Cadastre-se no nosso Newsletter!

Enter your email address:

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

[REPORT] 2º PTQ Travel - Vincent Delazari Schneider - 4º

Bom pessoal, aqui é o Vincent (Vico) fazendo o report do 2º GPT (PTQ Travel) que rolou aqui em Florianópolis, na A Toca Revistaria. Primeiro uma rápida explicação sobre o campeonato, estava rolando uma estagnação dos eventos competitivos aqui em Floripa, o pessoal estava ficando incomodado em jogar apenas fridays, game days, etc e havia a necessidade de um torneio diferente e que incentivasse o cenário competitivo da região. Então o Bruno Müller, nosso companheiro de time, surgiu com a ideia de formar uma parceria com A Toca Revistaria e organizar um GPT que reunisse parte da premiação como um auxílio-viagem para o campeão usar para ir para algum PTQ ou GP, sendo assim um GP/PTQ Travel. A primeira edição havia sido um pouco menor, mas ainda assim os jogadores compareceram (18 no total) e nessa segunda edição mais jogadores estavam presentes (23), incluindo pessoas de outras cidades.

Passando para a escolha de deck, assim que foi decidido que aconteceria a segunda edição, todos do time começaram as suas pesquisas e seus playtests para definir o deck. Eu, desde o começo gostaria de um deck bem posicionado, é claro, e que conseguisse combater o famigerado Mono Blue Devotion, então escolhi o Mono Black Devotion pois achei o mais completo dentre todos os decks do formato. Depois de testá-lo algumas vezes, estava decidido que, apesar de seus problemas (não conseguir lidar com Barão de Vizkopa fora via Devour Flesh) era a escolha certa. Porém, o que mais me incomodava era o seu sideboard, assim como qualquer outro deck monocolorido. Alguém então sugeriu que eu desse uma pesquisada e visse algumas listas de monoblack que estavam splashando para verde, o que melhorava MUITO o plano de sideboard. Depois de algumas considerações (Abrupt Decay é a melhor carta do Standard atual, e tenho dito), cheguei à seguinte lista:

3x Gray Merchant of Asphodel
3x Pack Rat
3x Nightveil Specter
3x Dessecration Demon
3x Reaper of the Wilds

4x Thougthseize
4x Hero's Downfall
3x Abrupt Decay
3x Devour Flesh
2x Ultimate Price

2x Whip of Erebos
2x Underworld Connections

3x Mutavault
4x Overgrown Tomb
4x Golgari Guildgate
2x Temple of Mistery
12x Pântano

Escolhi tirar as doom blade que é carta morta na mão contra alguns matchs (br e monoblack) para a entrada dos abrupts que destroem coisas muito relevantes nesse formato, como nightveil specter, detention sphere e underworld connections, e me dá uma vantagem grande já no G1 contra essas cartas. Optei por usar 3 devour flesh pra ter alguma chance contra Barões no G1. Não utilizei nenhum Erebos pois nos teste com monoblack não me pareceu tão relevante e eu precisava desafogar a curva 4 para a entrada dos reaper of the wilds que são excelentes devido ao grande número de removals, além de não levar mizzium mortars nem selesnya charm, isso sem falar no hexproof. Cortei um merchant pois valia mais a pena baixar a curva do deck e devido à grande quantidade de criaturas poderosas nas curvas inferiores, o deck já não era tão dependente dele. Não tive muitas chances de testar o deck (fim de semestre e tal) mas estava contente com a lista. No side, eu mantive algumas cartas padrão que são excelentes e adicionei novas utilizando o potencial da cor verde para melhorá-lo muito:

3x Golgari Charm
2x Vraska the Unseen
3x Lifebane Zombie
3x Pharika's Cure
2x Duress
1x Pack Rat
1x Gaze of Granite

Golgari Charm é sensacional contra muitos decks, a princípio eu usaria apenas dois, mas o Bruno
me convenceu a incluir o terceiro. A Vraska também é um dos motivos do side ter melhorado tanto, pois faz muito trabalho sozinha e o Gaze of Granite é uma carta muito forte contra aggros em geral. Contente com tudo, partimos pro campeonato.

Round 1: Francisco Pauly (chico) – UWR

G1: Um dia antes, eu havia testado o match sem side contra o Thales, amigo nosso, e a gente tinha visto que o match era horrível. Não lembro direito do decorrer do jogo, mas não correu nada bem e eu acabei perdendo o primeiro game.

Side: In: 2 vraska, 3 golgari charm, 2 duress. Out: 2 ultimate price 3 devour flesh 2 pack rat

G2: Começo com duress ou thoughtseize e consigo estabelecer uma mesa com duas criaturas, pressionando-o um pouco. No meu sétimo turno, dou um thoughtseize e ele em resposta faz sphinx pra três que resulta em um terreno e dois vereditos. Ele revela a mão com outras 3 cartas não muito relevantes e eu lamento o fato de ele ter comprado dois vereditos. Ele responde dizendo que a escolha seria fácil caso fosse um só. Em todo o caso, eu tiro um deles, ele desvira e joga seu veredito. Enfim, eu tinha o golgari charm na mão, regenero minhas criaturas e praticamente garanto a vitória, mantendo o estado de jogo durante 2 ou 3 turnos.

G3: O mais equilibrado de todos, eu começo pressionando, ele faz duas detentions em um reaper e um spectro, eu faço uma vraska, ele não consegue lidar com ela e eu quebro as duas, voltando a pressioná-lo, ele lida com os dois bichos, faz um aetherling enquanto eu faço outro reaper e chega uma jogada em que ele gasta manas pra fazer um jace, que milla um reaper of the wilds, bater com o aetherling e me levar a 7 (mesmo que ele) e deixa duas em pé e resolve não blinká-lo para não tomar dois removals. Eu desviro, compro a land que eu esperava há 2 turnos, faço o chicote, ativo-o e reanimo outro reaper of the wilds e bato pra vitória.



Depois o jogo, conversando ele argumenta que a chance dele perder com aquela jogada era pra um chicote ativado e era menor que a de levar dois removals. Eu explico que tiro a maioria dos removals contra ele. Os amigos em volta também se juntam à conversa e concordam que a jogada foi duvidosa, além de apontar que o aetherling poderia ter batido na vraska alguns turnos antes e blinkado antes de ser destruido pela habilidade dela, já que ele falou bastante que a vraska havia feito estrago.

Pausa pro almoço, a maioria dos membros do nosso time haviam vencido (PORRA DÉ!), alguns conseguiram enfrentar o bye e levar warning e, depois de algumas risadas e a barriga cheia, voltamos pro campeonato.

Round 2: Patrick Silva – BR Aggro

G1: Outro match que eu havia testado alguns dias antes, a vitória cabia a quem abrisse melhor. Se eu não me engano, no g1 ele me pressionou bastante mas não fez a segunda vermelha durante muito tempo. Eu consegui lidar com todos os bichos dele devido ao tempo que ele me deu e me mantive em 13 de vida. Quando ele finalmente comprou a vermelha, eu estava com um demônio virado em campo, ele faz uma exava seguida de cackler e o assassino deathtouch liberados. Eu faço as contas, vejo que ainda me mantinha vivo mas agonizando e ele bate só com a exava e com um token de zumbi deixado pelo necromancer turnos antes. Ele esqueceu que a exava dava impeto para os bichos liberados. Eu levo, mato o assassino com abrupt, desviro e declaro fase de ataque. Ele sacrifica o cackler pro demonio, eu mato a exava dele, ele não compra nada, eu faço chicote e nightveil specter e ele concede.

Side: In: 3 golgari charm 3 pharika's cure 1 gaze of granite 1 pack rat Out: 2 ultimate price 4 thoughtseize 2 underworld connections

G2: Ele começa agressivo, com bicho virado seguido do 3/1 ímpeto. Eu passo o turno com duas abertas, ele faz necromancer pré combate e eu em resposta dou o golgari charm pra limpar a mesa dele, voltando de nightveil specter. Ele vem sem removal e sem exava, eu resolvo um chicote e controlo o jogo dali em diante sem muitos problemas.

vraska


Round 3: Pedro Pereira (Jota) – Monoblue

G1: Eu resolvo pack rat no segundo turno no play e, aliado a uma pequena zica dele e ao meu nightveil specter acertando cartas boas, eu levo sem muitos problemas.

Side: In: 1 Gaze 1 Pack Rat 3 Pharika's cure Out: 2 ultimate price 3 devour flesh

G2: Não lembro de muitas coisas desse match, mas ele começou bem agressivo e eu mulliguei a 5 e não consegui lidar com todas as threats que ele fez e acabei perdendo.

G3: Eu keepo uma mão com pântano, mutavault, thoughtseize, 2 pack rat, downfall e reaper of the wilds. Eu faço thoughtseize, vejo 4 lands, frostburn weird, thassa e master. Tiro o weird e passo. Não compro a terceira land, faço rato e passo. Ele não faz nada, eu não compro a land de novo, faço o segundo rato e começo a pressioná-lo. Ele compra outro weird, minha pressão diminui e, depois de mais 4 turnos sem comprar a terceira land, ele leva o game.

Fico triste por ter perdido a partida daquele jeito, mas precisava de só mais uma vitória para poder dar ID na última rodada e garantir o top 8.

Round 4: Não lembro o nome do meu oponente, ele era de outra cidade – Monored

G1: Fico feliz por enfrentar um aggro nessa partida decisiva, ele abre fazendo bichos pra me pressionar, depois de cair a cerca de 10 de vida e lidar com algumas criaturas eu consigo montar uma mesa com demonio e specter enquanto ele tinha só um reckoner em campo. Ele lança um lightning strike na minha cara pra recuperar a fenix, compra, não gosta do draw, faz phoenix, land e passa sem carta na mão. Eu faço o nosso querido chicote e daí pra frente foi só alegria.

Side: In: 3 pharika's cure 3 golgari charm Out: 4 thoughtseize 2 underworld connections

G2: Ele não começa me pressionando muito, passa o turno 1 sem nada e faz no segundo turno um sátiro. Eu mantenho na minha mão dois pharika's cure, faço nightveil specter e começo a controlar o jogo facilmente com blocks do specter e removals, até comprar o chicote fechador de jogos e ganhar.



Fico feliz que só preciso dar um ID pra entrar no top 8, mas quando chega a rodada, meu oponente de outra cidade não quer dar ID. Ele diz que prefere jogar pra que, caso ele perca, ele possa pegar a estrada cedo. Eu falo que não acredito no papo dele, mas já que ele quer jogar, eu jogo. (irritadíssimo)

Round 5: Marcus Vinicius – Gr Devotion

G1: Eu abro de thoughtseize e fico feliz por ser um Gr devotion, acho o match tranquilo. Respondo a cariátide dele com devour flesh e levo o game sem muitos problemas.

Side: In: 3 Lifebane Zombie 1 Pack Rat Out: 3 Abrupt Decay 1 Whip of Erebos

G2: Ele não abre muito bem, eu venho com uma mão decente e o jogo vai rendendo. Ele faz um domri, eu lido com ele, desço um demonio, ele faz um polukranos seguido do segundo domri. Polukranos monstruoso luta com meu demonio, eu mato o polukranos E o domri e consigo fazer outro demonio. Ele então faz o TERCEIRO domri que compra vários bichos pequenos pra ele manter o demonio sempre virado enquanto ele descia a minha vida com os tuskers e os burning-trees. Depois de alguns turnos eu consigo lidar com a maioria dos bichos dele, mas os draws do domri ganharam o jogo pra ele.

G3: Eu abro de thoughtseize e vejo floresta, 2 nykhtos, elvish mystic, fog, colosso e garruk. Eu tiro o elfo, faço pack rat e specter, ele faz o colosso que leva removal e eu levo o game sem problemas.



4-1, Top 8 e terceiro no suíço. Junto comigo, outros dois membros do nosso time passam e vamos pro intervalo antes do top 8. A Toca Revistaria encomendou salgadinhos na faixa pro pessoal descansar e aproveitar o finalzinho do evento.

Partimos pra primeira rodada, eu enfrento o Chico, meu adversário da primeira rodada, de novo, dessa vez mais esperto com relação ao meu deck.

TOP 8: 

Round 1: Chico – UWR

G1: Eu escolho começar e no segundo turno resolvo um pack rat. Ele olha pra mão e faz cara de preocupado, compra e não consegue lidar com o rato. Eu começo a fazer ratos seguidos, ele não consegue lidar com eles a princípio e eles – terríveis nesse match – acabam levando o G1 da primeira partida do top 8.

Side: In: 2 vraska, 3 golgari charm, 2 duress. Out: 2 ultimate price 3 devour flesh 2 pack rat

G2: Eu faço terreno virado e no segundo turno faço thoughtseize e duress. Vejo dissolve, negate, jace, sphinx, assemble e uma land. Tiro o jace e a sphinx pois tinha golgari charm pra lidar com o assemble. Jogo um underworld connections pra puxar o negate e o jogo se extende. Lido com a assemble, ele lida com outro connections, e consegue fazer outra assemble. Com Reaper na mesa eu faço um chicote pra tentar me manter no jogo mas ele tinha wear/tear pra manter o jogo sob controle. Chega um ponto do jogo onde ele tinha assemble com 5 counters, 5 tokens na mesa e 2 na mão enquanto eu tinha reaper, specter e uma land na mão. Ele faz a cólera e eu tenho 6 scrys pra tentar achar uma resposta. Sai land, merchant, land e chega um demonio. Eu penso um pouco, mando ele pra baixo e no ultimo scry eu vejo uma vraska. Desviro, jogo ela mas ele tinha outro negate. Depois disso, eu tenho um turno pra achar um golgari charm ou outra vraska e depois uma treat pra me manter no jogo. Isso não acontece e vamos pro G3.

G3: Eu abro cheio dos descartes e ele fica um turno sem comprar a quarta land. Eu faço o demonio pra puxar o dissolve que ele tinha na mão e, enquanto ele dava divination pra comprar a quarta land, eu fazia reaper of the wilds. Ele dá a colera, eu faço o segundo e ele dá detention. Não lembro claramente do que acontece a partir daí, mas no fim de um turno dele, eu consigo dar um abrupt numa detention pra liberar o meu specter e no meu turno faço uma vraska pra quebrar a outra detention que prendia o meu reaper.  A situação dele fica bem complicada, ele da last breath no specter na passada e reza pra comprar alguma coisa pra lidar com o reaper. Ele compra uma pithing needle, pensa bastante e a joga. Eu penso e, em resposta dou hexproof pro reaper. Ele lamenta a minha jogada, pensa um pouco e extende a mão......... pra apontar pro reaper, declarando que ele estava nomeando ele, enquanto eu tentava apertar a mão dele e dois ou três comemoravam atrás de mim. Passados os risos, ele dá turn no reaper na minha upkeep, eu esqueço do abrupt na minha mão e deixo passar. Ele acaba ganhando mais um turno pra comprar alguma coisa, não compra e eu passo pro próximo round to top 8.



TOP 4: Samir – Junk Reanimator

A surpresa do top 8 era o deck dele, Junk Reanimator que ninguém esperava. Vou jogar contra ele sem saber muito como proceder, mas vamos lá.

G1: Os dois abrem bem, ele faz um Giant Adephage reanimado com chicote que deixa uma ficha. Eu tenho reaper of the wilds e merchant na mesa e no próximo turno dou double block na ficha dando deathtouch pro reaper. Nós próximos turnos eu faço dois demônios e um chicote enquanto ele faz Blood Baron. Na batalha de lifelinks eu começo perdendo, mas depois de comprar outro reaper eu passo na frente e vou a 50 de vida e lentamente acabo matando ele.

Na hora de sidear, eu nem lembro o que eu fiz, sei que botei pra dentro golgari charm, lifebane zombie e vraska mas não lembro do que eu tirei.

G2: Não lembro de muita coisa, mas ele veio bem melhor que eu e eu não consegui me recuperar.

G3: Aqui a porra ficou séria. Eu abro de thoughtseize e vejo 4 lands, 1 hero's downfall, 1 giant adephage e 1 serenity. Tiro o downfall, ele faz terreno e passa. Eu faço terreno e passo, ele compra uma cariatide  do topo que leva devour flesh. Eu compro, não lembro o que faço e ele compra em sequencia um commune with the gods que puxou outra cariatide e outro commune with the gods que puxou um obzedat. Eu dou um thoughtseize e tiro o obzedat, alem de ver na mão dele um chicote e as outras duas cartas de antes. Eu começo a fazer meus bichos, ele espera pra fazer o chicote, faz um serenity que leva downfall em resposta a habilidade, eu tento pressionar, ele reanima o obzedat, eu faço o meu chicote pra ganhar a corrida, ele compra um ashen rider, tira o meu chicote e eu concedo. No match inteiro ele só usou as lands da mão e o serenity, o restante das cartas todas foram do topo (mimimi).



Fico triste por ter tido a vitória tão perto depois de ver a mão do oponente que era um keep no mínimo bem duvidoso e ele ter comprado mais threats do que eu podia lidar. Enfim, o deck é muito bom, as alterações surtiram muito efeito, o verde ajudou bastante com reaper sendo a principal criatura do meu deck e abrupt sendo a melhor carta do dia tirando o chicote que ganhou vários jogos. Vale o teste, principalmente pra quem quer um deck bom mas que fuja um pouco dos decks padrão do metagame.

Nenhum comentário:

Postar um comentário