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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

The Bottom Line - Analisando o Pro Tour Born of the Gods


E aí pessoal, hoje quem vos fala é o Vico de novo e, como não poderia deixar de ser, venho trazer pra vocês um resumo/análise do Pro Tour Valencia, que foi no formato Modern e ocorreu nesse final de semana (22/02 e 23/02). O campeão foi Shaun Mclaren (foto) pilotando o poderoso e já conhecido UWR control e, pra me ajudar a compor essa análise, usei o próprio site da wizards com o seu famoso "metagame breakdown"(que você pode ver aqui).


Houve uma grande expectativa sobre o formato e como ele se comportaria com relação à lista de bans e unbans mais recente divulgada pela wizards. Era esperado (ou, pelo menos, teorizado) uma quantidade considerável de UB Faeries e Zoos, assim como havia uma grande dúvida ao redor do futuro do Jund.

Tivemos, durante o final de semana, um total de 44 arquétipos diferentes sendo utilizados, e aqui temos uma tabela explicando sua utilização:

ArquétipoDay Two #Day One #
Zoo4464
Twin2345
Melira Pod2133
W/U/R Flash1929
Hexproof Auras1824
Scapeshift1314
Affinity1222
Living End1214
Jund1027
Storm912
Blue Moon78
Kiki Pod710
Merfolk78
Burn615
Infect67
Tron58
Amulet45
W/U Control35
Faeries36
Other2230

Vemos aqui o Zoo sendo o deck mais jogado do formato, porém acabou não alcançando resultados expressivos. Os decks com maior aproveitamento, ao final do day 2 acabaram por ser os seguintes:

Deck ArchetypeAverage Win %
Storm59.70%
Living End55.25%
UWR Control54.43%
Blue Moon52.97%

Storm e Living End. Dois decks não tão presentes assim no metagame e dois decks que se beneficiam, e muito, do ban do Deathrite Shaman. Sem o elfo, cartas como Past in Flames encontraram espaço pra brilhar e o Storm inclusive teve um representante no Top 8. Completando a lista, temos o campeão UWR Control e a sensação do campeonato, o Blue Moon.

Vamos, então, ver a lista desse novo deck, que surpreendeu muita gente:

Blue Moon

10 Island
4 Misty Rainforest
1 Mountain
4 Scalding Tarn
3 Steam Vents

2 Master of Waves
3 Snapcaster Mage

2 Batterskull
4 Blood Moon
2 Cryptic Command
4 Lightning Bolt
2 Mana Leak
3 Remand
4 Serum Visions
4 Spell Snare
2 Spreading Seas
2 Threads of Disloyalty
2 Vapor Snag
2 Vedalken Shackles

Agora, eu sei o que você está pensando, "Master of Waves no Modern? Ter que lidar com ele no T2 já não é o suficiente?". Mas calma, não se desespere. Bom, pelo menos não por causa dele. A carta a ser temida aqui é, sem sombra de dúvidas, Blood Moon. Talvez uma das cartas mais importantes do Pro Tour inteiro, inúmeros jogos desse deck se resumiram a resolvê-la e depois assistir seus oponentes serem reduzidos ao famoso "draw-go". Cheio de interações legais, desde a sinergia entre Spreading Seass e Master of Waves ou Blood Moon, até o próprio Teferi do sideboard aumentando a devoção para o Master. O deck colocou um jogador no top 8 e se tornou facilmente o queridinho de todos.



Aqui nós temos uma lista dos melhores jogadores e seus decks levando em conta apenas o Modern, desconsiderando o draft. Vemos, além dos decks esperados, Merfolks, Gifts e até mesmo Ad Nauseam, que teve um representante terminando em 9º lugar, mas talvez as maiores surpresas sejam o Restore Balance e o Krark-Clan Ironworks, além do próprio Blue Moon, pegando
todos de surpresa e conseguindo resultados sensacionais.

Quanto ao limited, nada de diferente, não surgiram novos arquétipos ou cartas que ganharam mais usabilidade, talvez possamos mencionar March of the Returned como uma das cartas que mais ganhou com Born of the Gods pela possibilidade de se montar um BG self-mill, mas ainda assim não é algo revolucionário e que mereça uma atenção fora do comum. RW e UG continuam arquétipos fortes, mas ainda temos um limited bem diversificado e equilibrado ao mesmo tempo, as maiores surpresas acabaram ficando no Modern mesmo.

O top 8 do Pro Tour ficou assim:

Jacob Wilson - Melira Pod
Christian Seibold - Affinity
Chris Fennell - Storm
Patrick Dickmann - Tarmo-Twin
Shaun McLaren - UWR Control
Anssi Alkio - UR Twin
Lee Shi-Tian - Blue Moon
Tim Rivera - UWR Twin

As listas podem ser vistas aqui.

Chama a atenção o alto número de Twins que se classificaram, porém vale ressaltar que, apesar dos 3 decks usarem a mesma espinha dorsal, com Serum Visions, o combo, etc, são 3 decks completamente diferentes, sendo um mais voltado para o combo (UR), um com elementos mais de um deck control (UWR) e outro atuando praticamente como um midrange com acesso ao combo quando necessário (RUG). Quanto aos outros decks classificados, apenas um representante de cada, o que mostra que o formato ainda está bem aberto. É difícil classificar algum desses decks como Tier 1 ou Tier 2, talvez Twin por ter o maior número de representantes no top 8 e UWR por ter se sagrado campeão sejam considerados Tier 1, mas é complicado saber quais decks se juntam a eles e, até mesmo, se é possível fazer esse tipo de classificação no modern devido à sua alta variedade.

O caminho que Shaun Mclaren teve que percorrer para levar o UWR ao primeiro lugar no top 8 foi o seguinte:


QuarterfinalsSemifinalsFinalsChampion
1Shaun McLarenShaun McLaren, 2-1
8Tim RiveraShaun McLaren, 2-1
4Christian SeiboldPatrick Dickmann, 2-1Shaun McLaren, 3-2
5Patrick Dickmann
2Lee Shi TianAnssi Alkio, 2-0
7Anssi AlkioJacob Wilson, 2-1
3Jacob WilsonJacob Wilson, 2-0
6Chris Fennell

Durante o top 8, houve uma certa preocupação com relação ao UWR que é um deck muito consistente, mas que enfrentou 3 decks baseados em combos no seu caminho para o topo e, como as partidas passaram de melhor de 5 para melhor de 3, falou-se em prováveis aberturas explosivas desses combos que poderiam acabar com as esperanças de Shaun. Falou-se muito que, em uma melhor de 5, talvez o UWR levasse vantagem pela sua consistência e que talvez esse não fosse o caso. No final das contas, Shaun avançou pilotando muito bem o deck e fazendo uma final excepcional contra o Jacob Wilson de Melira Pod, outro jogador que fez um campeonato impecável. O vídeo da final é esse aqui, é meio longo, mas vale a pena.

Um outro ponto a se destacar são os times. Um elemento importantíssimo no magic competitivo e que, antigamente, não recebia muita atenção da Wizards, mencionando de vez em quando Channel Fireball e Star City Games e, convenhamos, além de serem os dois melhores da época, estavam sempre uniformizados, com camisas, shields, cuecas, enfim. Era impossível não mencioná-los. Mas, ultimamente, os nossos manda chuvas de Seattle estão dando uma atenção especial às equipes, sancionando campeonatos de selado de times, incluindo o GP São Paulo esse ano, em Maio/Junho. Foi divulgada uma tabela de desempenho dos times:

Team nameNo. of membersAverage total wins
Flipsidegaming.com69
CFB Pantheon158.666666667
ChannelFireball158.666666667
Austria/Germany128.083333333
Face 2 Face Games137.692307692
TCG Player117.363636364
Almost Finnished77.285714286
MTG Mint Card97.111111111
Elaborate Ruse127.083333333
13 Angry Men107
Revolution176.411764706
Tournament average3936.287531807
Japan76.142857143
No team affiliation1845.510869565
Midwest Connection95.222222222
Doge95

Recentemente, o Channel Fireball anunciou uma nova "fornada" de membros, ampliando em muito o seu número de jogadores profissionais, se tornando o time a ser batido, considerado por muitos como um "mega-time" devido à grande quantidade de jogadores de alta qualidade. Isso foi uma manobra, devido ao crescimento dos times não-americanos, vide o sucesso do MTG Madness na Europa. Nessa tabela, podemos ver a presença forte desses times, com Almost Finnished, Austria/Germany, etc.

É importante levar em conta a superioridade em questão de média de vitórias daqueles com times em relação àqueles sem nenhum time. Fica a dica pra quem quiser adentrar de vez no mundo competitivo, aparentemente arranjar um time é bem mais vantajoso. (Aparantemente não, É mais vantajoso sim, mas isso já é assunto pra um outro artigo)

Então, concluindo, temos um Modern completamente em aberto. Bitterblossom acabou sendo uma carta ofuscada nesse novo formato, em parte por causa da ascensão do próprio Wild Nacatl, que viu MUITO uso, apesar de não ter tido os melhores resultados. Alguns dos decks que chamaram mais atenção pelo aumento de produção foram aqueles que se beneficiaram do ban do Deathrite Shaman. Jund acabou por não ter sido muito usado e nem por ter conseguido algum resultado expressivo, portanto podemos ter presenciado o último prego no caixão daquele que foi o papa-campeonatos do Modern nos últimos tempos. Apesar de toda essa variedade, o formato parece estar mais saudável do que nunca. Todos os decks parecem justos e tivemos até espaço para decks inesperados e com cartas inesperadas, como o Blue Moon, com Master of Waves e Teferi, portanto ele agora passa longe de ser um Modern no estilo "use isso ou seja derrotado". 

Alguma coisa pode ter ficado de fora, afinal é difícil resumir um campeonato de 3 dias em algumas linhas, mas espero que tenha sido um bom resumo para aqueles que não tiveram tempo de acompanhar todo o Pro Tour, ou até mesmo seus pontos mais importantes.

-Vico

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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Análise do Modern pós bans e expectativas para o Pro Tour Valencia




E aí pessoal, eu sou o Lenon Furtado e hoje eu estou aqui pra falar um pouco sobre o Modern, formato que acaba sendo visto por muita gente como morto ou sem graça devido à grande quantidade de bans e unbans, o que torna ele instável e inatrativo pra muitos players. Porém, o panorama parece estar pra mudar com a nova lista da wizards, onde deathrite shaman foi banido e bitterblossom e wild nacatl desbanidos. Tudo leva a crer que, a partir de agora, o formato tende a melhorar e, com a chegada do Pro Tour Valencia nesse final de semana, vale a pena dar uma olhada para o Modern com mais carinho.

Vamos então olhar para as principais alterações que a Wizards promoveu:




A Wizards sempre argumentou que gostaria que o modern fosse um formato mais lento, vide a sua política de erradicar os combos mais explosivos e o gatinho sempre foi uma ameaça a esses decks mais devagares. Os manda-chuvas do magic também argumentavam que queriam um formato mais diversificado, que incentivasse novas estratégias e o nacatl sempre foi uma carta de uso obrigatório em qualquer deck aggro, caso você não se rendesse ao poder do felino, correria o risco de ter um deck inferior aos outros aggros do ambiente. Wild nacatl acabava por inibir o uso de muitas criaturas interessantes que poderiam ser usadas em muitos decks diferentes, pelo simples fato de ter um custo benefício maior, e isso era visto como prejudicial pela wizards. Talvez agora o formato já tenha mudado tanto que a Wizards resolveu desbanir cartas de estratégias antigas que eram vistas como tóxicas para o ambiente por achar que elas vão se adaptar melhor ao formato atual, o que nos leva à próxima carta:




Sejamos honestos, fadas foi provavelmente um dos decks mais odiados da história. Desde que eu comecei jogar magic – há 6 anos atrás – sempre vi players reclamando, se desesperando por estar jogando contra um deck desses. Isso refletiu lá no QG da Wizards e fez uma das cartas chaves do deck, a Bitterblossom, já nascer banida no modern. Assim como o Nacatl, o encantamento ganhou uma nova chance entre as cartas de estratégias antigas que podem se adaptar ao ambiente, o que nos leva a crer que talvez ocorram outros unbans como esses daqui por diante. (Não, Jace e Stoneforge continuarão na geladeira por muito tempo)

Por fim, a carta banida da lista:




Não se pode dizer que foi um ban surpreendente. Eu, particularmente, achei que viria antes. Jund sempre foi um dos decks mais fortes do formato, porém antes da chegada do xamã, apenas o Bloodbraid Elf não tornava o deck opressor. As duas cartas juntas foram o estopim para a reclamação de vários players sobre como o deck era injusto e, não satisfeita em banir o elfo, a Wizards resolveu banir o xamã meses depois. (Este último, por sinal, muitos defendiam que ocorresse desde o começo, sem a necessidade do banimento do Bloodbraid)

Vamos ver então quais decks – antigos e novos – podem aproveitar as mudanças no ambiente e que podem aparecer nesse PT

Vamos começar com o jund, que foi um deck que dominou o formato por muito tempo e, mesmo após o ban do BBE, ainda continuou fazendo bons resultados. Após o ban do nosso querido 3/2 cascade, ficou complicado definir o que era o jund no formato, uma vez que o deck sofreu várias alterações e contou com várias versões que iam desde apenas decks BG, até aqueles 4-color-ajani-jund, ou, como Luis Scott-Vargas gosta de chamá-lo, “Ajundi”. Podemos considerar jund todo deck que contém essas cartas

4 Tarmogoyf
4 Dark Confidant
4 Deathrite Shaman
4 Liliana of the Veil

Essa era a base usada em praticamente todas as listas de jund. Deathrite Shaman servia como um dork mas, diferente da maioria deles, além de possibilitar um turno 2 com Liliana ou Toughtseize/Inquisition seguido do Goyf/Confidant, possuía um late game muito forte. Com o seu banimento, o deck perde muita consistência, porém ainda conta com as melhores criaturas de custo 2 do ambiente e o melhor planinauta do formato, a Liliana (R.I.P. Jace). Com ótimos removals e disrupts, o deck pode vir a deixar de ser um tier 1 no Modern, mas provavelmente vai continuar aparecendo e se readaptando. Não será nenhuma surpresa ver alguma de suas variantes no top 8 do PT nesse final de semana.

Agora, vamos ver um deck que ganhou, e muito, com o unban de Bitterblossom

4 Windbrisk Heights
4 Plains
4 Marsh Flats
4 Isolated Chapel
4 Godless Shrine
2 Fetid Heath
1 Swamp

3 Auriok Champion
3 Tidehollow Sculler
2 Hero of Bladehold

4 Thoughtseize
4 Path to Exile
4 Raise the Alarm
4 Spectral Procession
4 Lingering Souls
3 Zealous Persecution
1 Gather the Townsfolk

3 Honor of the Pure
2 Intangible Virtue

O chamado BW Tokens nunca foi um tier 1 no formato, mas sempre esteve ali presente, de vez em quando fazia top 16, aparecia nos dailys, etc. Agora, com a adição do encantamento preto, pode ser uma aposta bem válida. O deck costumava pecar pela falta de consistência, com cartas que não convencem muito como Raise the Alarm. Trocando-a pela Bitterblossom, o deck não ganha apenas mais um gerador de tokens, ganha uma carta de valor, que pode fazer muito estrago sozinha (quem viveu pra ver a época de Lowryn, sabe). Ele pode se readaptar pra utilizar menos Honor of the Pure e mais Intangible Virtue, ou até Spear of Heliod.

Já que estamos falando de Bitterblossom, como não citar o nosso tão querido fadas, não é mesmo?

3 Mistbind Clique
3 Vendilion Clique
4 Spellstutter Sprite

2 Mana Leak
2 Spell Snare
3 Cryptic Command
4 Smother

3 Thoughtseize
4 Ancestral Vision

4 Bitterblossom
2 Jace Beleren
2 Umezawa's Jitte

1 Pendelhaven
1 Scalding Tarn
2 Watery Grave
3 Misty Rainforest
4 Mutavault
4 River of Tears
4 Secluded Glen
5 Island

Essa é uma lista do antigo extended e, com os recursos atuais, como as lands de Scars of Mirrodin e Inquisition of Kozilek, as fadinhas podem fazer grandes estragos no ambiente. Fora isso, não há muito a se dizer aqui. Abuse da sua Blossom, anule as mágicas do seu oponente, vire todas as suas lands e, não satisfeito em ganhar, deixe-o extremamente irritado e observe-o ir embora da mesa resmungando “Bitterblossom tem que ser banida de novo...”

Ainda falando do nosso gerador de tokens, existem decks que sempre existiram por jogar nas costas do encantamento e se dar bem sempre que o encontrava pelos campeonatos ao redor do mundo. Um deles é o famoso monored BURN!

6 Mountain
4 Scalding Tarn
4 Blackcleave Cliffs
4 Arid Mesa
2 Blood Crypt

4 Grim Lavamancer
4 Vexing Devil
4 Goblin Guide

4 Lava Spike
4 Bump in the Night
4 Lightning Bolt
4 Rift Bolt
4 Searing Blaze
4 Shard Volley
4 Skullcrack

Deck perfeito pra descontar o seu stress do trabalho, divirta-se gastando seus burns e vendo seu oponente desesperado tendo que lidar com a própria Bitterblossom. Sua versão t2 em Lorwyn era o predador natural do UB Fadas e tem tudo pra manter o seu posto.

Outro predador natural das fadinhas é o Merfolks:

16 Island
4 Mutavault
1 Cavern of Souls

4 Master of the Pearl Trident
4 Lord of Atlantis
4 Silvergill Adept
3 Master of Waves
3 Cursecatcher
2 Tidebinder Mage
2 Merrow Reejerey
2 Kira, Great Glass-Spinner
1 Thassa, God of the Sea

3 Vapor Snag
3 Spell Pierce

4 Spreading Seas
4 Æther Vial

O deck já havia melhorado com a adição de Thassa e Master of Waves e, com o ressurgimento do UB Fadas, ele tem tudo pra ver mais jogo ainda.

Vamos ver agora alguns decks que podem ganhar com o unban do Wild Nacatl:

4 Verdant Catacombs
4 Arid Mesa
3 Stomping Ground
2 Scalding Tarn
1 Sacred Foundry
1 Misty Rainforest
1 Forest
1 Temple Garden
1 Mountain

4 Ghor-Clan Rampager
4 Burning-Tree Emissary
4 Experiment One
4 Flinthoof Boar
4 Goblin Guide
4 Kird Ape
4 Tarmogoyf
4 Wild Nacatl

4 Lightning Bolt
2 Mutagenic Growth
2 Pillar of Flame
2 Path to Exile

Sem o Wild Nacatl, o zoo virou praticamente um RG. Essa é uma lista protótipo do que o deck pode vir a se tornar, porém ele ainda pode ter acesso a cartas como Lightning Helix e Qasali Pridemage. Podemos ver, no próximo final de semana, um zoo voltando as suas origens, pra alegria de vários players, ou quem sabe até um zoo com splash pra outras cores, com acesso a Tribal Flames.

Falando de Deathrite shaman agora, alguns decks que ganham com o seu banimento são os Uwx e os Twins. “Que merda que tu tá falando cara?” Calma, não se irrite, apenas um nome responde essa pergunta: Snapcaster Mage. Quando o xamã era bem presente no formato, nosso japonês já era uma carta bem forte e, sem o elfinho, o mago ganha força e alavanca esses decks.

Uma incógnita para o formato é o Melira Pod. Ele perde o seu dork preferido e que, muitas vezes, ajudava quando o deck partia pra estratégia Junk Midrange, porém o deck costumava penar quando enfrentava um outro xamã do outro lado, portanto é difícil analisar como o deck ficará no ambiente.

Agora, pasmem, o deck que provavelmente mais ganhou com essa nova lista foi o living end. Enfrentar um deck com Deathrite Shaman era quase como começar o jogo com seu oponente sideado. Sem o medo do elfo, o deck agora pode jogar livremente. (Vejam bem, eu não disse dominar, eu não disse oprimir, eu disse “jogar livremente”. E só)

Claro, várias mudanças vão ocorrer, vários outros decks podem voltar a jogar, como Loam e Gifts que estavam meio esquecidos, mas o Modern é um formato mais dinâmico que as pessoas pensam, até pela quantidade de cartas disponíveis. O UB Fadas pode ser um deck muito forte, mas pode ser que surja um deck com Thundermaw Hellkite pra combatê-lo, ou até mesmo os próprios merfolks. Ou pode ser que até mesmo um outro deck que nenhum de nós, meros mortais, esperava venha a dominar o ambiente por razões que apenas os Deuses do Magic podem nos responder. O fato é que o Modern tem sim as suas falhas, que todos sabemos e que todos já estamos cansados de repetir, porém ele faz parte do circuito. Não podemos deixá-lo de lado caso queiramos nos fixar nesse cenário competitivo e, depois de tanto tempo sendo deixado na gaveta, talvez seja a hora de olharmos pro Modern com mais carinho.

-Lenon

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Devaneios Farofescos - Pauper T2: Diversão a baixo custo!




E aí, pessoal! Quem fala pra vocês hoje é o Mauro Fylipe.... Tá. A quem eu estou querendo enganar? É Farofa mesmo. Farofa. Isso, apelido qual eu não consigo me livrar desde a quinta série. Mas sinceramente. Já adotei. Sou farofeiro mesmo.

Sou um quase engenheiro mecânico (TCC, só falta você!), que desde 2011, aos 23 anos por motivos dos mais diversos, finalmente consegui entrar no mundo de um jogo que sempre achei fascinante, mas nunca consegui fazer parte: O Magic. Neste pouco tempo que tenho de jogo ainda me acho muito inexperiente e a chance de treinar no MTG Factory foi importantíssimo para todos nós conseguirmos levar o nosso jogo ao nível competitivo.

Mas, uma questão, que pega para muitos é a seguinte: Magic é um jogo CARO. Aqui no país, sabemos que são poucos os que conseguem manter coleções grandes, afinal, um deck Standard dificilmente sai por menos de 1000 reais. Não vamos nem entrar em Modern e Legacy, que daí mesmo o preço explode!

Então, qual a solução? Você é um aficionado pelas cartinhas, tem noção de estratégia mas... É um estagiário. E namora. E mora sozinho. E não tem verba. Vai simplesmente parar?
...
...

Não!

Existe um formato, que é BEM barato, o qual não é sancionado, que começou a ser jogado aqui na cidade de Florianópolis e tem feito sucesso. Aquele mesmo que diz no título do artigo, o Pauper T2!

Ah, será que vale a pena jogar algo que a Wizards nem sanciona? Pois então. Quanto mais você joga, mais você treina, melhor você fica e, uma coisa que é muito, mas muito importante: domínio das fases do jogo, uso de tricks, removals e tudo mais. Pode não parecer grande coisa, mas algumas semanas treinando isso (e se divertindo) é bem melhor que ficar parado enquanto você espera finalmente completar o seu deck T2 tão sonhado.

Mesmo com a Wizards permitindo no Magic Online (MOL) o pauper (Formato com todas as cartas comuns, exceto a lista de banidas, encontradas aqui: http://www.wizards.com/Magic/TCG/Resources.aspx?x=magic/rules/Pauper), este formato ainda encontra cartas muito difíceis de ser encontradas, algumas com raridades diferentes da vida real, e algumas delas muito caras! Ou vai dizer que tu achas um Sinkhole a 5 pila por aí? =D

Então, tiveram a ideia de fazer torneios com todas as cartas comuns válidas no Standard e assim nasceu o Pauper Standard! Hoje em dia, abre-se muito mais boosters que antigamente, portanto uma grande quantidade de jogadores tem acesso rápido a praticamente todas as comuns do formato.

Atualmente, o ambiente é composto por variados decks, e todos incrivelmente competitivos! Vamos listar alguns deles aqui, para o pessoal ter uma noção de como se compõe o formato, uma vez que não é tão comum você estar em casa e pensar “Hmmmmm... acho que vou procurar umas listas de Pauper T2 “.

Uma das fontes utilizadas para isso é o site www.pdcmagic.com, onde o pessoal organiza torneios no Magic Online com muita frequência. E também postarei outras listas, como a minha. Vamos começar por um que faz muito sucesso lá fora: UR Nivix!

UR Nivix




Sideboard


Deck com grande potencial, baseia-se em colocar em campo ou uma das estrelas do limitado de Return to Ravnica, Frostburn Weird , ou então uma carta pelo qual o colunista do Channel Fireball, Travis Woo é apaixonado, e chegou a criar alguns decks com ela, devido ao grande potencial de combo. Sim, aquela que toma o Abrupt Decay, o grande Nivix Cyclops . Ah, os Archaeomancer estão ali para recuperar o gás, sendo muitas vezes um corpo para bloqueio. Ao encaixar uma das duas primeiras criaturas acima citadas, impeça seu oponente de fazer mágicas relevantes, ou elimine-as de campo com seus burns, abrindo caminho para levar o seu oponente a derrota. Exige um pouco de treino, mas com o empenho certo, pode te trazer bons resultados.

Outra opção que temos é o famoso deck de molequinho...

White Weenie




Sideboard

Há! Aí o deck com o qual me divirto toda semana! Já ganhei alguns torneios de Pauper T2 com ele e posso falar muito bem sobre esse cidadão. Com aberturas muito fortes, é um deck que pode simplesmente quebrar o oponente em poucos turnos. Hopeful Eidolon + Ethereal Armor, com Gods Willing de suporte acaba ficando MUITO forte. Aí entra o pocotó overpower de Theros, Wingsteed Rider, os Azorius Arrester tiram os blockers principais do oponente, Syndic of Tithes permite que você tenha um range maior no jogo mesmo uma mesa travada (já ganhei muitos jogos com o Extort), e uma coisa muito importante a se citar do formato: Atualmente se usam MUITOS encantamentos. Isso explica os 2 Keening Apparition no Maindeck, sendo um urso cinzento que bate e ainda pode funcionar como remoção no formato. Das remoções utilizadas, Pacifism aumenta o poder da Ethereal Armor e trava uma criatura do oponente, e Celestial Flare é o removal básico que todo o deck agressivo quer ter. Vale ressaltar que esta carta pode ser utilizada ao final da etapa de combate. Ou seja, você muitas vezes bloqueia, troca algumas criaturas com o oponente, resolve o dano, elimina os outros possíveis atacantes, e aquele Megazord com evasão que te acertou mesmo assim, sendo ele o último atacante restante, é eliminado. Entram nas tricks a possibilidade de se usar o Gods Willing para fazer “soltar” uma criatura em modo Bestow e usar como bloqueadora, e aí vai.

Essa lista é muito eficiente, porém pena contra decks hard control, e um exemplo destes é este aqui...

UB Control




Sideboard

Bah, pra quem gosta de um deck control, essa é a boa. Ele ganha dos oponentes no cansaço. E, com uma das melhores cartas do formato, Crypt Incursion, permite uma sobrevida após as investidas de decks Aggro. Por um exemplo, eu mesmo já tomei um Crypt Incursion no qual me oponente ganhou 66 pontos de vida. Use suas spells, elimine os perigos de campo e vá destruindo o baralho do oponente. Uma decisão errada, um counter mal jogado pode lhe custar a partida, então é bom dar uma treinada. 

Este deck eu já vi em diferentes formas: usando vermelho, com burns, caracterizando um Grixis Control, com Doorkeeper, Returned Phalanx e Mnemonic Wall Maindeck, todas para melhorar o match contra Aggro, uma vez que, se o oponente vier muito rápido, nem sempre o deck segura. É com certeza uma das escolhas mais seguras para o formato.

Outro deck muito popular pelas bandas da Grande Floripa, e que também tem muitos adeptos mundo afora, é um que tem como estrela uma das melhores cartas de Theros...

Monoblack




Sideboard

Ah, Monoblack... Muitos, assim como eu, são apaixonados por esse estilo de deck, atualmente uma das estratégias dominantes do Standard. E por que não trazer esta mesma ideia para nosso Pauper Standard? Gray Merchant ofAsphodel é uma carta comum, e não temos sweepers no formato atual, então... Ta-da! Vá construindo a sua mesa com criaturas que permitam agredir e ganhar vantagem sobre o oponente, utilize as melhores remoções do formato, e, finalize o jogo com o bichão de 5 mana. Disciple of Phenax é importante por tirar principalmente removals da mão do oponente, mantendo sua devoção alta. Deathcult Rogue é praticamente imbloqueável, afinal, pense bem: ele só pode ser bloqueado por ladinos(rogues)! Encante um Mark of the Vampire nele, e aí vem uma besta que te drena 4 por turno se não respondido. Jogar removals com Extort, quando Basilica Screecher está em campo me parece muito bom também! 

Essas foram apenas algumas opções de baralhos para você começar a jogar. Existe sempre, SEMPRE, a opção de criar seu próprio deck e ganhar! Foi assim que comecei, com meu White Weenie, uma vez que as listas usadas são BEM diferentes da minha, que foi a que eu postei no artigo. Existe uma grande gama de possibilidades, como UG monstros (Bonow, I’m looking at you), Boros Aggro, Monored, GWb Hexproof, GW Heroic, GW Populate, todos com suas vantagens e fraquezas!
E o melhor de tudo! Cada deck deste não sai por mais de 30 reais! 

Este é meu primeiro artigo pro Factory e espero que o pessoal tenha gostado! Vou trazer em breve as novidades que o formato terá com a entrada da nova edição, Born of the Gods, assim como Análises de novos decks Standard e opiniões no Limited, visto que vamos todos treinar pesado para fazer bonito no selado de times, em maio no GP São Paulo!

Qualquer dúvida, crítica ou sugestão deixe seu recado, seja por aqui, ou procurando por Mauro Fylipe Farofa no facebook também me encontra! Um abraço a todos!

- Mauro Fylipe “Farofa” 

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sábado, 1 de fevereiro de 2014

All About Perspectives - Um segundo olhar sobre o Pré-Release de Born of the Gods



Bom pessoal, aqui quem fala é o Vico de novo pra falar mais sobre o pré-release. Passadas as cansativas rodadas, as risadas que todo o pré-release proporciona, chegou a hora de olhar pra trás e fazer uma reflexão sobre a edição e quais cartas surpreenderam positivamente e negativamente.

O propósito desse artigo é fazer uma análise sobre o que realmente foi bom nesse fim de semana nos pré-releases por aqui e gerar um debate entre os leitores, sobre o que rendeu, o que não rendeu, etc. Então, bora lá!

A princípio, uma carta que passou um pouco despercebida, pelo para nós do MTG Factory no spoiler, foi o Servant of Tymaret. Em diversas situações os jogadores aqui se encontraram em alguma posição confortável na mesa com uma ou duas criaturas grandes, não fosse pelo zumbi do outro lado, que garantia blocks eternos. Ele ainda acabou sendo uma ótima resposta para criaturas que incomodam, mas que não possuem evasão.

Outra carta que surpreendeu foi o Satyr Nyx-Smith. Ao ver a carta pela primeira vez, a impressão que eu tive foi a de que ele conectaria no seu oponente uma vez e só. Mas, ao ver o formato se desenrolando, ele SEMPRE acertava o oponente uma vez, colocava 5 de poder na mesa e, partir dali o oponente nunca mais poderia descuidar dele, ou ficaria muito pra trás.

Entrando no cenário das cartas que decepcionaram, vi alguns jogadores que usaram azul, mas optaram por cortar o Archetype of Imagination. Os decks já possuíam criaturas voadoras o suficiente e valia mais a pena inserir outra criatura de custo alto no lugar. Ele ainda é uma criatura ótima, mas ela depende muito de como é a sua lista para ser usada.

No geral, as cores acabaram sendo bem equilibradas como previsto. A melhor escolha acabou sendo mesmo aquela que mais se adapta ao seu estilo de jogo. A maioria dos jogos bons foram decididos em detalhes, o que torna o selado do bloco de Theros legal de ser jogado. As duas promos que mais viram jogo foram a vermelha e a verde. A branca funcionou mais como apenas mais uma criatura grande nos decks e a preta acabou por ser mesmo a pior entre as 5. Gostaria de ter visto mais a azul em ação, não a vi em campo nenhuma vez no campeonato inteiro, mas acredito que ela funcione bem.

Sobre a minha pool, escolhi o verde e abri uma pool com algumas cores muito fracas mas a parte verde e branca veio muito boa e carregada de raras. Brimaz, Spear of Heliod, Hundred-Handed One, Eidolon of Countless Battles e Fated Intervention estavam entre elas. Eu montei um GW com splash pra Daxos of Meletis. No papel, o deck e a curva estavam muito bons, boas criaturas em todas as curvas, algumas criaturas com heroico, auras, mana fixers, etc. Infelizmente não era o dia e o deck acabou por não funcionar como era pra funcionar e eu fiz um 3-3 sem muito brilho.




Olhando pra trás, eu ainda teria escolhido o verde e teria montado o deck com as mesmas coisas, talvez tivesse usado menos criaturas na curva 5 (5 no total, contando com os bestows) e teria incluído 2 Oreskos SunGuide na curva 2, que contava com apenas 2 criaturas e mais algumas auras e tricks.

No geral, não fiquei satisfeito com o meu resultado ou com a maneira que o deck se portou, mas gostei bastante do formato, acredito que nunca a Wizards acertou tanto em um selado como agora. Lembrando que o GP São Paulo no meio do ano será no formato selado de times e contará com boosters de Theros, 

Born of the Gods e Journey to Nyx, portanto recomendo a todos os jogadores a olharem com carinho pra estas edições e que treinem e leiam sobre esse selado, pois tenho certeza que quem não gostou, vai passar a gostar dele.

E você? Foi bem no pré-release? O que te impressionou e o que desapontou? Vários jogadores têm visões diferentes e as cartas citadas aqui podem ter se saído melhor ou pior em outros lugares, portanto compartilhem conosco suas impressões!

-Vico

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