E aí pessoal, hoje quem vos fala é o Vico de novo e, como não poderia deixar de ser, venho trazer pra vocês um resumo/análise do Pro Tour Valencia, que foi no formato Modern e ocorreu nesse final de semana (22/02 e 23/02). O campeão foi Shaun Mclaren (foto) pilotando o poderoso e já conhecido UWR control e, pra me ajudar a compor essa análise, usei o próprio site da wizards com o seu famoso "metagame breakdown"(que você pode ver aqui).
Houve uma grande expectativa sobre o formato e como ele se comportaria com relação à lista de bans e unbans mais recente divulgada pela wizards. Era esperado (ou, pelo menos, teorizado) uma quantidade considerável de UB Faeries e Zoos, assim como havia uma grande dúvida ao redor do futuro do Jund.
Tivemos, durante o final de semana, um total de 44 arquétipos diferentes sendo utilizados, e aqui temos uma tabela explicando sua utilização:
Arquétipo | Day Two # | Day One # |
Zoo | 44 | 64 |
Twin | 23 | 45 |
Melira Pod | 21 | 33 |
W/U/R Flash | 19 | 29 |
Hexproof Auras | 18 | 24 |
Scapeshift | 13 | 14 |
Affinity | 12 | 22 |
Living End | 12 | 14 |
Jund | 10 | 27 |
Storm | 9 | 12 |
Blue Moon | 7 | 8 |
Kiki Pod | 7 | 10 |
Merfolk | 7 | 8 |
Burn | 6 | 15 |
Infect | 6 | 7 |
Tron | 5 | 8 |
Amulet | 4 | 5 |
W/U Control | 3 | 5 |
Faeries | 3 | 6 |
Other | 22 | 30 |
Vemos aqui o Zoo sendo o deck mais jogado do formato, porém acabou não alcançando resultados expressivos. Os decks com maior aproveitamento, ao final do day 2 acabaram por ser os seguintes:
Deck Archetype | Average Win % | |
Storm | 59.70% | |
Living End | 55.25% | |
UWR Control | 54.43% | |
Blue Moon | 52.97% |
Storm e Living End. Dois decks não tão presentes assim no metagame e dois decks que se beneficiam, e muito, do ban do Deathrite Shaman. Sem o elfo, cartas como Past in Flames encontraram espaço pra brilhar e o Storm inclusive teve um representante no Top 8. Completando a lista, temos o campeão UWR Control e a sensação do campeonato, o Blue Moon.
Vamos, então, ver a lista desse novo deck, que surpreendeu muita gente:
Blue Moon
10 Island
4 Misty Rainforest
1 Mountain
4 Scalding Tarn
3 Steam Vents
2 Master of Waves
3 Snapcaster Mage
2 Batterskull
4 Blood Moon
2 Cryptic Command
4 Lightning Bolt
2 Mana Leak
3 Remand
4 Serum Visions
4 Spell Snare
2 Spreading Seas
2 Threads of Disloyalty
2 Vapor Snag
2 Vedalken Shackles
Agora, eu sei o que você está pensando, "Master of Waves no Modern? Ter que lidar com ele no T2 já não é o suficiente?". Mas calma, não se desespere. Bom, pelo menos não por causa dele. A carta a ser temida aqui é, sem sombra de dúvidas, Blood Moon. Talvez uma das cartas mais importantes do Pro Tour inteiro, inúmeros jogos desse deck se resumiram a resolvê-la e depois assistir seus oponentes serem reduzidos ao famoso "draw-go". Cheio de interações legais, desde a sinergia entre Spreading Seass e Master of Waves ou Blood Moon, até o próprio Teferi do sideboard aumentando a devoção para o Master. O deck colocou um jogador no top 8 e se tornou facilmente o queridinho de todos.
Aqui nós temos uma lista dos melhores jogadores e seus decks levando em conta apenas o Modern, desconsiderando o draft. Vemos, além dos decks esperados, Merfolks, Gifts e até mesmo Ad Nauseam, que teve um representante terminando em 9º lugar, mas talvez as maiores surpresas sejam o Restore Balance e o Krark-Clan Ironworks, além do próprio Blue Moon, pegando
todos de surpresa e conseguindo resultados sensacionais.
Quanto ao limited, nada de diferente, não surgiram novos arquétipos ou cartas que ganharam mais usabilidade, talvez possamos mencionar March of the Returned como uma das cartas que mais ganhou com Born of the Gods pela possibilidade de se montar um BG self-mill, mas ainda assim não é algo revolucionário e que mereça uma atenção fora do comum. RW e UG continuam arquétipos fortes, mas ainda temos um limited bem diversificado e equilibrado ao mesmo tempo, as maiores surpresas acabaram ficando no Modern mesmo.
O top 8 do Pro Tour ficou assim:
Jacob Wilson - Melira Pod
Christian Seibold - Affinity
Chris Fennell - Storm
Patrick Dickmann - Tarmo-Twin
Shaun McLaren - UWR Control
Anssi Alkio - UR Twin
Lee Shi-Tian - Blue Moon
Tim Rivera - UWR Twin
As listas podem ser vistas aqui.
Chama a atenção o alto número de Twins que se classificaram, porém vale ressaltar que, apesar dos 3 decks usarem a mesma espinha dorsal, com Serum Visions, o combo, etc, são 3 decks completamente diferentes, sendo um mais voltado para o combo (UR), um com elementos mais de um deck control (UWR) e outro atuando praticamente como um midrange com acesso ao combo quando necessário (RUG). Quanto aos outros decks classificados, apenas um representante de cada, o que mostra que o formato ainda está bem aberto. É difícil classificar algum desses decks como Tier 1 ou Tier 2, talvez Twin por ter o maior número de representantes no top 8 e UWR por ter se sagrado campeão sejam considerados Tier 1, mas é complicado saber quais decks se juntam a eles e, até mesmo, se é possível fazer esse tipo de classificação no modern devido à sua alta variedade.
O caminho que Shaun Mclaren teve que percorrer para levar o UWR ao primeiro lugar no top 8 foi o seguinte:
Vamos, então, ver a lista desse novo deck, que surpreendeu muita gente:
Blue Moon
10 Island
4 Misty Rainforest
1 Mountain
4 Scalding Tarn
3 Steam Vents
2 Master of Waves
3 Snapcaster Mage
2 Batterskull
4 Blood Moon
2 Cryptic Command
4 Lightning Bolt
2 Mana Leak
3 Remand
4 Serum Visions
4 Spell Snare
2 Spreading Seas
2 Threads of Disloyalty
2 Vapor Snag
2 Vedalken Shackles
Agora, eu sei o que você está pensando, "Master of Waves no Modern? Ter que lidar com ele no T2 já não é o suficiente?". Mas calma, não se desespere. Bom, pelo menos não por causa dele. A carta a ser temida aqui é, sem sombra de dúvidas, Blood Moon. Talvez uma das cartas mais importantes do Pro Tour inteiro, inúmeros jogos desse deck se resumiram a resolvê-la e depois assistir seus oponentes serem reduzidos ao famoso "draw-go". Cheio de interações legais, desde a sinergia entre Spreading Seass e Master of Waves ou Blood Moon, até o próprio Teferi do sideboard aumentando a devoção para o Master. O deck colocou um jogador no top 8 e se tornou facilmente o queridinho de todos.
Aqui nós temos uma lista dos melhores jogadores e seus decks levando em conta apenas o Modern, desconsiderando o draft. Vemos, além dos decks esperados, Merfolks, Gifts e até mesmo Ad Nauseam, que teve um representante terminando em 9º lugar, mas talvez as maiores surpresas sejam o Restore Balance e o Krark-Clan Ironworks, além do próprio Blue Moon, pegando
todos de surpresa e conseguindo resultados sensacionais.
Quanto ao limited, nada de diferente, não surgiram novos arquétipos ou cartas que ganharam mais usabilidade, talvez possamos mencionar March of the Returned como uma das cartas que mais ganhou com Born of the Gods pela possibilidade de se montar um BG self-mill, mas ainda assim não é algo revolucionário e que mereça uma atenção fora do comum. RW e UG continuam arquétipos fortes, mas ainda temos um limited bem diversificado e equilibrado ao mesmo tempo, as maiores surpresas acabaram ficando no Modern mesmo.
O top 8 do Pro Tour ficou assim:
Jacob Wilson - Melira Pod
Christian Seibold - Affinity
Chris Fennell - Storm
Patrick Dickmann - Tarmo-Twin
Shaun McLaren - UWR Control
Anssi Alkio - UR Twin
Lee Shi-Tian - Blue Moon
Tim Rivera - UWR Twin
As listas podem ser vistas aqui.
Chama a atenção o alto número de Twins que se classificaram, porém vale ressaltar que, apesar dos 3 decks usarem a mesma espinha dorsal, com Serum Visions, o combo, etc, são 3 decks completamente diferentes, sendo um mais voltado para o combo (UR), um com elementos mais de um deck control (UWR) e outro atuando praticamente como um midrange com acesso ao combo quando necessário (RUG). Quanto aos outros decks classificados, apenas um representante de cada, o que mostra que o formato ainda está bem aberto. É difícil classificar algum desses decks como Tier 1 ou Tier 2, talvez Twin por ter o maior número de representantes no top 8 e UWR por ter se sagrado campeão sejam considerados Tier 1, mas é complicado saber quais decks se juntam a eles e, até mesmo, se é possível fazer esse tipo de classificação no modern devido à sua alta variedade.
O caminho que Shaun Mclaren teve que percorrer para levar o UWR ao primeiro lugar no top 8 foi o seguinte:
Quarterfinals | Semifinals | Finals | Champion | ||||
1 | |||||||
8 | |||||||
4 | |||||||
5 | |||||||
2 | |||||||
7 | |||||||
3 | |||||||
6 |
Durante o top 8, houve uma certa preocupação com relação ao UWR que é um deck muito consistente, mas que enfrentou 3 decks baseados em combos no seu caminho para o topo e, como as partidas passaram de melhor de 5 para melhor de 3, falou-se em prováveis aberturas explosivas desses combos que poderiam acabar com as esperanças de Shaun. Falou-se muito que, em uma melhor de 5, talvez o UWR levasse vantagem pela sua consistência e que talvez esse não fosse o caso. No final das contas, Shaun avançou pilotando muito bem o deck e fazendo uma final excepcional contra o Jacob Wilson de Melira Pod, outro jogador que fez um campeonato impecável. O vídeo da final é esse aqui, é meio longo, mas vale a pena.
Um outro ponto a se destacar são os times. Um elemento importantíssimo no magic competitivo e que, antigamente, não recebia muita atenção da Wizards, mencionando de vez em quando Channel Fireball e Star City Games e, convenhamos, além de serem os dois melhores da época, estavam sempre uniformizados, com camisas, shields, cuecas, enfim. Era impossível não mencioná-los. Mas, ultimamente, os nossos manda chuvas de Seattle estão dando uma atenção especial às equipes, sancionando campeonatos de selado de times, incluindo o GP São Paulo esse ano, em Maio/Junho. Foi divulgada uma tabela de desempenho dos times:
Um outro ponto a se destacar são os times. Um elemento importantíssimo no magic competitivo e que, antigamente, não recebia muita atenção da Wizards, mencionando de vez em quando Channel Fireball e Star City Games e, convenhamos, além de serem os dois melhores da época, estavam sempre uniformizados, com camisas, shields, cuecas, enfim. Era impossível não mencioná-los. Mas, ultimamente, os nossos manda chuvas de Seattle estão dando uma atenção especial às equipes, sancionando campeonatos de selado de times, incluindo o GP São Paulo esse ano, em Maio/Junho. Foi divulgada uma tabela de desempenho dos times:
Team name | No. of members | Average total wins |
Flipsidegaming.com | 6 | 9 |
CFB Pantheon | 15 | 8.666666667 |
ChannelFireball | 15 | 8.666666667 |
Austria/Germany | 12 | 8.083333333 |
Face 2 Face Games | 13 | 7.692307692 |
TCG Player | 11 | 7.363636364 |
Almost Finnished | 7 | 7.285714286 |
MTG Mint Card | 9 | 7.111111111 |
Elaborate Ruse | 12 | 7.083333333 |
13 Angry Men | 10 | 7 |
Revolution | 17 | 6.411764706 |
Tournament average | 393 | 6.287531807 |
Japan | 7 | 6.142857143 |
No team affiliation | 184 | 5.510869565 |
Midwest Connection | 9 | 5.222222222 |
Doge | 9 | 5 |
Recentemente, o Channel Fireball anunciou uma nova "fornada" de membros, ampliando em muito o seu número de jogadores profissionais, se tornando o time a ser batido, considerado por muitos como um "mega-time" devido à grande quantidade de jogadores de alta qualidade. Isso foi uma manobra, devido ao crescimento dos times não-americanos, vide o sucesso do MTG Madness na Europa. Nessa tabela, podemos ver a presença forte desses times, com Almost Finnished, Austria/Germany, etc.
É importante levar em conta a superioridade em questão de média de vitórias daqueles com times em relação àqueles sem nenhum time. Fica a dica pra quem quiser adentrar de vez no mundo competitivo, aparentemente arranjar um time é bem mais vantajoso. (Aparantemente não, É mais vantajoso sim, mas isso já é assunto pra um outro artigo)
Então, concluindo, temos um Modern completamente em aberto. Bitterblossom acabou sendo uma carta ofuscada nesse novo formato, em parte por causa da ascensão do próprio Wild Nacatl, que viu MUITO uso, apesar de não ter tido os melhores resultados. Alguns dos decks que chamaram mais atenção pelo aumento de produção foram aqueles que se beneficiaram do ban do Deathrite Shaman. Jund acabou por não ter sido muito usado e nem por ter conseguido algum resultado expressivo, portanto podemos ter presenciado o último prego no caixão daquele que foi o papa-campeonatos do Modern nos últimos tempos. Apesar de toda essa variedade, o formato parece estar mais saudável do que nunca. Todos os decks parecem justos e tivemos até espaço para decks inesperados e com cartas inesperadas, como o Blue Moon, com Master of Waves e Teferi, portanto ele agora passa longe de ser um Modern no estilo "use isso ou seja derrotado".
Alguma coisa pode ter ficado de fora, afinal é difícil resumir um campeonato de 3 dias em algumas linhas, mas espero que tenha sido um bom resumo para aqueles que não tiveram tempo de acompanhar todo o Pro Tour, ou até mesmo seus pontos mais importantes.
-Vico
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