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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

[REPORT] 2º PTQ Travel - R/W Devotion

Por Guilherme Bonow


PTQ Travel

Para se preparar para um torneio competitivo, nada melhor que ficar de olho em outros torneios competitivos, como os eventos do Magic Online e da Starcity Games. Você pode pensar que não é possível comparar um evento do porte dos citados acima com um de uma cidade “pequena”, porém, embora a comunidade de Magic em Florianópolis seja de um contingente muito menor do que em outros países/estados, ela é muito competitiva. Os jogadores são de um nível bom e muitos deles possuem/conseguem as cartas para montar o deck que quiserem, fazendo com que o ambiente muitas vezes seja um mix de dois top 8’s de eventos lá de fora.
Por isso, analisar eventos grandes acaba servindo para se ter uma ideia do metagame, para escolher um deck bem posicionado, encontrar alguma lista nova que lhe agrade ou ainda, encontrar possíveis modificações em seu próprio deck, sejam elas cartas de maindeck ou sideboard e principalmente, para não ser pego desprevenido por uma lista que você não tem conhecimento.

A escolha do deck


Com o ambiente do Standart do jeito que se encontra, a escolha do melhor deck, em questões probabilísticas é muito difícil. Na minha opinião, não existe um deck como o Jund do Standart passado, que possuía uma vantagem contra a maioria do ambiente (e também uma grande desvantagem contra alguns matchs). Ao meu ver, o que mais se aproxima disto é o atual Mono-Black Devotion, com o disruptor (Thoughtseize), card advantage (Underworld Connections, Nightveil), threats (Desecration Demon, Pack rats) e o melhor removal (Downfall), que me lembra um pouco a receita que era utilizada no Jund do passado.
Haviam várias boas escolhas para este torneio, mas o Mono-Black Devotion não me agradava justamente porque pensei que seria o deck mais comum do ambiente e embora o mirror fosse muitas vezes decidido pela sorte, eu acreditava não ter treinado o suficiente com o deck. Minha segunda opção era o B/G Aggro desenvolvido pelo Brian Kibler, mas se enquadrou na mesma questão do Mono-Black, achei a lista excelente, com várias cartas que estão muito fortes no ambiente, porém não possuía treino suficiente com o deck.
 
Percebi então que embora eu visse muitas listas boas, com decks que davam muita vontade de jogar, não teria tempo o suficiente para treinar para o campeonato e resolvi me focar em melhorar a lista do deck que eu possuía mais treino, o R/W Devotion. Minha primeira experiência com este deck foi no Game Day de Theros, montei ele sem ver nenhuma lista, por isto ele acabou ficando um tanto desbalanceado, pois acabei me focando um pouco mais em controlar o oponente, o que tirou bastante da explosão do deck.
Depois de jogar diversos torneios com o deck, testando muitas cartas que eram utilizadas em listas similares no MOL, cheguei a seguinte lista:

R/W Devotion

Criaturas (28)
4x Rakdos Crakler
Legion's Initiative4x Burning-tree Emissary
4x Ash Zealot
4x Frostburn Weird
2x Hammer of Purphoros
4x Boros Reckoner
4x Fanatic of Moggs
2x Purphoros, God of the Forge

Spells (8)
2x Chained to the Rocks
4x Mizzium mortars
2x Legion`s Initiave

Lands (24)
2x Mutavaul
4x Temple of triumph
4x Sacred Foundry
3x Nykthos
1x Boros Guildgate
10x Montanha

Antes desta lista, eu acreditava que a pior match do deck era o Esper Control. Veredito acaba com toda sua devoção, e se você jogar em volta dele, não vai conseguir causar dano o suficiente antes que o oponente controle o jogo, a não ser que seu oponente sofra de um mana flood. Chained to the rocks e Mizzium Mortars não servem para absolutamente nada na match(exceto quando o oponente utiliza Ashiok). Além disso, ele possui resposta para tudo no deck, por causa da Detention Sphere.

Esper Control é a principal razão pela qual incluí Legion’s Initiative. A carta consegue lidar com muitos problemas, tornando suas criaturas imunes a cólera, pelo baixíssimo preço de W/R e faz com que suas criaturas vermelhas ignorem a habilidade +1 do Jace. Mas não é só isso, contra outros matchs ela nunca é uma carta morta, ela comba com o EtB do Fanático de Moggs e do Purphuros, faz seus cracklers, ash zealots e burning-tree’s terem 3 de ataque, que aumenta o clock significativamente, além de passar por cima de criaturas /3 (principalmente a Sylvan Caryatid). Arrisco dizer que Legion’s Initiative foi uma das principais cartas que me fizeram ir bem neste torneio e não tiraria ela do deck por nada.

Um grande erro desta lista foram os Mutavaults, eles raríssimas vezes se tornaram criaturas e só serviram para zicar minhas manas, começando algumas vezes a jogar no turno 3.

Eu realmente não gosto do Stormbreath Dragon neste deck. Acredito que ele é uma carta que possui pouca sinergia com os outros elementos do deck, não causa um dano tão alto e sua proteção serve contra poucos matchs, embora sejam matchs difíceis, como Esper ou um mirror. Não acredito que um Stormbreath iria ganhar estes jogos sozinho, mas hoje consideraria a inclusão de duas cópias no sideboard.

Ainda acredito que o deck foi a escolha certa e o field se apresentou com muitos decks que fizeram bons resultados em torneios grandes, contando com UWR Control, BG Devotion, Mono U, BG Kibbler, GW Aggro, Mono B e Esper Control.






Sideboard

1x Purphoro
Entra principalmente nos matchs contra control, onde o oponente tem mais resposta à uma criatura indestrutivel. Em todos os outros matchs, 2 cópias é o suficiente, para diminuir as chances de ficar com uma carta morta na mão.

1x Burning Earth
Entra para punir oponentes que se utilizem de 3 cores nos baralhos, os quais contam com diversos terrenos não básicos.

2x Boros Charm
Bons em matchs contra oponentes que contam com sweepers no baralho, uma vez que grande parte das criaturas morre até para Anger of the gods. Em alguns casos, pode servir para matar planeswalkers também.

3x Asemble the Legion
Uma carta que eu costumava utilizar no main deck, que foi movida pro side, principalmente para não ser uma carta inutil contra decks mto rapidos. Além disso, as listas estavam utilizando-a de side e eu acreditava não existir muitos controls no ambiente.

2x Chained to the rocks
Eu costumava utilizar 3 no main deck e apenas 1 copia no side desta carta, porém, contra decks control, tanto os mizzium mortars e esta se tornando relativamente inúteis.

2x Wear//Tear
Chicote de Erebos, Reunir a Legiao, Underworld Connections, Chained to the Rocks já são razões suficientes.

2x Skullcrack
Entra principalmente contra decks de Sphinx Revelation, não só pra parar o ganho de vida, mas pra punir o oponente pela perda de vida de Thoughtseize e Shock lands.

1x Ricochete Selvagem
Raramente vai ser um carta inútil na mão e podendo ser extremamente poderosa, quando direcionada em um Thoughtseize, por exemplo. Em outras ocasiões, depende muito do estado da mesa, mas eu com certeza colocaria esta carta contra oponentes que usam spells de dano, como magma jet.

Resultado

O deck se comportou muito bem nos matchs, não senti que nenhuma partida era muito desfavorável, os oponentes foram G/W Agro, B/G Agro (Kibler), Mono Blue, G/R Devotion e na última partida do suíço, outro Mono Blue.

Eu abri 4-0 no torneio, tendo perdido apenas um game no caminho, até chegar à final. Ambas as partidas foram bem próximas, com o oponente ganhando com o letal exato, ambas as vezes com o a habilidade da Thassa. Os jogos foram justos, sem muito azar para nenhum dos lados.

Fiquei na segunda colocação no suíço, e indo para o top 8 meu primeiro match foi contra um deck que eu nunca tinha visto (nesta rotação): Junk que abusava do grave, não chegando exatamente a ser um reanimator. Ganhei a primeira partida, em que eu estava no play e na qual meu oponente muligou a 6. O jogo veio bastante rápido para mim, com Burning-trees e Purphoros e embora a mão do oponente contasse com algumas respostas, não foram suficientes.  O jogo se prolongou um pouco, mas ele sempre atrás na board.

O segundo game, eu enfrentei um mulligan a 5 (o primeiro por conta dos mutavaults, tendo um nyktos, um mutavault e diversos custos duplo vermelhos na mão inicial). Embora eu tenha comprado um removal e um sideboard para lidar com o Chicote de Erébos, ainda não foi o suficiente para ganhar uma posição favorável na board.

O game 3 eu vim com uma mão ideal, 3 fontes vermelhas, uma delas sendo também branca, Boros Reckoner, Burning Tree, Fanático e Crackler. Infelizmente, ao passo de que o jogo se prolongava, não fui capaz de atingir o quarto terreno, meu oponente resolveu um Obzedhat com a ajuda da barreira hexproff, que também serviu para segurar parte da minha ofensiva. Meu oponente se viu obrigado a não exilar, nem atacar com o Obzedhat, pois já estava com 6 de vida, enfrentando uma board com a minha mão inicial, exceto o Fanático. A medida que eu adicionei mais um Reckoner a mesa, meu oponente fez um Chicote de Erébos, que rapidamente elevou seus pontos de vida com o Obzedhat.

Quando finalmente compro um terreno, este ainda é um Nyktos, me permitindo gerar 7 manas (um burning tree foi sacrificado para entrar na frente do Obzedhat, pois eu já estava com 4 de vida). Resolvo o Purphoro e mais um Reckoner, preparando letal para o próximo turno. Infelizmente para mim, o top deck do meu oponente era um Anjo da Serenidade, que exilou meus blockers e desativou o deus vermelho, limpando o caminho para o conselho fantasma.


Concluindo...


Espero que o escrito aqui possa servir de auxilio a qualquer um que esteja utilizando este deck, sofrendo na mão dele ou pensando em experimentar jogar com ele; a estes últimos, eu recomendo que deem uma oportunidade, pois é um deck divertido (você vai dar risadas com quão broken ele parece as vezes) e também competitivo.

Encerro aqui minha primeira publicação, agradeço muito a quem gastou seu tempo lendo isso, caso tenham alguma dúvida ou sugestão, por favor publiquem-nas abaixo desta publicação.

-Guilherme Bonow Oliveira


https://www.facebook.com/mtgfactory

Um comentário:

  1. Show de bola Mestre Bonow, vamos fazer um "testículo" no MOL para ver como esta lista se comporta. Forte abraço e sucesso amigão!
    Alexandre

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