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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Mission to Mars - Analisando o Pré-Release de Journey into Nyx!


Oi pessoal, aqui é o Vico de novo e hoje venho falar sobre o tão aguardado pré-release de Journey into Nyx! Com o spoiler completo (que você pode conferir aqui), começam a surgir palpites e dúvidas sobre quais cartas podem fazer estrago, qual a melhor cor, etc. Por isso, o MTG Factory vem trazer uma análise bem legal pra ajudar todo mundo escolher do que jogar nesse final de semana.

Primeiro, é bom salientar que analisaremos única e exclusivamente a nova edição. Com as 3 edições do bloco presentes nesse pré-release, é muito difícil prever tudo que pode acontecer. Na análise também daremos prioridades para comuns e incomuns. Para se entender a consistência de cada cor, não se pode dar tanta importância às raras, uma vez que cada uma tem sua quantidade X de bombas. Independente de qual cor seja a pior, se você abrir 4 bombas gigantes daquela cor, você provavelmente vai usá-la, mas isso são casos atípicos.

Faremos uma análise de cada cor e também tentaremos colocá-las em um ranking conforme nossa opinião. Também listaremos as Promos, por ordem de pior para melhor. Então, sem mais delongas, vamos começar!






Quando eu olhei o spoiler completo por cima pela primeira vez, eu gostei bastante do preto. Achei que a quantidade razoável de removals e playables tinha potencial para torná-lo a melhor cor da edição. Até eu olhar de novo para o branco. Ele possui uma mistura muito interessante de criaturas boas, voadoras, removals e até um certo exagero na keyword “Golpe Duplo”. Algumas cartas que chamam a atenção:




Tappers costumam aparecer como grandes estrelas em pré-releases e talvez esse seja o formato perfeito pra um deles. Em situações onde o seu oponente foca a sua estratégia em usar seus bestows e tricks em uma única criatura e transformá-la num megazord, o cachorro tem potencial para frustrar planos. Seu custo pode ser um ponto negativo para ele, numa curva onde as melhores criaturas são jogadas, normalmente, mas talvez seja um preço barato a se pagar dependendo do panorama. Outra desvantagem é o fato de que ele não encaixa muito bem em decks mais agressivos, mas os pré-releases tendem a ter ambientes mais lentos, portanto deve-se ficar de olho nele.




A criatura não-heroica perfeita para carregar bestows. Seu poder inicial pode não ser assustador, mas qualquer coisa anexada à ele pode transformá-lo em um monstro que vai precisar de uma resposta imediata do oponente. Já pensou ele seguido de um Heliod's Emissary? É uma criatura a ser temida, porém seu alto custo e seu corpo frágil são seus pontos fracos, ele acaba por ser uma criatura dependente de outras ferramentas para deixá-la mais forte, mas, uma vez que ele fica, vira uma máquina difícil de ser detida.

Removals

O branco veio com uma grande quantidade interessante de removals. Banishing Light, o novo oblivion ring, é extremamente forte por lidar com várias permamentes que incomodam, como o bestow mais forte de uma criatura do oponente, ao invés da criatura propriamente dita. Opressive Rays e Armament of Nyx podem ser respostas eficazes para criaturas combatentes que representem alguma ameaça. O problema de todos eles é o fato de serem encantamentos e a própria edição ter formas variadas de lidar com eles, então é preciso ter cuidado. Fora isso Reprisal é um Vanquish the Foul mais barato que pode vir a ser útil e Quarry Colossus dá um Griptide melhorado. Sua desvantagem é o custo, mas talvez em um pré-release ele possa fazer estrago.

                       


Rezar para abrir: Godsend e Dictate of Heliod


Promo



Dawnbriger Charioteers é, na nossa opinião a melhor dentre as 5 promos. Branco por si só já possui uma quantidade boa de enablers de heroic para apoiá-la e seu efeito compensa e muito o seu custo. Lifelink já se provou ser relevante no formato e, somado ao Flying ajudará a vencer muitas corridas.

Posição no ranking – 1°: Branco aparece como a melhor cor, tendo tudo que o jogador pode querer: Criaturas eficientes, removals, tricks e a melhor promo de todas. Caso não seja o suficiente, é uma cor que costuma encaixar bem com qualquer outra, portanto merece o lugar mais alto no pódio.





A princípio uma cor relativamente fraca, mas que com as cartas certas pode acabar fazendo estrago. O azul veio com algumas cartas unplayable, mas veio com um suporte “aéreo” interessante, portanto é preciso ter cuidado.




Corpo muito bom para o seu custo. Olhando um pouco para fora da edição, ela tem potencial para fazer estrago junto com cartas como StratusWalk e Raised by Wolves. Ela pode também combinar com cartas como Banishing Light ou outro removal encantamento, te possibilitando trocá-lo para uma outra criatura mais poderosa do oponente. Ela também funciona bem voltando uma criatura bestow que foi jogada pelo seu custo normal turnos antes, para transformá-la em uma aura útil no late game. Claro que o uso dela é recomendado em um deck que faça uso de vários encantamentos, portanto isso é uma desvantagem para ela.




Criatura interessante para decks do tipo tempo. Um deck heroic que jogue uma criatura no turno 3, Triton Cavalry no turno 4 e, a partir daí, começar a usar seus bestows e seus tricks nele, pode ganhar corridas rapidamente, voltando os bestows ou até mesmo as criaturas do jogador defensor para sua mão. Vale lembrar que sua habilidade é útil caso ele bloqueie ou seja bloqueado por alguma outra criatura, tendo grandes probabilidades de vencer as guerras de tricks no combate por poder voltar uma aura do oponente e ficar maior que a outra criatura. Seu corpo relativamente fraco e o fato de seu heroic não fazê-lo crescer são suas desvantagens.




Agora sim. Essa carta é simplesmente fenomenal. Voyage’s End já era uma carta muito forte no formato Theros-Born, e Hubris vem pra fazer o mesmo que ela, só que muito melhor. Em muitas situações, voltar uma criatura junto com 1 ou 2 bestows para a mão do cara vai selar o jogo. O selado do bloco de Theros é muito equilibrado e mana intensive, a cada turno você precisa jogar uma carta forte e isso utiliza o máximo da sua base de mana, portanto há muitas situações em que você faz uma criatura no turno 3 e cresce ela no turno 4 e 5. A essa altura, encaixar um Hubris é tudo que você quer, atrasando o jogo do oponente em 2 ou mais turnos por um custo muito baixo, sem sombra de dúvidas uma das melhores comuns da edição.

Rezar para abrir: Hypnotic Siren e Daring Thief.


Promo 



Scourge of the Fleets não está entre as melhores promos disponíveis. Seu efeito é relativamente bom, mas muito restritivo. O que acontece em muitos pré-releases é o jogador escolher uma cor e acabar não abrindo uma pool muito forte com cartas dessa cor. De opção, o jogador pode aproveitar a promo e algumas cartas chave dela para utilizá-la como uma cor secundária ou até mesmo um splash, mas Scourge of the Fleets não possibilita isso, ainda exige que você utilize muitas ilhas pro seu efeito ser bom, além de ter um custo muito alto. Na nossa opinião, a 4ª colocada no ranking das promos.

Posição no ranking – 3º: Azul está exatamente no meio do ranking e está bem 8 ou 80. Sua promo não é das melhores, mas possui uma das melhores comuns da edição. Possui várias cartas poderosas, mas um número razoável de unplayables. Isso tudo complica a avaliação do azul e está claramente abaixo das outras duas cores mais fortes da edição. (Na nossa opinião :) )




Como eu já falei, à primeira vista me pareceu a melhor cor da edição, mas ficou por pouco atrás do branco. Ele ainda possui uma grande variedade de playables e veio com vários spot removals, coisa que todos sabem que faltava nesse bloco. A cor ainda possui várias criaturas consistentes.




É comum ouvir por aí players falando que o bloco é “tempo oriented”. A corrida é muito importante no formato e nessa edição tivemos várias cartas que podem inclinar a corrida a seu favor e essa é uma delas. Uma criatura comum muito forte, heroic e que possui nela mesma uma habilidade pra fazer você passar à frente no jogo. Uma das melhores comuns do preto e da edição.




“Ah, mas esse bicho só é bom num deck de minotauros.” Não é bem assim. 3 manas, 2/3 deathtouch já é algo bem bom nesse formato, ter uma criatura como um removal em potencial é uma vantagem bem grande no campo de batalha, e ainda há o bônus de poder dar deathtouch pra um eventual minotauro que você esteja utilizando, como um Deathbellow Raider. O estrago pode ser grande.

Removals

O preto veio carregado de removals, quase todos condicionais é claro, mas vários eficientes e que preenchem a lacuna deixada nas edições anteriores de spot removals de qualidade. Feast of Dreams quase sempre terá alguma utilidade e possui um custo benefício muito interessante, Nightmarish End parece difícil de avaliar, mas é muito bom no early/mid game, uma vez que é difícil montar um deck com várias criaturas leves nesse formato, então ele se resume a quase sempre uma spell por turno, o que resulta em pelo menos 3 ou 4 cartas na mão lá pelo 5º turno e um Lash of the Whip mais barato é sempre bem vindo. Spiteful Blow é mais um hard removal no estilo de Sip of Hemlock, com a possibilidade de destruir aquele terreno assustador encantado com Nylea’sPresence.



Rezar para abrir: King Macar, the Gold Cursed e Silence the Believers.


Promo



Doomwake Giant é uma carta consistente. Tem um corpo muito bom para o seu custo e pode acabar dando um removal ou dois durante o jogo dependendo do deck, então ele pode vir a ser sensacional. Mesmo que ele não destrua nenhuma criatura, ele pode tornar cada combate mais favorável para você, portanto ele merece atenção. É uma carta boa e que pode vir a ser muito boa, portanto ela é a 3ª colocada no nosso ranking de promos.

Posição no ranking – 2°: Preto veio muito forte e só não está em primeiro lugar nessa lista porque o branco veio mais forte ainda. A quantidade de removals é o seu ponto forte, muitas cartas poderosas e uma promo boa. Sem dúvida uma escolha consistente.




Pobre vermelho. A cor mais injustiçada do magic (mimimi) não teve sua sina melhorada em Journey into Nyx. Ela traz uma mistura de criaturas, removals e tricks, mas parece que falta alguma coisa em cada um desses tipos de cards. Algumas criaturas deixam a desejar, alguns removals são ineficientes e unplayables e alguns tricks poderiam ser melhores. Ainda assim, seguem algumas cartas que chamam a atenção.




Essa é uma criatura bastante agressiva e que pode selar partidas em poucos turnos. Se o oponente não controlar nenhum artefato ou criatura vermelha e você contar com 2 tricks ou bestows na sua mão, é bem provável que você vá ganhar o jogo. É o tipo de criatura frágil, mas que a curto prazo pode fazer um estrago sem precedentes.




Criaturas com monstrosity costumam sempre ser boas adições a decks mais midrange e essa é uma boa criatura desse gênero. Ela é bastante consistente, possui um corpo bem bom e um efeito que pode causar bastante estrago. Depois do monstrosity ela não vira a maior criatura do mundo, mas ela vai ser sempre útil a decks que utilizem bichos mais, digamos... encorpados.




Essa é uma carta bem interessante, lembra a promo preta com o detalhe de poder dar o ping em um jogador também. Possui um ataque interessante e, seguida de 1 ou 2 bestows, ela pode se tornar uma bela dor de cabeça para o oponente.

Rezar para abrir: Harness by Force e Prophetic Flamespeaker


Promo



Ah, Spawn of Thraxes... difícil escolher entre você e a promo azul para ocupar o último lugar do nosso ranking de promos. Ter que usar um número mais alto de montanhas é pior do que ter que usar um número maior de ilhas, basicamente, visto que vermelho é uma cor que está pior posicionada que azul. Em um deck predominantemente azul, vejo a promo azul fazendo mais estrago do que a vermelha em um deck predominantemente vermelho, portanto o Spawn of Thraxes fica em 5º no nosso ranking de promos.

Posição no ranking – 5º: Vermelho foi uma cor que sempre batalhou para sair do último lugar no bloco inteiro. A verdade é que Born of the Gods ajudou a melhorar o panorama dele, mas com a chega de Journey into Nyx, ele acaba voltando para o último lugar pela falta de playables.




Nas outras edições do bloco, verde acabou se destacando por ser uma cor bem deep, com várias playables e cartas versáteis que entravam em vários arquétipos de decks diferentes. Em Journey into Nyx, o verde continuou fazendo o que sempre fez: criaturas fortes, ramps e pumps, porém agora de forma não tão destacada das outras cores. Apesar disso, verde ainda é uma cor consistente e que precisa ser respeitada.




Uma criatura grande, forte, com um efeito que, quando bem utilizado, pode fazer grandes estragos. Dependendo da mesa, ele pode se tornar um removal por turno, praticamente zerando as chances do seu oponente se reerguer. Ótima carta.




Por 5 manas você ganha uma criatura com um corpo considerável e que ainda pode te dar um draw, parece uma pechincha não é? O número de florestas influencia apenas no número de cartas que você olhará do topo e não interfere no custo da criatura que você pode ficar, portanto isso é uma ótima notícia para decks de duas ou mais cores. Mesmo o verde dividindo a atenção com outras cores no deck, ainda é bem viável fazê-lo e olhar 3 do topo em busca de uma criatura.




Essa é uma criatura consistente e facilmente splashável. Seu corpo é grande e seu efeito é satisfatório, não é nenhuma bomba, mas é o tipo de carta que você com certeza preferia ter na sua pool que muitas outras comuns e/ou incomuns.

Rezar para abrir: Hydra Broodmaster e Setessan Tactics.


Promo 



A segunda melhor promo. Heroe’s Bane é realmente uma bomba, o tipo de carta que é difícil imaginar o que um deck verde preferiria fazer no lugar na curva 5. Sua habilidade coloca counters, então depois de desvirar com ela, o oponente provavelmente só conseguirá matá-la com um hard removal.

Posição no ranking – 4º: Parece um lugar ruim, mas o verde é, na realidade, uma cor boa, o fato é que existem 3 cores que estão melhor que ele. Ele sofre com a sua velha sina de possuir várias criaturas grandes, porém com várias unplayables dentre elas. Entretanto, sua colocação não é motivo para subestimá-lo, qualquer deck bem montado com ele pode sim ser campeão do pré-release, portanto não exclua a possibilidade de jogar com ele.

Então relembrando, o ranking das promos ficou assim:

- Vermelho
- Azul
- Preto
- Verde
- Branco

E as cores ficaram ranqueadas da seguinte forma:

- Vermelho
- Verde
- Azul
- Preto
- Branco

Lembrando que esse é um artigo de opinião, pode ser que esteja absolutamente tudo errado, afinal o formato é um dos selados mais equilibrados que já vimos, portanto é um trabalho ingrato tentar prever qualquer coisa, mas essa é a nossa impressão Então, ficam aí as nossas dicas para o pré-release de Journey into Nyx, não deixe de jogar e nos diga como você se saiu! As dicas foram úteis? As cores se saíram do jeito que imaginávamos? Somos todos idiotas e erramos tudo? Ficaremos felizes em saber! (:

Então é isso pessoal, espero que tenham gostado e que esse guia sirva de alguma coisa e ajude alguns de vocês a escolherem uma cor para jogar e a ganhar o pré-release.


-Vico

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sexta-feira, 11 de abril de 2014

A Speculative Fiction - Analisando os spoilers de Journey into Nyx!


E aí pessoal, hoje eu estou aqui pra fazer um resumão do spoiler de Journey into Nyx até agora (11/04), vou falar um pouco sobre as novas mecânicas da edição, cartas que chamaram a atenção, traps, etc. Então você, que tá com muita preguiça pra acompanhar pela página do MTG Factory ou pra abrir o Mythic Spoiler, fecha o Xvideos um pouco e presta atenção, vem comigo:

Obs: Esse artigo se baseia em opiniões, não fique chateado, nem xingue ):


Novas mecânicas



Temos duas novas mecânicas em JOU, Strive e Constellation. A primeira é um custo adicional para cada alvo a mais que você quiser dar para a sua mágica. No limited, as cartas com essa habilidade acabam sendo bastante úteis pela sua flexibilidade, podendo tanto ser apenas mais um trick ou enabler de heroic do seu deck quanto um blowout no final do jogo. Isso torna o formato mais skill intensive, deixando mais difícil jogar ao redor de tudo, afinal agora existem tricks que valem por 2 (ou mais), portanto é preciso ter muito mais cuidado com cada decisão de combate. 

A segunda, Constellation, é uma habilidade que trigga toda vez que a carta ou outro encantamento entrarem em campo. No limited, é difícil avaliá-la direito, é o tipo de habilidade que vai depender um pouco da sua pool. Obviamente, ela exige que seu deck tenha uma quantidade maior de encantamentos, exceto em alguns casos onde a carta sozinha já é boa. 

As duas são habilidades que, provavelmente, não verão muito jogo no T2, pelo menos por enquanto não tivemos nenhuma carta excepcional com alguma dessas habilidades, pode ser que ainda saia alguma carta forte que valha a pena utilizar, mas até lá, o futuro dessas duas habilidades no Constructed parece bem sombrio.

Cartas reveladas com as duas habilidades até agora:




Strive


Constellation



Promos



E o pré-release de Journey into Nyx vai ser, prepare-se.......... exatamente igual aos de Theros e Born of the Gods! (: 

Como não poderia deixar de ser, temos uma promo pra cada cor. A princípio, a branca parece ser melhor que as outras pela consistência. No branco, quase sempre teremos enablers de heroic, em conjunto com outras criaturas boas para dar suporte a ela, além de ser uma cor que encaixa bem com todas as outras.  Fora isso, a verde e a preta parecem boas também, mas a azul e a vermelha não convenceram.

Já que estamos falando de ciclos, vamos falar de um que chamou bastante a atenção para o Limited:


Bestow



Esse é o novo ciclo de criaturas com bestow, cada uma com o seu drawback. São cartas que, encantadas em uma criatura sua ou sozinhas, até valem a pena dependendo da situação, mas que te possibilitam encantar criaturas do oponente  e obter vantagens do seu drawback, como usar a azul pra matar uma criatura do oponente com algum trick, a branca pra impossibilitar um bicho de atacar quando seu inimigo está focando toda a sua estratégia em encantar uma única criatura heroic para ele ficar enorme, etc, e quando a criatura do oponente morrer, você ganha sua criatura de volta. É um ciclo bem interessante que adiciona bastante skill em um formato com removals escassos, uma opção a mais para lidar com criaturas, quando bem utilizada.


Ajani


Tá bom, tá bom, vamos falar sobre o Ajani. Ou melhor, vamos trazer um outro membro do MTG Factory pra falar sobre ele, vai lá Bruno:


É, ta bom Bruno. Agora falando sério, a primeira vista ele parece bom, a segunda habilidade dele parece bem útil, mas é sempre difícil analisarmos planinautas de 5 manas. Por enquanto é difícil imaginar uma casa para ele, muitas pessoas já falaram em encaixá-lo num possível naya monsters, mas ele parece pior que xenagos (deus E planinauta) e garruk em questão de recursos. É provável que ele veja jogo pós rotação, pois é uma carta que tem sim potencial, mas por enquanto é difícil vê-lo jogando. (não chorem ): ) 


Deuses 



E, por enquanto temos 3 novos deuses revelados, Iroas, Keranos e Kruphix. O Iroas parece ser extremamente forte. Já há a especulação de decks como o RG Monsters splasharem pra ele, mas a realidade é que provavelmente começarão a surgir várias listas usando ele até que finalmente achem um lugar pra ele e eu acredito que vão achar. Ele tem bastante potencial pra ser uma das melhores cartas da edição e está em cores que possuem outras cartas muito fortes no ambiente T2 para ajudá-lo. Keranos trouxe de volta o sonho de muitos que era tentar transformar o UWR control em um deck top. Será que ele é justo o que faltava pro deck? Eu acredito que não, mas isso não vem ao caso. O fato é que ele é uma carta boa sim, tem potencial pra ver jogo, mas UR é uma combinação que por natureza costuma se concentrar mais em spells do que em permanentes na mesa, portanto ativar sua devoção vai ser bem difícil. Isso complica um pouco sua usabilidade porque sua habilidade só ativa no seu próximo turno, então é bem provável que você vá pagar 5 manas pra algo que não te dará um retorno imediato. É claro que pode acabar surgindo um monoblue devotion splashando pra ele, ou um UR devotion, mas se a gente começar a entrar em todas as possibilidades aqui, o artigo nunca terminaria. O Kruphix, pra mim, é uma grande incógnita. Todo mundo olha pra ele e pensa "OMG, REVELATION!". Claro, ele parece bem bom com revelation, em um control, poder passar com as manas abertas pra castar uma instant e, caso nada aconteça, simplesmente gerar 1 milhão de manas pra uma revelation, é um grande sonho e parece ser tudo o que o jogador quer, a questão é se o control vai querer gastar 5 manas por um encantamento que vai bombar uma revelation no futuro, não me parece ser um bom negócio, por isso ele me permanece um grande mistério. (Como a sua arte. Sério, parece que esqueceram de pintar, wtf)


Extinguish All Hope 



Por último eu queria falar sobre essa carta. O sweeper que o monoblack queria, sem dúvidas vem para fortalecer o deck. Se vai ser main deck ou sideboard, é difícil dizer, mas ela provavelmente vai ver jogo sim. 6 manas é um preço um pouco salgado, mas se livrar dos Master of Waves e Nightveil Specters dos Monoblues é algo que todo o monoblack gostaria de fazer e agora não será mais preciso gastar mais de um removal da mão para isso. Mas nem meu próprio time concorda comigo, então eu posso não ser a fonte mais confiável de todas. (:

Então é isso pessoal, esse foi um resumão do spoiler de JOU até agora, é claro que eu não falei sobre todas as cartas, mas falei sobre os pontos que mais chamaram a atenção até agora. Espero que tenham gostado e não se esqueçam, essa é só uma opinião, pode ser que esteja tudo errado e eu perca meu emprego aqui. Calma, é brincadeira, ninguém ganha dinheiro com Magic aqui. ):

Fiquem ligados, a página do MTG Factory está atualizando constantemente o seu álbum para manter todos informados sobre Journey into Nyx, então curta e acompanhe os spoilers por lá!

-Vico


quinta-feira, 3 de abril de 2014

The Bottom Line - Magic não é um conto de fadas



Magic não é conto de fadas. Àqueles jogadores que buscam adentrar o mundo competitivo, é preciso estar preparado. Não há como fugir, um deck competitivo, seja ele T2, ou de qualquer outro formato, vai sair caro. Se o desejo é de sair vencedor, é preciso jogar com as melhores cartas possíveis, mas disso eu tenho certeza de que todo mundo (ou quase) já tem ciência.

Esses dias, checando alguns grupos de Magic no facebook, me deparei – e participei – com uma discussão que me motivou a escrever sobre isso. Na postagem, discutiam sobre como “Magic é só dinheiro” e como “Sem dinheiro, não há skill que se sobressaia”. Bom, vamos por partes. Magic não é só dinheiro e, em momento algum a habilidade de um jogador vai ser definida pelo valor do seu deck. Isso é uma ideia errônea que desmerece toda a dedicação e treino que aquela pessoa (provavelmente) investiu para estar ali e, muitas vezes, isso acaba sendo papo de mau perdedor.

Ninguém aqui é louco de reclamar que “Po! Fórmula 1 é só dinheiro, os caras só correm com carros de milhões de doláres, meu Palio não da conta de vencer, qualquer um com um carro desses que os pilotos têm consegue vencer um campeonato.” Se você quer competir com os melhores, você deve tentar se colocar nas mesmas condições que eles, não é verdade? No fundo, a pessoa sabe que o Vettel é muito mais piloto que ela, mas a desculpa de que ele tem mais dinheiro pra investir lhe cai melhor, afinal é muito mais fácil jogar a culpa em outra coisa que não em si mesmo. 



O fato é que muitas pessoas insistem em achar que dinheiro é responsável por 70, 80% dos triunfos no jogo, mas isso não passa nem perto de ser verdade. É possível sim fazer resultados com decks mais em conta. Isso não significa que o deck vai se tornar um dos mais fortes, apenas que, como o Magic competitivo é baseado em ambiente, no campeonato X, onde o ambiente contava com um número Y de decks Z que têm um match fraco contra o seu, foi possível tirar vitórias da cartola e se dar bem.

É chato repetir essa frase, mas como muita gente já disse: “Se skill importasse tão pouco, não seriam sempre os mesmos no topo a cada torneio”. Essa frase não tem como estar mais correta. Habilidade do jogador no cenário competitivo impora sim, e pronto, a maior prova são os resultados dos campeonatos. Não é porque Owent Turtenwald, Reid Duke, William Jensen e cia são ricos que eles estão sempre levando tudo, é porque eles se dedicam, eles treinam. Pra adentrar no cenário competitivo, é preciso investir sim em Magic, mas sem a prática, é impossível obter resultados positivos.


Eu sei que, pra quem está começando agora é complicado investir em um deck de R$1500,00, e existem outras alternativas, mas uma hora ou outra, caso exista mesmo a vontade de se manter no cenário competitivo, isso vai ter de ser feito, não adianta achar ruim os preços das cartas e que o pessoal só usa decks caríssimos.

Vamos falar um pouco sobre isso, então. Existe uma ideia muito errada de que o deck mais caro quase sempre vai vencer e isso passa longe, mas MUITO longe de ser verdade. Vamos tomar o atual metagame T2 como exemplo. Na temporada passada, tivemos decks caríssimos como o Jund que se davam muito bem e, com a chegada de Theros, o ambiente passou a ser dominado por monoblues e monoblacks devotion. Os dois decks surgiram logo no começo do novo metagame, usando cartas como Pack Rat, Nightveil Specter, Desecration Demon, Frostburn Weird, Judge's Familiar, etc. Essas são todas cartas que nunca viram muito jogo (algumas nunca tinham visto jogo, ponto.) e que eram muito, mas MUITO baratas. Esses decks passavam longe de serem os decks mais caros dos campeonatos em que apareceram e, ainda assim, se saíram muito bem, mostrando que não é o deck mais caro que sempre ganha.

Em contrapartida, existem decks como o Burn do atual metagame que, de vez em quando, aparece bem em alguns campeonatos, mas nunca vê o preço das suas cartas explodir. Isso acontece porque esse é um caso de deck quese beneficia dos metagames específicos de alguns torneios, onde enfrenta alguns decks que se mostram mais presentes e que têm um match ruim contra ele, para poder escalar até o topo, mas que, em um ambiente mais equilibrado, sem a dominância tão gritante de um deck X, não se destaca dos outros.

Hoje, as cartas que movem os monoblues e monoblacks explodiram de preço, e é isso o que acontece. É por isso que a teoria de que o deck mais caro será sempre melhor é furada. Antes do deck ser caro, alguém precisou pegar algumas cartas que tinham potencial não explorado e fazê-las funcionar. É simples, como qualquer elemento desse nosso mundo capitalista, o preço das cartas é baseado na demanda. Não é porque a carta é cara que simplesmente devemos usá-la no deck, é o caminho oposto. Tirando cartas que, devido à sua raridade e ao seu óbvio poder acima da média (Brimaz, etc.), são fáceis de serem avaliadas como cartas que inevitavelmente jogarão, o preço delas se adapta à sua usabilidade e não é porque os lojistas são gênios entendedores de metagame que prevêem exatamente quanto a carta X deve valer.

Caso alguém revolucione e invente um novo deck de R$600,00 que leve todos os campeonatos, ele provavelmente vai valer esses R$600,00 por apenas algumas semanas. Conforme a demanda por suas cartas for aumentando, o preço médio delas também vai aumentar e ele logo vai atingir os mesmos R$1500,00 de todos os outros decks Tier 1 ou 2 do ambiente, não há como fugir disso.

É importante, e isso eu digo com relação a tudo no Magic, ter planejamento. Uma época boa para inventar novos decks, mesmo que baratos, pra tentar se dar bem é a época entre edições, logo depois da rotação. Os decks tendem a ser mais fracos, as bases de lands também. Nesses cenários, quase sempre surge um monored forte, por exemplo, que tem uma certa consistência e tem dificuldade em zicar. Pensando assim, é provável que numa época dessas, cartas como Firedrinker Satyr e StormbreathDragon sofram um aumento em seus preços. São análises assim que devem ser feitas, pensar em quais cards podem se aproveitar dos chamados “metagame shifts” e passar a brilhar. Uma carta como o Stormbreath Dragon, por exemplo, tem chances de ter seu preço aumentado para nunca mais baixar enquanto for T2, uma vez que já é uma carta bem usada.

Não tem como reclamar da Wizards, do Magic, dos lojistas, da DEVIR (!), porque é assim que as coisas são. Preço = Demanda, em qualquer lugar do mundo. Você pode pagar caro por um deck comprovadamente bom ou se arriscar e tentar ser aquele que vai montar o deck papa-tudo de R$600,00 que logo vai ter seu preço explodido. Caso opte pela segunda opção, é preciso ter em mente que essa é a sua escolha, não adianta reclamar que “Fulano ganhou de mim porque o deck dele é mais caro”.

E, ainda, antes de tomar essa segunda decisão é bom que esteja avisado: Você não vai simplesmente pegar o deck do seu avô e sair ganhando tudo porque você acredita no coração das cartas. Magic não é um conto de fadas.

Nope.
-Vico

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