pra manter a devoção dele sempre baixa. Por fim, quando voltamos à noite pro hotel e fomos fechar as listas eu e o Denófrio chegamos à conclusão que não precisávamos dar meta calls tão fortes, eu já tinha as ferramentas pra vencer esses matchs, que são os decks mais comuns do formato e num match contra monoblack eu normalmente não precisaria de 2 Plummets, na verdade acho que em qualquer momento do jogo comprar o segundo Plummet seria muito ruim. Torci pro Chris estar certo, jogamos uns games e tudo pronto pro torneio.

O PTQ

O torneio rolou no salão da Igreja Sagrada Família. Havia vários ventiladores ligados, mas como a cidade no verão vira um forno, estava muito calor. É sempre importante se manter hidratado e alimentado num torneio que tem essa duração, se não o cansaço bate mais cedo e a gente começa a jogar com uma “preguiça” quase irreparável e não conseguimos manter o foco, muitos erros bobos acontecem por causa disso, então já antes de começar, comprei duas águas, botei na mochila e parti pro round 1.

Eu não lembro exatamente como rolaram todos os jogos, mas vou falar por cima dos decks que joguei contra e mais ou menos como foram definidos.

Round 1 - Fábio – Esper Humans.

Game1: Ambos tivemos bons draws, o jogo se desenvolve e demora, até que num ponto eu consigo, numa mesa bem truncada, um Flesh//Blood pra forçar os pontos de dano que faltavam, depois de muitas contas eu bato os 12 de dano necessários com Polukranos e tokens do Xenagos.

Game 2: Ele curva com vários bichos, entre eles o imposing sovereign, que atrasa bastante o meu começo de jogo que já era lento, o jogo não demora muito.

Game 3: Eu consigo aplicar uma pressão cedo, com Polukranos e Ooze e matando as criaturas dele com Mortars, ele estabiliza a mesa com 2 Detention Sphere tirando minhas criaturas e resolvendo as dele, mas tinha só 2 de vida e eu já tinha a Revelry na mão, só esperar a hora certa pra não tomar nenhum devour flesh de surpresa e ganhar.

Jogo apertado, mas eu conhecia bem o match por ter treinado muito com o Denófrio.

Round 2 – Rafael – Bg Control

Game 1: Eu não consegui identificar muito bem o deck, acho que fiz Elfo turno 1, ele fez Sylvan Caryatid no 2, pack rat em algum ponto. O jogo acabou muito rápido, no fim de um turno dele eu consegui resolver Boon Satyr, bato uma vez, levo a 16, ele faz Vraska destruindo um walker, eu bato, ele não bloqueia e 3 Ghor-Clan completam o dano.

Eu imaginei que ele estava usando a lista de Bg control do Kibler, ou algo muito parecido com ela. Como não tinha treinado pro match, sideei igual eu sideio contra monoblack, menos os Plummets.

Game 2: Ele destrói minha mão com descartes e mata tudo que eu consigo fazer com downfall e doom blade. Ele faz um Polukranos, não encontro resposta pra ele e acabo perdendo o game pro bichão.

Game 3: Ele vem com múltiplos descartes, e a gente troca 1x1 por bastante tempo. Ele também não tem muita ação e o jogo se arrasta com meu Mutavault batendo nele (12 de dano). Eu compro um Dragão num ponto do game, mas prefiro segurar, quando ele se tapa eu resolvo o Dragão que bate 4 e toma removal. Ele se tapa novamente pra fazer uma threat e o outro Dragão fecha o jogo.

Round 3 – Augusto – Wb Aggro

Game 1: Ee vem muito agressivo, mas eu consigo desenvolver meu jogo acelerando um Polukranos com Elfo. Vou a poucos pontos de vida, mas ativação do Polukranos + Mortars kickado conseguem jogar ao redor de brave the elements e eu ganho o jogo.

Game 2: Fica ainda mais tranquilo, ele compra lands demais e os Shocks, Chandra e os Mizzium Mortars extras fazem seu trabalho e eu fecho o jogo com Dragão.

3-0, agora o bicho começava a pegar.

Round 4 – Joel – Monoblack Devotion

Game 1: Eu não tive muita reação, aconteceu o pior possível no match, fui curvado em 2 demons + Asphodel, sem chances.

Game 2: Os planswalker fazem a diferença, o game não durou muito, eu não lembro muito bem, mas acho que ele perdeu alguns land drops e eu ganhei batendo com algum bicho + Ghor-Clan + Flesh//Blood.

Game 3: É o jogo mais demorado, ele tem 2 Mutavaults que complicam meus planswalkers, que são as cartas chave nesse match, mas eu consigo num ponto ter uma Chandra + Caryatid. Ele lida com todos os outros walkers que eu consigo fazer, mas a Chandra fica tempo demais na mesa e o card advantage gerado por ela é demais e ele não segura a pressão.

4-0, mais uma e era top quase garantido.

Round 5 – Marcus – UW Control

O Marcus tava com o deck que eu mais conhecia do formato, treinei muito tempo com ele e sei o quanto o match contra o monsters é ruim.

Game 1: Eu comprei uma mão não tão boa pro match, meus threats sendo Polukranos e Ooze, mas consigo resolver o Domri que gera uma boa vantagem antes de tomar Sphere. Depois de trocar vários bichos por Verdicts eu consigo resolver um Dragão que bate, ativa o monstrous e bate novamente sem resposta pra vitória.

Game 2: Eu compro todos os walkers, ele não consegue responder e quando o jogo acaba eu tenho Chandra, Xenagos e Ruric Thar na mesa (acho que eu tinha um Domri também). Jogo bem tranquilo pro RG, como esperado.

Round 6 – Bonow – Gr Monsters

Membro do Factory, Bonow estava com exatamente as mesmas 75 cartas que eu estava, mas ele estava 4-1. Ele tinha perdido pra um Naya no round 5. Eu tinha sido paired down e, depois de muita conversa a gente resolve dar ID, um ID ali me garantiria no top e como ele ainda teria que ganhar uma pra passar ele prefere arriscar e ganhar o próximo round pois, se ele ganha de mim nesse round, existe uma possibilidade de eu e ele ficarmos fora do top.

ID.

Round 7 – Vinícius – Monoblack Devotion

Apesar de eu achar o monoblack um good match pro Gr, eu resolvo dar ID, descansar mais uma hora e garantir que eu passo entre os 4 primeiros pra jogar pelo menos o top8 no play. Ele também nem cogita jogar.

Fui assistir o jogo do Bonow, ele pega um UW e acaba empatando e isso tirou ele do top, fico bem preocupado por ter oferecido ID no round passado e no fim ele não conseguir a vaga.. fica pra próxima, te devo uma galego.

Passo em quarto pro top8, ganho um tapetinho baita e bora pro jogo.

TOP 8 – Gabriel - RW Devotion

Game 1: No draw eu keepo uma mão arriscada, com 1 Templo, Elfo e Caryatid, Mortars, Flesh//Blood e Polukranos e Ooze. Se eu consigo manter o Elfo 1 turno mesmo sem comprar land eu tenho jogo, mas ele acorrenta meu Elfo nas montanhas dele e eu não vejo a segunda land nunca.

Game 2: Eu consigo manter a devoção dele baixa com Domri fazendo lutar e Mortars e acabo ganhando rápido com Polukranos batendo + Ghor-Clan + Flesh//Blood.

Game 3: Eu tento trocar o máximo possível de criaturas, e uso meus removals agressivamente pra evitar deixar ele construir uma devotion alta, trocamos uns bichos e no fim eu compro um Dragão que fica sem reposta por alguns turnos e fecha o jogo.

Top 4 – Thiago – Naya Monsters

A lista do Thiago é quase igual a minha, mas ele tem splash branco pra selesnya charm no md e chained into the rocks entre outras no side. Ele passou em primeiro no suíço e estava no play.

Game 1: Ele abre de Elfo + Domri e consegue desvirar com Polukranos. Eu, não tendo resposta, fica bem complicado bloquear .

Game 2: Eu consigo abrir de Elfo e Domri e consigo resolver o Polukranos sem resposta que ganha o jogo com Ghor-Clan.

Game 3: Ele faz o Polukranos no turno 3, eu faço o meu também no turno 3, o meu toma 1 de dano do dele + Mortars que me deixa muito atrás no jogo. Ele me coloca a 2 de vida no turno dele e faz uma scry land. No meu turno eu consigo colocar ele a 1 de vida e lidar com o Polukranos, mas ele 
revela o Dragão que estava no topo.

E assim acaba minha participação no PTQ, fiquei feliz com o resultado apesar de perder quase na cara do gol, eu voltei de lá mais motivado a melhorar.

Foi o campeonato que eu mais treinei pra jogar e o que eu me senti mais preparado, faz muita diferença saber o quão a carta X é boa no match Y. Senti que ganhei muitos jogos por que os oponentes tiveram uma avaliação errada de algum planswalker ou bicho em algum momento do jogo, priorizavam outras coisas e acabavam perdendo o controle do jogo. Isso me faz crer ainda mais que fiz uma boa escolha de deck, ouvi muitos “não treinei contra esse deck e não conhecia essa lista”.

Bom, é isso pessoal, Born of the Gods chegando ai e já existem listas novas de Gr monsters, não sei se uma lista assim sobrevive a rotação, tudo depende de como o ambiente vai ficar.

Deixo aqui meu agradecimento ao pessoal do MTG Factory, Denofrio, Bruno, Vico, Farofa, Bonow e Lenon, não sei nem dizer o quanto vocês me ajudaram no Magic nos últimos meses. Agradecer novamente ao Angelo, que de novo deu aquela força com o deck, valeu mano!

E por fim deixo 3 dicas pra vocês:

Treino, foco e treino.

Abraço!!

-Tiago “Iluminado” Santos

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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

From Bad to Glad 2 - Aquela parte do filme com música e treinamento.

WELCOME TO THE PREMIUM AREA OF MTG FACTORY





Bom, vamos lá, como tudo que eu faço costuma atrasar, estou postando só hoje o meu segundo artigo.

WARNING: SPOILER! ESSE ARTIGO CONTÉM FILOSOFATION, VIADATION E EMOTIONATION, CUIDADO PRA NÃO SE APAIXONEITION.

Segue la pelota, como diria nosso amigo Gilmar de Críciuma que fez a final que eu queria ter feito com o tiago.

Esse mês foi pesado, mais precisamente essa semana, mais precisamente esse final de semana, cara essa última hora deu vontade de arrancar meu cu pelo buraco da orelha.

Tem uma coisa que mais alguém pode ter falado em algum lugar, sei lá, mas que eu tenho pra mim, é um conceito que eu costumo chamar de a dor do crescimento, aqueles momento em que alguma ficha cai, algum conceito novo que a gente aprende ou algo assim, que vem com tanta força que parece uma estocada daquele negão canela fina (beijo Márcio). Quando a gente descobre que nem todo mundo que se diz nosso amigo é de verdade, ou quando sei lá, a gente descobre que o papai noel não existe, essas coisas... se você não sabe do que eu to falando reclama com o vico meu editor que não me obrigou a reescrever direito.

Isso aconteceu comigo nesse very day, hoje eu percebi que pra jogar magic num alto nível, qualquer coisa menor que a perfeição não é o bastante. A gente finge que sabe disso, mas não tá entranhado, tá ali plantado na ponta da língua, quando devia estar lá dentro do útero. Essa luta do Anderson Silva me lembrou MUITO do magic, ela aconteceu enquanto eu estava nesse processo de estudar e tentar melhorar no magic. O que aconteceu com ele naquela luta acontece direto comigo no magic e com certeza acontece com todo mundo. Ele tinha um jogo que estava completamente ganhável na frente dele e acabou desperdiçando aquela chance, alguns meses depois ele abre outra mão, muliga, muliga, muliga, strike 3, palmo trás boca e já era. Isso aconteceu comigo muitas vezes só nesse final de semana.

Um pequeno adendo que eu gostaria de ressaltar, eu tenho um cu largo pra caralho pra algumas coisas. Em um jogo no GPTPTPTTPTTPT do Namir eu estava jogando contra um BUG midrange (deal with it) e exatamente no momento em que eu estava baixando meu obzedat, o slot senta do meu lado e fala cmg, eu claro me desconcentro e falo vai. Dou uma tabacada na cara de quem adivinhar o que aconteceu no final do jogo. Sim, acabou o tempo, turno 4 era do meu oponente e ele tinha 6 de vida, fez um polukranos que ia tirar o letal da minha mesa por um bicho, por que o token do meu necromancer ia entrar virado. resumo da ópera, ele fez monstrous no turno dele e eu bati exatamente o que precisava pra ganhar, sendo que se eu tivesse blinkado a porra do obzedat o jogo teria sido MUITO mais tranquilo. Hoje eu joguei um campeonato na ligamagic (a qual eu recomendo a todos, quem quiser aprender a jogar por lá pode vir conversar comigo, estou tentando montar um grupo de brasileiros por lá), consegui um top 8 tirado da bunda sendo paired down na última rodada antes de top 8 e tal. Fui pareado contra o primeiro lugar do suiço que era um monoblack que joga bem. final do g1 era ele com 12 de vida eu tinha 2 aerojek e 1 soberano e um soldado do panteão na mesa, ele tinha 3 ratos, uma carta na mão e um mutavault, eu tinha 10 de vida e ele 12, ele todo tapado, agora parece mito óbvio mas no momento o que eu pensei foi vou bloquear um rato e vou a 1. Adivinha o que aconteceu depois? G2, mulligan, keepei uma mão bosta de 6 só pq a mão guentava pack rats, spectro, demonio, mercante GG.

O tiago costuma dizer que o jogo é justo, eu sou obrigado a concordar, eu vou descrever logo abaixo, mal e porcamente meu jogo nas quartas de final da dragons house.
Mas primeiro eu vou contar uma história que o vico gosta do artigo bem gordo.

Eu treinei nessas últimas duas semanas cara, era o livro do chapin aberto numa aba enquanto eu esperava a rodada sair na magic league, eu posso dizer tranquilamente que foram pelo menos umas 30 horas de treino nas duas últimas semanas. Na noite anterior eu perdi no primeiro round de 1 torneio pra um UW por que eu supervalorizei os pontos de vida do meu oponente. Eu fui dormir pensando: "UW é sobre board presence, não sobre vida" eu tinha um plano MUITO concreto pra jogar contra UW, eu treinei muito esse match com várias versões do deck. Eu dediquei um belo espaço do meu side pra ele, cara, eu separei meu treino em UW e resto.

Game 1

Eu abro a parte errada do deck, mulligan, para aqueles que acham que aquela mão dava eu desafio a tentar ganhar do UW  com uma detention, um veredito e 1 ultimate price na mão inicial, mão de 6, 0 lands, mão de 5 era 2 terrenos um soldado do panteao e 2 daring skyjeks, resumo da obra, eu concedi por que ele entrou no loop de revelation e nós dois concordamos que se eu tivesse uma mão de 7 cartas ele teria perdido (tudo bem que as duas a mais poderiam ser 2 cartas mortas, mas a gente concordou.)

Game 2

Meu plano se desenvolve como planjeado e o jogo acaba sendo o que o Gilmar definiu como uma sumanta.

Game 3

Eu abro uma mão sem mana branca e 2 lands, eu não queria perder minha chance por ser greeder (apesar desse ter sido o motivo de eu perder), segunda mão um Templo UB só de terrenos, mão de 5, 2 lands que resolviam meus problemas de cor soldier e 2 lyev skykinght, resumo da ópera, eu deixei ele com a vida piscando e ele fez um jace com +1, eu dei a minha segunda lyev skyknight dentendo (eita verbo feio do caralho) o jace, e batendo na vida do gilmar, ele desvirou e passou a vez, dessa vez eu bati levando ele a 1 com o meu skyknight + zumbi que somavam o poder pra matar o jace detido, mas calma não foi aí que eu enfiei o jogo na bunda, ai eu só tava esfregando na rodela, ele cava na vota com o jace e faz o veredito que achou, sobrando apenas somente uma carta na mão dele, eu compro o obzedat e o jogo é justo, eu levo o counter, eu tinha 4 toughtseize pra comprar ainda nesse jogo, EU COMPREI UM 3 draws depois de mandar o obzedat pra banha.

Hoje eu posso dizer que, entre sortes e azares, o jogo é justo.

Esse foi um report todo torto de um cara todo torto que representa esse mar de gente torta ai. É difícil chegar ao topo, mas é possível, basta a gente se matar igual a uns cavalos.

Eu posso dizer tranquilamente que depois desses 2 top8s que já são alguma coisa pra quem tava jogando só as rabeiras de campeonato.

CAPITULO 2




Vamos falar de coisa boa, Vamos falar de tekrola.




Eu quero conversar um pouquinho com você sobre mindset. Senta aqui, isso, relaxa, tira a blusa, hmm você tem malhado?

Eu cheguei no torneio preparado pra ganhar aquela porra, eu fui na fissura, na onda, endemonhado, SÉRIO, mano, eu tava SÉRIO! Quando eu peguei o deck do Robgol meu primeiro oponente e uma das pessoas que eu mais admiro em relação as capacidades sexuais, quando eu fiz um pentagrama com o deck dele ele se assustou, não era o meu comportamento costumeiro.

Ainda no g1 tava sentado do meu lado o cara que eu considero o responsável por tudo isso estar acontecendo, O bruno, o cara que inventou essa porra toda (bruno obrigado por tudo, se não fosse por ti eu não tava nesse barco).

SPOILER: Daqui pra frente eu acho que o bruno nunca mais vai querer falar cmg, pq eu vou xingar ele pra caralho.

Ele tava jogando com o Xico, que é um dos bons jogadores aqui da nossa região. Mas eu acho que ele cometeu um erro, os dois jogando parecia 2 véia jogando tranca, tu não devia ter juntado aquele 3 de espada, ah mas tu podia ter feito canastra. Eu olhava pro lado e parecia que os dois iam se beijar de lingua, resultado? O bruno que falou que ali era só treino e tal, perdeu por uma jogada boba (que vocês vão descobrir no próximo episódio do MTGFactory).

Depois no round 2 ele perdeu de novo, meteu o uepa da vera verão e vazou.

A gente teve 2 x/2 no top8. A chance era pequena, mas tinha chance, seria como o qualifying pra formula 1, e aproveitando que é uma metafóra ruim, pelo fato de tiltar, já acabou largando bem atrás, querendo ou não, o que a gente imagina é que um 0-2 lá em Porto Alegre vai abalar ele. Eu tiltei em muitos momentos nesses dois campeonatos, mas graças a krishna eu mantive o piru ereto o tempo todo.

Eu indico a todos sempre manter o pensamento em vencer. Alguns devem conhecer essa história, mas o Sam Preto, no ano passado acabou tendo seu voô atrasado e chegou num GP 0-1, foi jogar a sua primeira partida (era a 2 rodada) e ele perdeu de novo, adivinha como ele terminou? X-2 e foi pro top8 (porra eu queria saber contar essa história direito). Deu pra entender o que eu quis dizer.

O que eu quero dizer, é o que eu vi o mike flores falar, que o chapin relembrou no livro dele e que eu vejo acontecer com o tiago sempre, é o mindset, é estar ali para jogar o melhor magic da sua vida. É como se você fosse o encarregado divino de livrar o mundo do telemarketing, uma responsabilidade que está latente na mente, a gente tem que se virar num jaspion do caralho. E não é fácil, com certeza não, as vezes alguém pode te perguntar alguma coisa no meio do jogo, sua bola esquerda dar aquela doidinha e você ficar pensando se pode ser cancêr no testiculo, você tem que se manter com a vontade de ferro, não perder o foco, não deixar o piloto automático tomar conta, não pensar que aquela jogada é óbvia. Esse é o meu maior desafio hoje.

Bom pessoal, eu queria agradecer mais uma vez a todos os que participaram disso, eu vou tentar lembrar de todos:

Todo mundo do time tem sido super especial nessa caminhada, então obrigado por tudo seus lindos!;
Ao thales, Angelo e Robgol que me emprestaram cartas em várias ocasiões (beijo robgol);
Ao Namir que me deu uma caixinha pra abandonar a minha cambuca de marmita que eu usava pra jogar magic;
A galera de cricíuma que tornou aquele final de campeonato super amigável e divertido;
E principalmente minha mulher que está sendo muito companheira nesses momentos de, posso dizer, egoísmo meu.

-André Denófrio

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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

[REPORT] GPT/PTQ Travel Dragons House – CAMPEÃO


Fala raça, Tiago aqui novamente com mais um report, dessa vez do GPT Buenos Aires que rolou na Dragons House dia 11/01 e além do bye dava uma parte da premiação como auxílio viagem para o PTQ de Porto Alegre, que vai rolar dia 19.





Escolha do Deck

Desde que formamos o time, no final do ano passado a gente vem treinando bastante standard. Como já tínhamos como meta mandar bem nesse PTQ, nós já havíamos testado todos os decks que a gente curtia de tudo que é jeito e cada um já tinha definido o que iria usar no PTQ, tudo isso antes do natal, tudo nos conforme... só que não.
Eu fiquei uns dias sem ter contato com magic e no primeiro evento do ano da Star City Games, o top8 me coloca uma pulga atrás da orelha. Aparecem 2 Gr Monsters no top8 e ele parece ter um match muito bom contra o UW control, que era o meu deck pro PTQ. Voltando das minhas férias, eu peço ajuda pro Almirante Dedé, pra testarmos o match e ele rola exatamente o que eu esperava, o match é muito complicado pro UW. É muito difícil para o UW lidar com o tanto de criaturas pro white e pro blue mais os planswalkers. Eu não consegui pensar em um sideboard pro UW que fosse tornar o match não tão ruim quanto é, decidi então jogar um pouco com o deck pra conhecer ele melhor e, como não resta muito tempo pra treinar, eu aproveitei o GPT pra isso, abaixo a lista que eu utilizei:



Essa é a lista do BBD (Brian S Braun-Duin) e é um deck bem simples, aceleração, criaturas grandes, planswalker dando card advantage e um “combo” que deixa o deck mais explosivo com Ghor Clan Rampager + Flesh // Blood. Eu não achei necessário mexer no sideboard, pois esperava um ambiente mais ou menos como a lista original já havia previsto, com monoblack e monoblue devotion, UWx control e W/x aggros. Como não testei a lista antes, não sabia muito o que esperar dos matchs então era ir pro campeonato e descobrir mesmo.

O Campeonato

O dia estava muito quente, mas mesmo assim o pessoal deixou de ir à praia pra jogar umas cartinhas, apareceram no evento 25 players só pra complicar a vida do ar condicionado que tava lá sofrendo pra manter o clima em ordem. Com isso, tivemos cinco rounds de suíço mais corte pra top8.
Fomos em 5 do MTG Factory, Farofa, Bonow, Almirante, Bruno e eu. Todos com a intenção de dar uma refinada na lista pro PTQ e de quebra quem sabe levar uma graninha pra ajudar a viagem, já que a principio ninguém vai pro GP Buenos Aires. Sobre o suíço, eu não tenho muito o que detalhar das partidas. Abri 3-0 jogando contra GW tokens, de um garoto no seu primeiro evento de magic no round 1. Outro GW, agora aggro com uma lista parecida com a do top8 da SCG no round 2 e contra o Gilmar de UW no control no round 3, com esse eu me encontraria de novo na final. No round 4, eu dei ID com o Almirante, ele tava 2-1, um ID com ele me garantiria o top8 e se ele ganhasse de mim, nós 2 teríamos que ganhar o último round e caso eu ganhasse dele eu tirava ele da disputa do top, por isso um ID parecia bom pra nós. No round 5 eu fui pareado com o Chico, ele tava 4-0 BW midrange, eu inicialmente fui pra jogar, mas depois de umas contas rápidas eu vi que com o ID eu passava em 4º, que me dava a escolha de começar no primeiro match do top8 e eu ganhava mais um round de descanso pra depois jogar o top, ai demos ID também. Fui torcer pro Almirante no tempo livre e ele ganhou, nós 2 passamos.

Top 8 
 
Fui pareado contra o Marcus de Criciúma, jogando de monoblue devotion e eu sabia que minha meta era manter a devoção dele baixa, já que lidar com thassa e com master of waves é complicado, no primeiro game um draw explosivo e Polukranos são bem importantes.

Game 1: No primeiro game eu tenho um draw bem agressivo, acelerando o jogo com elfo e conseguindo colocar Ooze, Polukranos e dragão na mesa. Ele tem tidebinder pro ooze, hydridization para o polukranos e cyclonic rift pro dragão, e eu perco a corrida quando ele resolve um Master of Waves, pra 7 ou 8 tokens.

Sideboard:

Out:



 In:




Agora com mais removals e ainda no play, minhas chances aumentavam significativamente, eu tinha mais um plano no jogo, que era Mistcutter Hydra, Ghor Clan Ramper mais Flesh // Blood que ele não teria como responder com os removals normais do mono blue.

Game 2: Meu turno 1 faço mana elfo, ele mana raptor, eu faço mana domri, luto com o raptor, depois dou mortars no frostburn weird. Turno 4 consigo resolver um Polukranos, que luta com Specter via Domri e depois ainda ativa o monstrous e mata o Master of Waves, jogo rápido, bora pro g3.

Game3: No game 3 nós 2 novamente tivemos bons draws, ele travou meu primeiro ooze com claustrofobia e castou uma Thassa, depois disso o jogo se desenrolou um pouco comigo tentando manter meus pontos de vida altos por já ter o plano Hydra + Flesh na mão enquanto ele só aumentava a devoção, até que eu fiz uma hydra pra 6, bati, coloquei ele a 10 de vida passei, no turno dele ele ignora meu lado da mesa, faz mais criaturas e Master pra ter letal na volta, eu bato com a hydra de novo e faço flesh pra vitória.

2x1

Top 4

No top4 eu enfrentei o Tonho, aqui de Floripa, de UWr control, um match que eu considero muito bom pro monsters, a quantidade de threats que se não respondidas saem do controle do Gr são muitas. Domri, Xenagos, Stormbreath Dragon e Boon Satyr são muito fortes no match. Ele havia passado em sétimo, então eu pude escolher estar no play.

Game 1: No primeiro game eu tinha uma mão com lands demais, mas se conseguisse ficar alguns turnos sem comprar mais estaria bem no jogo. Elfo turno 1, Domri turno 2, Xenagos turno 4 (atrasei pra não tomar syncopate de 1), mas o deck não conseguiu manter o desempenho, errou todos os +1 do Domri e acabei o jogo comprando mais que o dobro de lands do que spells e ele ganha com Assemble the Legion.

Sideboard:

Out:



In:


O match que já é bom só melhora aqui. Ter uma resposta pra detention sphere grande parte das vezes já garante o game, as Hydras e o Ruric não precisam muito de explicação, são muito fortes contra controls baseados em azul e a Chandra entra pra ser mais um planswalker que gera um card advantage. Aparentemente não teria dificuldades no game 2 e 3.

Game 2: Novamente eu abro turno 1 elfo, turno 2 Domri, que acerta todos os +1 (meu garoto), mas ele consegue ir respondendo, até que trava na quarta land enquanto eu consigo resolver boon satyr pra colocar uma pressão e depois uma hydra, quando ele sai da quarta land já é tarde demais, a hydra fecha o jogo.

Game 3: Elfo no turno 1 toma removal, eu consigo resolver um domri no turno 3, ele tem detention, depois tem outra pro meu xenagos mas fica sem reposta pro Garruk. Em 3 ativações eu compro 11 cartas, sendo 3 stormbreath e 3 hydra e a pressão fica demais e ele não segura.

2x1

Final

Aqui eu encontrava o Gilmar, de Criciúma também com um deck de Sphinx’s Revelation, só que UW. No suíço eu ganhei de 2-1e, apesar de ter perdido um game não posso dizer que foi complicado, porque acabei perdendo um game muito anormal e sempre estive tranquilo quanto ao match no geral. Eu esperava que não fosse diferente agora. Ele passou em segundo no suíço, então ele escolheu estar no play.

Game 1: O jogo se desenrola normalmente, comigo apresentando threats e ele conseguindo resposta pra todas, até que depois de um veredito eu encaixo um dragão e depois mais um pra fechar o game 1.

Sideboard: Igual ao do top4!

Game 2: Minha mão era bem jogável, eu tinha planswalkers o suficiente pra exigir muito do UW, mas a mão inicial dele de 3 detention spheres (ele me falou depois) e minha falta de habilidade em comprar pelo menos um destructive revelry (não comprei nenhum durante todo o torneio) atrasaram muito meu jogo e eu fiquei patinando em criaturas que sempre eram respondidas a tempo até ele encaixar revelation + revelation + aetherling pra selar o jogo.

Game 3: No play de novo, venho de Domri, que tem resposta, Xenagos que também tem resposta e finalmente Garruk, que me compra um monte de dragãos e hydras e me carrega pra vitória.
2x1

Campeão!!!

O deck é muito divertido e usa cartas bem legais de jogar, quem não gosta de ativar 2 planswalkers diferentes por turno?!? Ele é muito forte quando você acelera o jogo com elfo e cariátide nos turnos 1 e 2, só que fica bem frágil quando isso não acontece, mesmo assim ainda acho uma boa escolha pro ambiente como está hoje. Talvez mais algum spot removal no sideboard garantisse um match melhor contra monoblue devotion. As Chandras nunca apareceram sendo úteis, se fosse mudar algo no sideboard, hoje eu trocaria uma Chandra por mais um shock.
Finalmente eu só tenho a agradecer o pessoal do MTG Factory pelos treinos e conversas, ao Angelo que foi um anjo (hue) em mandar o deck até com os tokens separadinhos e a organização do evento, por fazer mais uma vez um evento que ajuda o pessoal daqui a buscar passos maiores no Magic. E agora com uma pulga muito maior atrás da orelha pra escolher o deck, vamos pro PTQ!!!

-Tiago Santos

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