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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

WMCQ+PTQ em Porto Alegre. Breve report.

Meus "dois centavos" sobre o magic competitivo e alguns conceitos do jogo que eu meio que reavaliei baseado nas experiências do final de semana.

1º. Os formatos de Magic se encontram em um estado onde não há espaço pra erro, o que eu acho muito positivo, uma vez que isso premia quem realmente treina e se informa. Vou retomar este ponto mais a frente.

2º. Jogar sem se sentir pressionado pode ser a diferença entre um X-0 ou  X-2 drop. Ex. Assim que eu montei o deck do sábado, no selado, eu comentei com Jota, Guilherme e Willians que eu tinha um deck de 5-2 na mão, com os highlights sendo 2 elfos e 1 promo preta. Isso não quer dizer que eu ia jogar de qualquer jeito, mas sim que eu ia fazer o possível ao meu alcance pra ter um resultado positivo, mas ciente que talvez não fosse possível 'extrair leite de pedra'. Nessa postura percebi que eu consegui me preocupar muito mais com cada partida individualmente e a sua respectiva textura, ao invés de ter a mente invadida por pensamentos do tipo "pow PTQ é complicado, tem que ser X-0.. pressão pressão!". Vou fazer o possível pra levar isso pros próximos campeonatos. Claro que o sonho era abrir uma pool insana, mas no final do dia eu percebi que uma linha de jogo ou duas, em momentos errados, foram os responsáveis pelo meu. Vou definir aqui pool insana, só pra galera que acompanha o formato ter ideia: Soul vermelha, Doom Engine, Ajani, Chandra, 1 Cone, 2 Lightning Strike. Fraquinho né? Essa é uma pool real de um dos competidores que fechou 6-1 no evento. :D


3º. Por mais que eu tenha evoluído no jogo, ainda existe espaço para evolução e aspectos a serem melhorados. Quem me conhece diretamente por causa desse joguinho sabe que eu sou extremamente crítico com relação ao meu gameplay e faço sempre questão de dizer "eu que errei" ou, as vezes pior, o clássico "acho que errei". Desse fds eu saio com uma sensação diferente. Tenho 2 erros em mente do sábado, que aconteceram nas partidas de win-and-in, mas tenho muitos jogos bons e linhas de jogo que fizeram com que eu saísse orgulhoso da minha evolução. Pretendo fazer isso nos próximos torneios, evitar ao máximo pequenos erros e evoluir, mas me orgulhar de situações em que eu joguei, como diria meu amigo Pablo, "o fino do magic".

Retomando ao 1º ponto. Segue os dois top 8 do final de semana em Porto Alegre:

PTQ – L1xo, bolov0, Rastaf, Jaudy, Davi e outros 3 que não lembro o nome, depois edito quando eu achar a lista.
WMCQ – bolov0, Rastaf, Enzo, Cassatti, Obama, Shooter, Perez e Potz.

Como vocês podem ver, mais uma vez temos jogadores batendo Top 8 nos dois dias de torneio e, mais uma vez, temos um top 8 absurdamente pesado no WMCQ, com 8 nomes conhecidos e resultados bons nas suas carreiras no Magic. Isso reforça o ponto de que, apesar do jogo ter um fator sorte atribuído, tal fator é muito menos definidor do que pintam por aí. Temos uma galerinha boa no Brasil que ta sempre chegando no topo e levando as vagas, mas é visível que isso não se dá pelo fato de que eles tem mais sorte que outros, mas sim que eles fazem o seu papel, conhecem seu deck e como ele se comporta contra o ambiente, acompanham os principais torneios e imaginam como será o metagame do evento, fazendo os ajustes necessários na lista.. E o fator principal, que ta ali presente, mas geralmente não nos damos conta.. A maioria dos players erra demais. Não os do topo, mas a grande massa presente no evento. E como citado anteriormente, o formato atual não permite tais erros, não sei se pela sinergia dos decks, ou pelo raw power mesmo das cartas. Resultado? Uma sequencia de PTQS e WMCQs com as figurinhas carimbadas sempre chegando e mandando bem. Pense nisso quando for se planejar para jogar um evento de nível alto, faça o possível para estar do lado da ponte, junto com a galera que se beneficia dos erros e esta realmente preparada pra subir ao pódio.

Acabou que o final de semana em Porto Alegre foi um baita, apesar dos resultados não serem os esperados e não termos voltado com um campeão no carro. Dá uma desanimada perder 2 win-and-ins? sim, gostaria muito de ter podido draftar no top 8, principalmente pq é um formato que eu treinei bastante no mol e tenho uma boa noção, mas vai que rola ir pra São José dos Campos e fechar a season bem.

Agradecimentos pra galerinha que botou a cara pra viajar. Jota, Gui e Jucemar, além do Willians que voltou pro jogo agora e botou a cara e pegou o buzão da madrugada pro evento. Baita parceiros de viagem, com certeza parte fundamental pra tornar o fds tão positivo quanto foi.

E claro.. o maior agradecimento de todos pro amor da minha vida, minha esposa Thaís, que me apoiou durante todo o final de semana  e também na preparação pro evento, com mensagens positivas e o desejo de sorte e sucesso. Te amo.

Agora é continuar jogando e buscando melhorar, fazer o possível pra se classificar pro PTQ no novo formato que ainda é uma incógnita, por assim dizer. Pegar pesado agora pra poder tirar vantagem de um 2015 com 4 GPs, com incríveis 2 GPs no Brasil. Vamo que vamo, o grind não para.

Parabéns L1x0, pelo PTQ! Vai tocar o terror no Hawaii E Washington.
Parabéns bolov0, pelo WMCQ! Vai tocar o terror no Hawaii E França.

Até.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

[ENTREVISTA] Carlos Alexandre dos Santos Esteves - Batutinha conta sua experiência no GP São Paulo 2014!



Então pessoal, sejam bem-vindos ao blog mais uma vez. E hoje nós continuamos com um formato de postagem que mostrou ser um sucesso e agradou a grande maioria dos leitores. Trata-se de mais uma entrevista.

Com esse tipo de material objetivamos poder conhecer melhor jogadores brasileiros que não necessariamente estão no Holofote, mas que fazem muito pelo jogo e pela comunidade, além é claro, de apresentarem resultados verdadeiramente expressivos, players que objetivam sempre melhorar.

Hoje nós temos como entrevistado o maior grinder do Brasil, mundialmente conhecido pelo Nick de _Batutinha_ no Magic online e campeão do GP São Paulo 2014, o grande (ou não tão grande assim :P) Carlos “Batutinha” Alexandre.

MTG Factory: Pra começar, conte pra galera um pouco sobre você!

Batutinha: Eu me chamo Carlos Alexandre dos Santos Esteves, tenho 25 anos, moro no Estado de Rio de Janeiro, sou grinder no Magic Online e faço dele minha profissão.

MTG Factory: Como foi o processo de escolha dos seus companheiros pro GP São Paulo 2014 (Team Sealed)?

Batutinha: O que aconteceu é que como o Rastaf trabalha na Let’s Collect e eu indiretamente também, fazendo artigos, vídeos e publicações, eu queria jogar com um time da loja, então desde que o GP foi anunciado eu tinha falado com o Rastaf e ele topou fazer trio comigo. Cogitamos jogar com o Boloiro (Leonardo Labruna), mas o mesmo disse que não iria poder jogar o GP porque ele teria que trabalhar, e até antes mesmo de cogitarmos o Boloiro, o Rastaf tinha dito que queria chamar o Jabaiano para jogar conosco, já que o cara é experiente, e joga muito. Algum tempo depois de o Jaba ter aceitado, ficamos sabendo que ele tinha sido convocado para jogar com o Edel e o PV.

Então partimos para falar com o Enzo Real para que jogasse conosco, porque além de ser um grande amigo, joga muito bem, mas como o Enzo disse que o Mateus Martins fazia questão de jogar com ele e eu já tinha fechado com o Rastaf e não deixaria de jogar com ele, deixamos o Enzo de lado e aí começamos a pensar em bons players que poderiam fazer parte do nosso trio. Em um determinado momento, eu falei pro Rastaf que queria chamar o Túlio, pois o cara sempre foi gente boa, joga muito bem, e tinha feito excelentes resultados em 2013. Logo, nós decidimos falar com ele e ele pediu se não me engano algum tempo para me dar uma resposta.

Mal sabia eu que ele já tinha um trio, mas que poderia ser cortado a qualquer momento, caso o Vagner Cassati confirmasse que fosse jogar o GP. Depois de um tempinho, eu coloquei uma pressão nele para saber, se ele ia poder jogar com a gente ou não e ao ficar sabendo que o Cassati confirmou que ia jogar com o Eltinho e o Robson, ele confirmou que jogaria comigo e com o Rastaf.

MTG Factory: Como vocês se prepararam para o GP? Que métodos utilizavam pra treinar?

Batutinha: Nós infelizmente não pudemos ter uma preparação presencial, afinal, somos de 3 cidades diferentes. Rastaf de São Paulo, Eu do Rio de Janeiro e Tulio de Cuiaba, então treinamos selados normais para nos habituarmos com as cartas, e saber com exatidão quais eram as playable e as unplayable, coisa que nos ajudaria muito na montagem dos decks. Eu cheguei a mandar print screen de 3 pools de selados para começar a trabalhar a mente e para que cada um tentasse montar 3 decks com aquelas 3 pools, como se fosse no GP mesmo, mas parece que a ideia não foi muito bem aceita, afinal, era bem trabalhosa.

MTG Factory: Vocês tinham definido tentar montar algum arquétipo específico?

Batutinha: Então, na verdade nós conhecíamos alguns arquétipos do selado normal, e com isso sabíamos as cores bases, mas pra ser sincero, eu queria muito jogar de UG, eu gosto muito do UG nesse formato, e ele é um dos melhores arquétipos.

MTG Factory: Que processo utilizaram pra montagem dos decks? Passado o GP, acredita que foi a sua melhor escolha e que montaram os decks certos?

Batutinha: Então, o principal é não se atolar no tempo, afinal, o tempo parece que é suficiente, mas se não tiver uma organização, você se perde nas cartas e acaba se atolando no tempo. Em relação aos decks, nós separamos as playable de cada cor e as multicoloridas, pegamos as cores bases e abrimos e víamos qual era a segunda cor que poderia dar suporte e era mais sinérgico. Por vezes em selados eu já presenciei decks que não tinham carta cara e eram muito bons pois eram sinérgicos, é claro que alguns deles ganham com uma única carta rara, mas nós procuramos deixar os decks com sintonia.

MTG Factory: Quais fatores acha que são mais importantes num campeonato de times?

Batutinha: Com certeza é a união e confiança. Se você não tiver esses quesitos com seus companheiros, nem adianta jogar. É impossível imaginar como algum trio pode ir bem, se os jogadores não estão unidos, e se você não tem confiança quando mesmo depois de conversarem sobre tal jogada seu companheiro bate no peito e falar, vou fazer isso e pronto.

MTG Factory: Você gostou do selado de Theros em geral? E do selado de times?

Batutinha: Esse bloco, diferentemente dos outros, me agradava, e eu sentia que poderíamos ir bem e que eu poderia contribuir muito pra isso, antes mesmo de lançar Journey into Nyx eu já gostava do formato, tanto que fiz Top4 em um MOCS Sealed. O
selado de trios no entrando, era algo novo pra mim, mas é claro que você jogar ao lado de amigos que jogam bem e tem o mesmo objetivo que você, é muito prazeroso.

MTG Factory: Quanto tempo você gasta por semana com o MOL? A mudança nos campeonatos por la teve um impacto significativo em seus treinos?

Batutinha: Isso é bem difícil de responder, uma vez que eu vivo do Magic Online, eu fico muitas e muitas horas jogando todos os dias, mas se é pra chutar acredito que 105 semanais. A mudança não teve muito impacto, eu continuei jogando e treinando da mesma maneira.

MTG Factory: Quais são seus planos para o Magic agora que você deu um passo tão importante na sua carreira e venceu um GP?

Batutinha: O principal agora é focar no magic, já que eu já estava planejando deixar ele de lado para poder me dedicar ao Poker Online, agora com a vaga para o Pro Tour M15 desejo ir bem nesse Pro Tour a ponto de me classificar para o próximo Pro Tour, que é em Honolulu, e podem ter certeza que colocarei todas as minhas forças para conseguir isso. Tenho intuito também de levar o magic competitivo a mais jogadores, muitos que vão a PTQ's só porque é um torneio grande com uma boa premiação, eu quero formar jogadores que vão para ganhar, que não vão lá apenas por disputar uma premiação grande em booster, pois assim, poderemos quem sabe um dia sonhar com alguma liga do tipo que a Starcity faz, e além disso, se você aumenta o nivel dos jogadores, temos muito mais chance de aparecer novos Pv, Willy e Jabaianos por aí.

MTG Factory: Tem algo a mais que gostaria de dizer para os leitores, antes de finalizarmos?

Batutinha: Eu só tenho é que agradecer a todos que torceram por nós no GP. Tenho certeza que toda a energia positiva que nos mandaram fez muita diferença e a cada parabéns que eu recebi ao estar no Top4 me motivou mais ainda para não apenas fazer top4, e sim ganhar, e foi o que aconteceu. Obrigado também todos aqueles que me acompanham tanto nas redes sociais como no Blog da Let's Collect e sempre estão aptos a me ajudar sempre que necessário. É isso aí, um abraço a todos e continuem torcendo por mim no Pro Tour, afinal,

"A fé na vitória tem que ser inabalável" .

E assim terminamos a entrevista com o famoso Batutinha, figura importantíssima do cenário nacional de Magic! Gostaríamos de agradecer pelo seu tempo nos respondendo e por ser um player tão gente boa quanto você é, com certeza um dos pilares da comunidade de Magic no Brasil. Mais uma vez parabéns pelo GP! Tanto pra você quanto para o restante do seu time, Rastaf e Tulio. Fizeram bonito e tenho certeza que vão conseguir excelentes resultados no Pro Tour. E assim finalizamos. Até a próxima, galera! Por favor, se gostaram, curtam a postagem, comentem, nos deixe saber o que vocês acham desse tipo de material para que possamos estar sempre indo atrás de cada vez mais informações!

-Bruno


quarta-feira, 2 de julho de 2014

[REPORT] Grand Prix São Paulo 2014



E aí pessoal! Aqui quem fala é o Vico de novo. Primeiramente, gostaria de dizer que o MTG Factory pede desculpas pela falta de movimentação ultimamente. Nós tiramos algumas semanas de folga de tudo para nos concetrarmos 100% no treinamento para o GP São Paulo. Mergulhamos no selado do bloco de Theros (e no formato de times também) e tivemos que deixar de lado as postagens por um tempo.

E é justamente sobre o GP que eu vim falar. O MTG Factory levou 2 times pra lá, um formado por Bruno, Tiago e Guilherme Bonow e outro formado por mim, Farofa e Alecsander, este último sendo como convidado, todos os outros estão constantemente por aqui trazendo conteúdo pra vocês. O primeiro time fez 3-3-1 drop antes da última rodada, enquanto o nosso fez 5-2-1, ficando em 50º, batendo na trave para passar para o day2.

Bom, estou aqui pra compartilhar com vocês como foi toda essa experiência, tanto da viagem quanto do torneio em si. Desde o começo do MTG Factory, nós tínhamos a intenção de atrelá-lo à nossa preparação pro GP São Paulo. Usamos esse espaço para expressar nossas experiências e todo o progresso que fizemos durante esse tempo. Enfim, passamos meses nos preparando, lendo, jogando, discutindo, fazendo de tudo sobre o selado de Theros. Abrimos incontáveis pools, reais e simuladas, motamos inúmeros decks.

Passado todo esse processo de preparação, chegou a hora de partirmos para São Paulo. Por motivos diversos, fomos em vôos separados. Tínhamos feito a reserva em um Hostel que ficava relativamente perto do local do evento e acertamos com o pessoal de lá para buscarem alguns de nós no aeroporto e fazerem o traslado até a hospedagem. Eu era um desses.

Aí a história se complica. Eu e minha namorada chegamos em São Paulo no final da tarde e ficamos esperando por mais de uma hora pelo motorista que não apareceu. Depois de corrermos atrás, fomos informados pelo telefone de que poderíamos pegar um táxi comum e seríamos reembolsados pelo hostel. O táxi acabou ficando mais cara do que o preço que hostel havia nos cobrado, portanto exigimos o reembolso que eles se recusaram a pagar. Acabamos deixando quieto, a viagem ja tinha sido estressante e era melhor não arrumar confusão logo no primeiro dia, afinal estávamos com medo de acordar transformados em centopeia humana pelos funcionários desconhecidos e estrangeiros do Hostel.

Depois de uma noite de sono mal dormida, havia chegado o grande dia. Depois de nos perdermos de "leve" em São Paulo porque inventamos de ir a pé, finalmente chegamos. O local era excelente e o número de jogadores era ótimo também.



Passadas as considerações iniciais do juiz e os swaps, acabamos ficando com uma pool boa. Havíamos pré definido estilos de jogo para cada um de nós. Eu, sendo o jogador do meio, teria mais disposição a jogar com algum deck à base de preto, Farofa jogaria com o aggro provavelmente com branco e o Alecsander ficaria com o midrange preferencialmente verde. Acabamos abrindo verde, branco e vermelho muito fortes, com azul e preto na média, talvez um pouco abaixo. Branco tinha algumas powerhouses, como Eidolon of Countless Battles e o verde veio com uma curva muito boa. Logo definimos um dos decks, que seria um monowhite heroic com splash pra verde, onde tínhamos aberto Fleecemane Lion e Reap What is Sown, que acabou sendo o deck mais forte da pool. Azul e preto estavam com poucas playables e era difícil encaixá-las com qualquer uma das cores sem piorar as outras possibilidades de decks que íamos espalhando pela mesa.



Tentamos UR, BG, BR, BW, UW, UG e nenhum agradava. Resolvemos parar de tentar encaixá-las e nos concentrar em montar outros decks que fossem consistentes pra depois ver o que podíamos fazer com elas, então fixamos o Wg heroic e chegamos a um RG midrange que agradou. Possuía alguns removals, Sylvan Caryatid e algumas cartas legais para o early game e alguns monstros para fechar o jogo, além de um Purphoros no side. Resolvemos então juntar o azul e o preto para criar um control e acabou dando certo. O deck tinha poucos finishers e era o mais fraco da nossa pool, mas dava pra roubar alguns jogos com ele.
Então Farofa ficou com o Wg, Alecsander com o RG e eu com a dura missão de pilotar o UB control. Durante o campeonato, precisei adaptar o meu estilo de jogo para um mais arriscado e mais tempo ao invés de control. Eu possuía 2 Sudden Storm, Grim Guardian e algumas Cloaked Siren, portanto era possível disitrbuir bounces e taps enquanto eu pingava meu oponente e o atacava com minhas criaturas 3/2 Fly no bom estilo Delver.



Logo na primeira rodada, nossos oponentes levaram game loss por atrasarem a montagem de decks, mas cometemos o erro de não chamar o juiz para perguntar sobre um possível tempo adicional no final da partida. O nosso jogo começou com uns 2 minutos de atraso só e tínhamos 2  games para jogar, portanto não parecia ser um problema. Acabou que o jogo se arrastou um pouco e empatamos logo na primeira rodada.

Foi um pouco frustrante, mas seguimos em frente, abrimos 2-0-1 e então enfrentamos a outra equipe do MTG Factory, o que foi um banho de água fria. Saímos vencedores , mas perdemos as próximas duas rodadas. Nessa hora, praticamente jogamos a toalha, sabíamos que seria quase impossível algum X-2-1 passar para o day 2. Fomos dar uma volta pelo GP e encontramos com um grupo de jogadores daqui de Florianópolis, Chico, Jota e Jefferson e, durante a conversa, eles disseram que havia um forte boato de que passariam alguns X-2-1 então resolvemos dar mais um gás pra tentar entrar.

Vencemos as próximas duas rodadas, fechando o campeonato em 5-2-1. Infelizmente, depois de alguns minutos de espera a lista final saiu e nós terminamos em 50º, passando 40 para o day 2. Um número razoável de times 5-2-1 conseguiu a classificação e nós ficamos pra trás no critério de desempate.


Apesar da frustração inicial, ficamos felizes com o resultado no geral. Apesar de não ter sido exatamente como esperávamos, foi uma ótima experiência que serviu como aprendizado para nós. O trabalho em equipe realmente nos motivou e treinar com um time é algo que faz muita diferença no final das contas. 

Espero que tenham gostado, o MTG Factory agora vai voltar com tudo e vamos trazer mais conteúdo pra vocês.

-Vico

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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Mission to Mars - Analisando o Pré-Release de Journey into Nyx!


Oi pessoal, aqui é o Vico de novo e hoje venho falar sobre o tão aguardado pré-release de Journey into Nyx! Com o spoiler completo (que você pode conferir aqui), começam a surgir palpites e dúvidas sobre quais cartas podem fazer estrago, qual a melhor cor, etc. Por isso, o MTG Factory vem trazer uma análise bem legal pra ajudar todo mundo escolher do que jogar nesse final de semana.

Primeiro, é bom salientar que analisaremos única e exclusivamente a nova edição. Com as 3 edições do bloco presentes nesse pré-release, é muito difícil prever tudo que pode acontecer. Na análise também daremos prioridades para comuns e incomuns. Para se entender a consistência de cada cor, não se pode dar tanta importância às raras, uma vez que cada uma tem sua quantidade X de bombas. Independente de qual cor seja a pior, se você abrir 4 bombas gigantes daquela cor, você provavelmente vai usá-la, mas isso são casos atípicos.

Faremos uma análise de cada cor e também tentaremos colocá-las em um ranking conforme nossa opinião. Também listaremos as Promos, por ordem de pior para melhor. Então, sem mais delongas, vamos começar!






Quando eu olhei o spoiler completo por cima pela primeira vez, eu gostei bastante do preto. Achei que a quantidade razoável de removals e playables tinha potencial para torná-lo a melhor cor da edição. Até eu olhar de novo para o branco. Ele possui uma mistura muito interessante de criaturas boas, voadoras, removals e até um certo exagero na keyword “Golpe Duplo”. Algumas cartas que chamam a atenção:




Tappers costumam aparecer como grandes estrelas em pré-releases e talvez esse seja o formato perfeito pra um deles. Em situações onde o seu oponente foca a sua estratégia em usar seus bestows e tricks em uma única criatura e transformá-la num megazord, o cachorro tem potencial para frustrar planos. Seu custo pode ser um ponto negativo para ele, numa curva onde as melhores criaturas são jogadas, normalmente, mas talvez seja um preço barato a se pagar dependendo do panorama. Outra desvantagem é o fato de que ele não encaixa muito bem em decks mais agressivos, mas os pré-releases tendem a ter ambientes mais lentos, portanto deve-se ficar de olho nele.




A criatura não-heroica perfeita para carregar bestows. Seu poder inicial pode não ser assustador, mas qualquer coisa anexada à ele pode transformá-lo em um monstro que vai precisar de uma resposta imediata do oponente. Já pensou ele seguido de um Heliod's Emissary? É uma criatura a ser temida, porém seu alto custo e seu corpo frágil são seus pontos fracos, ele acaba por ser uma criatura dependente de outras ferramentas para deixá-la mais forte, mas, uma vez que ele fica, vira uma máquina difícil de ser detida.

Removals

O branco veio com uma grande quantidade interessante de removals. Banishing Light, o novo oblivion ring, é extremamente forte por lidar com várias permamentes que incomodam, como o bestow mais forte de uma criatura do oponente, ao invés da criatura propriamente dita. Opressive Rays e Armament of Nyx podem ser respostas eficazes para criaturas combatentes que representem alguma ameaça. O problema de todos eles é o fato de serem encantamentos e a própria edição ter formas variadas de lidar com eles, então é preciso ter cuidado. Fora isso Reprisal é um Vanquish the Foul mais barato que pode vir a ser útil e Quarry Colossus dá um Griptide melhorado. Sua desvantagem é o custo, mas talvez em um pré-release ele possa fazer estrago.

                       


Rezar para abrir: Godsend e Dictate of Heliod


Promo



Dawnbriger Charioteers é, na nossa opinião a melhor dentre as 5 promos. Branco por si só já possui uma quantidade boa de enablers de heroic para apoiá-la e seu efeito compensa e muito o seu custo. Lifelink já se provou ser relevante no formato e, somado ao Flying ajudará a vencer muitas corridas.

Posição no ranking – 1°: Branco aparece como a melhor cor, tendo tudo que o jogador pode querer: Criaturas eficientes, removals, tricks e a melhor promo de todas. Caso não seja o suficiente, é uma cor que costuma encaixar bem com qualquer outra, portanto merece o lugar mais alto no pódio.





A princípio uma cor relativamente fraca, mas que com as cartas certas pode acabar fazendo estrago. O azul veio com algumas cartas unplayable, mas veio com um suporte “aéreo” interessante, portanto é preciso ter cuidado.




Corpo muito bom para o seu custo. Olhando um pouco para fora da edição, ela tem potencial para fazer estrago junto com cartas como StratusWalk e Raised by Wolves. Ela pode também combinar com cartas como Banishing Light ou outro removal encantamento, te possibilitando trocá-lo para uma outra criatura mais poderosa do oponente. Ela também funciona bem voltando uma criatura bestow que foi jogada pelo seu custo normal turnos antes, para transformá-la em uma aura útil no late game. Claro que o uso dela é recomendado em um deck que faça uso de vários encantamentos, portanto isso é uma desvantagem para ela.




Criatura interessante para decks do tipo tempo. Um deck heroic que jogue uma criatura no turno 3, Triton Cavalry no turno 4 e, a partir daí, começar a usar seus bestows e seus tricks nele, pode ganhar corridas rapidamente, voltando os bestows ou até mesmo as criaturas do jogador defensor para sua mão. Vale lembrar que sua habilidade é útil caso ele bloqueie ou seja bloqueado por alguma outra criatura, tendo grandes probabilidades de vencer as guerras de tricks no combate por poder voltar uma aura do oponente e ficar maior que a outra criatura. Seu corpo relativamente fraco e o fato de seu heroic não fazê-lo crescer são suas desvantagens.




Agora sim. Essa carta é simplesmente fenomenal. Voyage’s End já era uma carta muito forte no formato Theros-Born, e Hubris vem pra fazer o mesmo que ela, só que muito melhor. Em muitas situações, voltar uma criatura junto com 1 ou 2 bestows para a mão do cara vai selar o jogo. O selado do bloco de Theros é muito equilibrado e mana intensive, a cada turno você precisa jogar uma carta forte e isso utiliza o máximo da sua base de mana, portanto há muitas situações em que você faz uma criatura no turno 3 e cresce ela no turno 4 e 5. A essa altura, encaixar um Hubris é tudo que você quer, atrasando o jogo do oponente em 2 ou mais turnos por um custo muito baixo, sem sombra de dúvidas uma das melhores comuns da edição.

Rezar para abrir: Hypnotic Siren e Daring Thief.


Promo 



Scourge of the Fleets não está entre as melhores promos disponíveis. Seu efeito é relativamente bom, mas muito restritivo. O que acontece em muitos pré-releases é o jogador escolher uma cor e acabar não abrindo uma pool muito forte com cartas dessa cor. De opção, o jogador pode aproveitar a promo e algumas cartas chave dela para utilizá-la como uma cor secundária ou até mesmo um splash, mas Scourge of the Fleets não possibilita isso, ainda exige que você utilize muitas ilhas pro seu efeito ser bom, além de ter um custo muito alto. Na nossa opinião, a 4ª colocada no ranking das promos.

Posição no ranking – 3º: Azul está exatamente no meio do ranking e está bem 8 ou 80. Sua promo não é das melhores, mas possui uma das melhores comuns da edição. Possui várias cartas poderosas, mas um número razoável de unplayables. Isso tudo complica a avaliação do azul e está claramente abaixo das outras duas cores mais fortes da edição. (Na nossa opinião :) )




Como eu já falei, à primeira vista me pareceu a melhor cor da edição, mas ficou por pouco atrás do branco. Ele ainda possui uma grande variedade de playables e veio com vários spot removals, coisa que todos sabem que faltava nesse bloco. A cor ainda possui várias criaturas consistentes.




É comum ouvir por aí players falando que o bloco é “tempo oriented”. A corrida é muito importante no formato e nessa edição tivemos várias cartas que podem inclinar a corrida a seu favor e essa é uma delas. Uma criatura comum muito forte, heroic e que possui nela mesma uma habilidade pra fazer você passar à frente no jogo. Uma das melhores comuns do preto e da edição.




“Ah, mas esse bicho só é bom num deck de minotauros.” Não é bem assim. 3 manas, 2/3 deathtouch já é algo bem bom nesse formato, ter uma criatura como um removal em potencial é uma vantagem bem grande no campo de batalha, e ainda há o bônus de poder dar deathtouch pra um eventual minotauro que você esteja utilizando, como um Deathbellow Raider. O estrago pode ser grande.

Removals

O preto veio carregado de removals, quase todos condicionais é claro, mas vários eficientes e que preenchem a lacuna deixada nas edições anteriores de spot removals de qualidade. Feast of Dreams quase sempre terá alguma utilidade e possui um custo benefício muito interessante, Nightmarish End parece difícil de avaliar, mas é muito bom no early/mid game, uma vez que é difícil montar um deck com várias criaturas leves nesse formato, então ele se resume a quase sempre uma spell por turno, o que resulta em pelo menos 3 ou 4 cartas na mão lá pelo 5º turno e um Lash of the Whip mais barato é sempre bem vindo. Spiteful Blow é mais um hard removal no estilo de Sip of Hemlock, com a possibilidade de destruir aquele terreno assustador encantado com Nylea’sPresence.



Rezar para abrir: King Macar, the Gold Cursed e Silence the Believers.


Promo



Doomwake Giant é uma carta consistente. Tem um corpo muito bom para o seu custo e pode acabar dando um removal ou dois durante o jogo dependendo do deck, então ele pode vir a ser sensacional. Mesmo que ele não destrua nenhuma criatura, ele pode tornar cada combate mais favorável para você, portanto ele merece atenção. É uma carta boa e que pode vir a ser muito boa, portanto ela é a 3ª colocada no nosso ranking de promos.

Posição no ranking – 2°: Preto veio muito forte e só não está em primeiro lugar nessa lista porque o branco veio mais forte ainda. A quantidade de removals é o seu ponto forte, muitas cartas poderosas e uma promo boa. Sem dúvida uma escolha consistente.




Pobre vermelho. A cor mais injustiçada do magic (mimimi) não teve sua sina melhorada em Journey into Nyx. Ela traz uma mistura de criaturas, removals e tricks, mas parece que falta alguma coisa em cada um desses tipos de cards. Algumas criaturas deixam a desejar, alguns removals são ineficientes e unplayables e alguns tricks poderiam ser melhores. Ainda assim, seguem algumas cartas que chamam a atenção.




Essa é uma criatura bastante agressiva e que pode selar partidas em poucos turnos. Se o oponente não controlar nenhum artefato ou criatura vermelha e você contar com 2 tricks ou bestows na sua mão, é bem provável que você vá ganhar o jogo. É o tipo de criatura frágil, mas que a curto prazo pode fazer um estrago sem precedentes.




Criaturas com monstrosity costumam sempre ser boas adições a decks mais midrange e essa é uma boa criatura desse gênero. Ela é bastante consistente, possui um corpo bem bom e um efeito que pode causar bastante estrago. Depois do monstrosity ela não vira a maior criatura do mundo, mas ela vai ser sempre útil a decks que utilizem bichos mais, digamos... encorpados.




Essa é uma carta bem interessante, lembra a promo preta com o detalhe de poder dar o ping em um jogador também. Possui um ataque interessante e, seguida de 1 ou 2 bestows, ela pode se tornar uma bela dor de cabeça para o oponente.

Rezar para abrir: Harness by Force e Prophetic Flamespeaker


Promo



Ah, Spawn of Thraxes... difícil escolher entre você e a promo azul para ocupar o último lugar do nosso ranking de promos. Ter que usar um número mais alto de montanhas é pior do que ter que usar um número maior de ilhas, basicamente, visto que vermelho é uma cor que está pior posicionada que azul. Em um deck predominantemente azul, vejo a promo azul fazendo mais estrago do que a vermelha em um deck predominantemente vermelho, portanto o Spawn of Thraxes fica em 5º no nosso ranking de promos.

Posição no ranking – 5º: Vermelho foi uma cor que sempre batalhou para sair do último lugar no bloco inteiro. A verdade é que Born of the Gods ajudou a melhorar o panorama dele, mas com a chega de Journey into Nyx, ele acaba voltando para o último lugar pela falta de playables.




Nas outras edições do bloco, verde acabou se destacando por ser uma cor bem deep, com várias playables e cartas versáteis que entravam em vários arquétipos de decks diferentes. Em Journey into Nyx, o verde continuou fazendo o que sempre fez: criaturas fortes, ramps e pumps, porém agora de forma não tão destacada das outras cores. Apesar disso, verde ainda é uma cor consistente e que precisa ser respeitada.




Uma criatura grande, forte, com um efeito que, quando bem utilizado, pode fazer grandes estragos. Dependendo da mesa, ele pode se tornar um removal por turno, praticamente zerando as chances do seu oponente se reerguer. Ótima carta.




Por 5 manas você ganha uma criatura com um corpo considerável e que ainda pode te dar um draw, parece uma pechincha não é? O número de florestas influencia apenas no número de cartas que você olhará do topo e não interfere no custo da criatura que você pode ficar, portanto isso é uma ótima notícia para decks de duas ou mais cores. Mesmo o verde dividindo a atenção com outras cores no deck, ainda é bem viável fazê-lo e olhar 3 do topo em busca de uma criatura.




Essa é uma criatura consistente e facilmente splashável. Seu corpo é grande e seu efeito é satisfatório, não é nenhuma bomba, mas é o tipo de carta que você com certeza preferia ter na sua pool que muitas outras comuns e/ou incomuns.

Rezar para abrir: Hydra Broodmaster e Setessan Tactics.


Promo 



A segunda melhor promo. Heroe’s Bane é realmente uma bomba, o tipo de carta que é difícil imaginar o que um deck verde preferiria fazer no lugar na curva 5. Sua habilidade coloca counters, então depois de desvirar com ela, o oponente provavelmente só conseguirá matá-la com um hard removal.

Posição no ranking – 4º: Parece um lugar ruim, mas o verde é, na realidade, uma cor boa, o fato é que existem 3 cores que estão melhor que ele. Ele sofre com a sua velha sina de possuir várias criaturas grandes, porém com várias unplayables dentre elas. Entretanto, sua colocação não é motivo para subestimá-lo, qualquer deck bem montado com ele pode sim ser campeão do pré-release, portanto não exclua a possibilidade de jogar com ele.

Então relembrando, o ranking das promos ficou assim:

- Vermelho
- Azul
- Preto
- Verde
- Branco

E as cores ficaram ranqueadas da seguinte forma:

- Vermelho
- Verde
- Azul
- Preto
- Branco

Lembrando que esse é um artigo de opinião, pode ser que esteja absolutamente tudo errado, afinal o formato é um dos selados mais equilibrados que já vimos, portanto é um trabalho ingrato tentar prever qualquer coisa, mas essa é a nossa impressão Então, ficam aí as nossas dicas para o pré-release de Journey into Nyx, não deixe de jogar e nos diga como você se saiu! As dicas foram úteis? As cores se saíram do jeito que imaginávamos? Somos todos idiotas e erramos tudo? Ficaremos felizes em saber! (:

Então é isso pessoal, espero que tenham gostado e que esse guia sirva de alguma coisa e ajude alguns de vocês a escolherem uma cor para jogar e a ganhar o pré-release.


-Vico

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sexta-feira, 11 de abril de 2014

A Speculative Fiction - Analisando os spoilers de Journey into Nyx!


E aí pessoal, hoje eu estou aqui pra fazer um resumão do spoiler de Journey into Nyx até agora (11/04), vou falar um pouco sobre as novas mecânicas da edição, cartas que chamaram a atenção, traps, etc. Então você, que tá com muita preguiça pra acompanhar pela página do MTG Factory ou pra abrir o Mythic Spoiler, fecha o Xvideos um pouco e presta atenção, vem comigo:

Obs: Esse artigo se baseia em opiniões, não fique chateado, nem xingue ):


Novas mecânicas



Temos duas novas mecânicas em JOU, Strive e Constellation. A primeira é um custo adicional para cada alvo a mais que você quiser dar para a sua mágica. No limited, as cartas com essa habilidade acabam sendo bastante úteis pela sua flexibilidade, podendo tanto ser apenas mais um trick ou enabler de heroic do seu deck quanto um blowout no final do jogo. Isso torna o formato mais skill intensive, deixando mais difícil jogar ao redor de tudo, afinal agora existem tricks que valem por 2 (ou mais), portanto é preciso ter muito mais cuidado com cada decisão de combate. 

A segunda, Constellation, é uma habilidade que trigga toda vez que a carta ou outro encantamento entrarem em campo. No limited, é difícil avaliá-la direito, é o tipo de habilidade que vai depender um pouco da sua pool. Obviamente, ela exige que seu deck tenha uma quantidade maior de encantamentos, exceto em alguns casos onde a carta sozinha já é boa. 

As duas são habilidades que, provavelmente, não verão muito jogo no T2, pelo menos por enquanto não tivemos nenhuma carta excepcional com alguma dessas habilidades, pode ser que ainda saia alguma carta forte que valha a pena utilizar, mas até lá, o futuro dessas duas habilidades no Constructed parece bem sombrio.

Cartas reveladas com as duas habilidades até agora:




Strive


Constellation



Promos



E o pré-release de Journey into Nyx vai ser, prepare-se.......... exatamente igual aos de Theros e Born of the Gods! (: 

Como não poderia deixar de ser, temos uma promo pra cada cor. A princípio, a branca parece ser melhor que as outras pela consistência. No branco, quase sempre teremos enablers de heroic, em conjunto com outras criaturas boas para dar suporte a ela, além de ser uma cor que encaixa bem com todas as outras.  Fora isso, a verde e a preta parecem boas também, mas a azul e a vermelha não convenceram.

Já que estamos falando de ciclos, vamos falar de um que chamou bastante a atenção para o Limited:


Bestow



Esse é o novo ciclo de criaturas com bestow, cada uma com o seu drawback. São cartas que, encantadas em uma criatura sua ou sozinhas, até valem a pena dependendo da situação, mas que te possibilitam encantar criaturas do oponente  e obter vantagens do seu drawback, como usar a azul pra matar uma criatura do oponente com algum trick, a branca pra impossibilitar um bicho de atacar quando seu inimigo está focando toda a sua estratégia em encantar uma única criatura heroic para ele ficar enorme, etc, e quando a criatura do oponente morrer, você ganha sua criatura de volta. É um ciclo bem interessante que adiciona bastante skill em um formato com removals escassos, uma opção a mais para lidar com criaturas, quando bem utilizada.


Ajani


Tá bom, tá bom, vamos falar sobre o Ajani. Ou melhor, vamos trazer um outro membro do MTG Factory pra falar sobre ele, vai lá Bruno:


É, ta bom Bruno. Agora falando sério, a primeira vista ele parece bom, a segunda habilidade dele parece bem útil, mas é sempre difícil analisarmos planinautas de 5 manas. Por enquanto é difícil imaginar uma casa para ele, muitas pessoas já falaram em encaixá-lo num possível naya monsters, mas ele parece pior que xenagos (deus E planinauta) e garruk em questão de recursos. É provável que ele veja jogo pós rotação, pois é uma carta que tem sim potencial, mas por enquanto é difícil vê-lo jogando. (não chorem ): ) 


Deuses 



E, por enquanto temos 3 novos deuses revelados, Iroas, Keranos e Kruphix. O Iroas parece ser extremamente forte. Já há a especulação de decks como o RG Monsters splasharem pra ele, mas a realidade é que provavelmente começarão a surgir várias listas usando ele até que finalmente achem um lugar pra ele e eu acredito que vão achar. Ele tem bastante potencial pra ser uma das melhores cartas da edição e está em cores que possuem outras cartas muito fortes no ambiente T2 para ajudá-lo. Keranos trouxe de volta o sonho de muitos que era tentar transformar o UWR control em um deck top. Será que ele é justo o que faltava pro deck? Eu acredito que não, mas isso não vem ao caso. O fato é que ele é uma carta boa sim, tem potencial pra ver jogo, mas UR é uma combinação que por natureza costuma se concentrar mais em spells do que em permanentes na mesa, portanto ativar sua devoção vai ser bem difícil. Isso complica um pouco sua usabilidade porque sua habilidade só ativa no seu próximo turno, então é bem provável que você vá pagar 5 manas pra algo que não te dará um retorno imediato. É claro que pode acabar surgindo um monoblue devotion splashando pra ele, ou um UR devotion, mas se a gente começar a entrar em todas as possibilidades aqui, o artigo nunca terminaria. O Kruphix, pra mim, é uma grande incógnita. Todo mundo olha pra ele e pensa "OMG, REVELATION!". Claro, ele parece bem bom com revelation, em um control, poder passar com as manas abertas pra castar uma instant e, caso nada aconteça, simplesmente gerar 1 milhão de manas pra uma revelation, é um grande sonho e parece ser tudo o que o jogador quer, a questão é se o control vai querer gastar 5 manas por um encantamento que vai bombar uma revelation no futuro, não me parece ser um bom negócio, por isso ele me permanece um grande mistério. (Como a sua arte. Sério, parece que esqueceram de pintar, wtf)


Extinguish All Hope 



Por último eu queria falar sobre essa carta. O sweeper que o monoblack queria, sem dúvidas vem para fortalecer o deck. Se vai ser main deck ou sideboard, é difícil dizer, mas ela provavelmente vai ver jogo sim. 6 manas é um preço um pouco salgado, mas se livrar dos Master of Waves e Nightveil Specters dos Monoblues é algo que todo o monoblack gostaria de fazer e agora não será mais preciso gastar mais de um removal da mão para isso. Mas nem meu próprio time concorda comigo, então eu posso não ser a fonte mais confiável de todas. (:

Então é isso pessoal, esse foi um resumão do spoiler de JOU até agora, é claro que eu não falei sobre todas as cartas, mas falei sobre os pontos que mais chamaram a atenção até agora. Espero que tenham gostado e não se esqueçam, essa é só uma opinião, pode ser que esteja tudo errado e eu perca meu emprego aqui. Calma, é brincadeira, ninguém ganha dinheiro com Magic aqui. ):

Fiquem ligados, a página do MTG Factory está atualizando constantemente o seu álbum para manter todos informados sobre Journey into Nyx, então curta e acompanhe os spoilers por lá!

-Vico


quinta-feira, 3 de abril de 2014

The Bottom Line - Magic não é um conto de fadas



Magic não é conto de fadas. Àqueles jogadores que buscam adentrar o mundo competitivo, é preciso estar preparado. Não há como fugir, um deck competitivo, seja ele T2, ou de qualquer outro formato, vai sair caro. Se o desejo é de sair vencedor, é preciso jogar com as melhores cartas possíveis, mas disso eu tenho certeza de que todo mundo (ou quase) já tem ciência.

Esses dias, checando alguns grupos de Magic no facebook, me deparei – e participei – com uma discussão que me motivou a escrever sobre isso. Na postagem, discutiam sobre como “Magic é só dinheiro” e como “Sem dinheiro, não há skill que se sobressaia”. Bom, vamos por partes. Magic não é só dinheiro e, em momento algum a habilidade de um jogador vai ser definida pelo valor do seu deck. Isso é uma ideia errônea que desmerece toda a dedicação e treino que aquela pessoa (provavelmente) investiu para estar ali e, muitas vezes, isso acaba sendo papo de mau perdedor.

Ninguém aqui é louco de reclamar que “Po! Fórmula 1 é só dinheiro, os caras só correm com carros de milhões de doláres, meu Palio não da conta de vencer, qualquer um com um carro desses que os pilotos têm consegue vencer um campeonato.” Se você quer competir com os melhores, você deve tentar se colocar nas mesmas condições que eles, não é verdade? No fundo, a pessoa sabe que o Vettel é muito mais piloto que ela, mas a desculpa de que ele tem mais dinheiro pra investir lhe cai melhor, afinal é muito mais fácil jogar a culpa em outra coisa que não em si mesmo. 



O fato é que muitas pessoas insistem em achar que dinheiro é responsável por 70, 80% dos triunfos no jogo, mas isso não passa nem perto de ser verdade. É possível sim fazer resultados com decks mais em conta. Isso não significa que o deck vai se tornar um dos mais fortes, apenas que, como o Magic competitivo é baseado em ambiente, no campeonato X, onde o ambiente contava com um número Y de decks Z que têm um match fraco contra o seu, foi possível tirar vitórias da cartola e se dar bem.

É chato repetir essa frase, mas como muita gente já disse: “Se skill importasse tão pouco, não seriam sempre os mesmos no topo a cada torneio”. Essa frase não tem como estar mais correta. Habilidade do jogador no cenário competitivo impora sim, e pronto, a maior prova são os resultados dos campeonatos. Não é porque Owent Turtenwald, Reid Duke, William Jensen e cia são ricos que eles estão sempre levando tudo, é porque eles se dedicam, eles treinam. Pra adentrar no cenário competitivo, é preciso investir sim em Magic, mas sem a prática, é impossível obter resultados positivos.


Eu sei que, pra quem está começando agora é complicado investir em um deck de R$1500,00, e existem outras alternativas, mas uma hora ou outra, caso exista mesmo a vontade de se manter no cenário competitivo, isso vai ter de ser feito, não adianta achar ruim os preços das cartas e que o pessoal só usa decks caríssimos.

Vamos falar um pouco sobre isso, então. Existe uma ideia muito errada de que o deck mais caro quase sempre vai vencer e isso passa longe, mas MUITO longe de ser verdade. Vamos tomar o atual metagame T2 como exemplo. Na temporada passada, tivemos decks caríssimos como o Jund que se davam muito bem e, com a chegada de Theros, o ambiente passou a ser dominado por monoblues e monoblacks devotion. Os dois decks surgiram logo no começo do novo metagame, usando cartas como Pack Rat, Nightveil Specter, Desecration Demon, Frostburn Weird, Judge's Familiar, etc. Essas são todas cartas que nunca viram muito jogo (algumas nunca tinham visto jogo, ponto.) e que eram muito, mas MUITO baratas. Esses decks passavam longe de serem os decks mais caros dos campeonatos em que apareceram e, ainda assim, se saíram muito bem, mostrando que não é o deck mais caro que sempre ganha.

Em contrapartida, existem decks como o Burn do atual metagame que, de vez em quando, aparece bem em alguns campeonatos, mas nunca vê o preço das suas cartas explodir. Isso acontece porque esse é um caso de deck quese beneficia dos metagames específicos de alguns torneios, onde enfrenta alguns decks que se mostram mais presentes e que têm um match ruim contra ele, para poder escalar até o topo, mas que, em um ambiente mais equilibrado, sem a dominância tão gritante de um deck X, não se destaca dos outros.

Hoje, as cartas que movem os monoblues e monoblacks explodiram de preço, e é isso o que acontece. É por isso que a teoria de que o deck mais caro será sempre melhor é furada. Antes do deck ser caro, alguém precisou pegar algumas cartas que tinham potencial não explorado e fazê-las funcionar. É simples, como qualquer elemento desse nosso mundo capitalista, o preço das cartas é baseado na demanda. Não é porque a carta é cara que simplesmente devemos usá-la no deck, é o caminho oposto. Tirando cartas que, devido à sua raridade e ao seu óbvio poder acima da média (Brimaz, etc.), são fáceis de serem avaliadas como cartas que inevitavelmente jogarão, o preço delas se adapta à sua usabilidade e não é porque os lojistas são gênios entendedores de metagame que prevêem exatamente quanto a carta X deve valer.

Caso alguém revolucione e invente um novo deck de R$600,00 que leve todos os campeonatos, ele provavelmente vai valer esses R$600,00 por apenas algumas semanas. Conforme a demanda por suas cartas for aumentando, o preço médio delas também vai aumentar e ele logo vai atingir os mesmos R$1500,00 de todos os outros decks Tier 1 ou 2 do ambiente, não há como fugir disso.

É importante, e isso eu digo com relação a tudo no Magic, ter planejamento. Uma época boa para inventar novos decks, mesmo que baratos, pra tentar se dar bem é a época entre edições, logo depois da rotação. Os decks tendem a ser mais fracos, as bases de lands também. Nesses cenários, quase sempre surge um monored forte, por exemplo, que tem uma certa consistência e tem dificuldade em zicar. Pensando assim, é provável que numa época dessas, cartas como Firedrinker Satyr e StormbreathDragon sofram um aumento em seus preços. São análises assim que devem ser feitas, pensar em quais cards podem se aproveitar dos chamados “metagame shifts” e passar a brilhar. Uma carta como o Stormbreath Dragon, por exemplo, tem chances de ter seu preço aumentado para nunca mais baixar enquanto for T2, uma vez que já é uma carta bem usada.

Não tem como reclamar da Wizards, do Magic, dos lojistas, da DEVIR (!), porque é assim que as coisas são. Preço = Demanda, em qualquer lugar do mundo. Você pode pagar caro por um deck comprovadamente bom ou se arriscar e tentar ser aquele que vai montar o deck papa-tudo de R$600,00 que logo vai ter seu preço explodido. Caso opte pela segunda opção, é preciso ter em mente que essa é a sua escolha, não adianta reclamar que “Fulano ganhou de mim porque o deck dele é mais caro”.

E, ainda, antes de tomar essa segunda decisão é bom que esteja avisado: Você não vai simplesmente pegar o deck do seu avô e sair ganhando tudo porque você acredita no coração das cartas. Magic não é um conto de fadas.

Nope.
-Vico

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quinta-feira, 27 de março de 2014

Limited Options - Introdução aos drafts BNG-THS-THS



Já podemos dizer que o draft de Born-Theros-Theros não é mais novidade pra ninguém e que muito já pode ser dito sobre o formato. Evitando simplesmente replicar o que é visto nos sites gringos, vou resumir, inicialmente, aquilo que já foi constatado por inúmeros escritores conhecidos e pros, incluindo algumas conclusões nossas como time, a respeito das cores:

- Verde é a cor mais ‘deep’. Alimenta 3 drafters sem dificuldades e tem uma abundância de comuns top nos packs de Theros. Em BNG o verde não decepciona, onde cartas como Swordwise Centaur, Nyxborn Wolf, Snake of the Golden Grove e Pheres-band Tromper se fazem sempre presente. (As 4 estão colocadas em ordem de qualidade na minha opinião [Bruno], o Tiago prefere o Pheres-band Tromper a Snake of the Golden Grove). Lembrando que BNG é smallset, ou seja, as comuns tendem a “repetir” muito mais do que em Theros.

-
Preto é underdrafted. Talvez seja conseqüência de o pessoal lutar muito pelo branco e, por conseqüência, preferir as cores de suporte do mesmo (U,G,R). Entendo que BNG não traz muitos incentivos para se colocar no Black, eu mesmo acabo nessa cor 1 a cada 5 drafts, mas o reward por fazê-lo pode ser gigante. Além da oportunidade de removal de qualidade, o que é escasso no formato, se chega em Theros com 1 ou 2 players na cor e normalmente um deles é alguém que pickou White/Green e eventualmente caiu no Wb ou Gb. Gray Merchant pick 4~5 é uma realidade no formato atual, fique ligado nisso na hora de botar Asphyxiate VS algo na balança. Lembrando que o preto tem uma das melhores incomuns de theros a fortíssima Keepsake Gorgon.

-
Vermelho melhorou, mas ainda é a pior cor. A qualidade média das cartas vermelhas melhorou com Born, mas infelizmente a cor ainda tem dificuldades de sair simplesmente do suporte. Isso faz com que cartas como Fall of the Hammer precisem ser reavalidas em termos de first pick, não que a mesma deixe de ser excelente. Vermelho é suporte de uma das cores mais disputadas (branco) e se faz presente no arquétipo “RW 13 lands” by Gerard Fabiano. UR e GR são vistos volta e meia na final do draft, mas precisam que muita coisa dê certo para se tornarem decks fortes, o que faz com que muitos players fujam da combinação.

-
Azul não é mais tão forte e deep. Calma, azul continua como uma das melhores cores do formato e eu posso dizer que é a minha cor favorita. O azul não é mais tão forte no sentido de que com 3 packs de Theros conseguíamos múltiplos Voyage’s End e Griptides, agora a briga por essas cartas é maior. Ari Lax recentemente citou que o ‘bounce’ não é mais tão importante quanto era, o que eu humildemente discordo, acredito que a quantidade dos mesmos no pod é menor, mas só isso. O pack de Born oferece boas cartas pro azul, mas poucos incentivos para first pick, salvo exceções como Aerie Worshippers. Sudden Storm e Retraction Helix são duas das melhores comuns azuis, players conhecidos como Gerrard Fabiano e Frank Karsten chegam até a considerar Retraction Helix como first pick, mas na minha opinião o pack tem que ser muito fraco pra dar first pick num bounce spell defensivo, mesmo que ele ative heroic/inspired. O azul em Born está repleto de picks medianos, o que resulta em mais players escolhendo a cor como suporte, aumentando o número de players dividindo a cor, o que vale a pena se levar em consideração. Uma carta que inicialmente recebeu grande hype foi o Arquétipo azul, mas com o passar das primeiras semanas evidenciou-se que a carta não é tão forte quanto o esperado. Um dos motivos para tanto, se dá no fato de BNG ser o primeiro pack e não o último, uma vez que claramente a melhor casa para o Arquétipo é no UG, mas os bichos grandes do UG que definem o deck só vem efetivamente com Theros. Isso, somado ao fato de se encontrar na curva 6, tiraram a carta de um dos picks azuis mais desejados para um pick bem razoável. Não culparia ninguém de tentar forçar um UG que objetivasse fechar o jogo com o Arquétipo da Imaginação, mas realmente tem muita coisa que é pick mais alto que o mesmo em BNG.

-
Branco é horrível. Não não, brincadeira. Eu gostaria de ter o poder de influenciar players em massa e diminuir um pouco a guerra que ocorre pelo branco no formato atual, afinal.. a cor é DEFINITIVAMENTE a melhor do formato. Heroic é uma realidade e o formato tende a ser mais agressivo do que era com 3THS. Isso somado ao poder de cartas como Akroan Skyguard e Wingsteed Rider + a falta de removal, faz com que draftar o branco agressivamente seja uma boa opção. Traveling Philosophers estão sendo pickados mais alto do que nunca e o seu parente Oreskos Sun Guide já é considerada uma das melhores comuns de Born. Sim, toda essa parte positiva resulta no branco sendo overdrafted, tornando a estratégia ‘fugir do branco’ como algo viável. O próprio Tiago Santos, um dos membros do time que escreveu este artigo comigo, comentou recentemente: “não pego branco. to passando até Ornitarca, só pego se for Brimaz”. É claro que é brincadeira, Ornitarca é idiota demais, dificilmente não vai ser seu first pick, mas digamos que decisões como Vanguardof Brimaz VS Swordwise Centaur devem ser influenciadas pela ideia de que o pessoal realmente ta indo pro draft armado pronto pra lutar pelo branco.

Nota:
Durante a construção deste artigo tivemos o GP Vienna, onde o campeão do draft do Top 8 foi o ÚNICO que draftou branco na mesa, ficando assim com um deck absurdo e passando o carro no player nº 1 do mundo, Jeremy Dezani, na final. Esse efeito pode ser conseqüência da mesma constatação que fizemos no parágrafo anterior, só que resultando em efeito contrário. Se a maioria segue a ideia de fugir do branco, podemos chegar a situações onde draftar o branco volta a ser algo regular, situação semelhante aos jogos de gato-e-rato de metagame dos formatos construídos.

Essas são constatações básicas sobre as cinco cores, o mínimo que você precisa saber se for se aventurar
nos PTQs Selado dessa temporada e se quiser chegar com algo sólido em mente para o draft do Top 8.

Pra finalizar, algumas interações que aparecem bastante e valem a pena ser citadas, uma vez que muitas passam despercebidas pelos players:

1 – Usar a habilidade do Leonin Snarecaster como forma de proteger alguma criatura sua de
Asphyxiate. Situações onde existe deathtouch do outro lado da mesa, você não pode ainda bater com o seu voltron mas tem esta opção para garantir q um top deck de Asphyxiate não mudaria o destino do game.

2 – Interações de untap com
Retraction Helix. (Kiora’s Follower, Savage Surge, Hipocampo, Triton Tactics, etc). A habilidade fica na criatura até o final do turno, então vale lembrar que somada com estas cartas você cria sua “mini sea god’s revenge”. Lembrete! Retraction Helix dá bounce em nonlands, ou seja, torna o combate para os seus oponentes bem mais complicado uma vez que eles podem perder um bestow no meio do combate, etc.


3 – Usar a habilidade do Deepwater Hypnotist
em conjunto com LastBreath, eliminando criaturas bem maiores. Mesmo vale pra Lost in a Labyrinth, mesmo que essa última opção não valha a pena, já que você vai gastar 2 cartas pra lidar com 1, mas é bom estar ciente.

4 – A carta Floodtide Serpent não somente interage bem com encantamentos de cantrip (Stratus Walk, Nylea’s Presence e Fate Foretold), como também interage bem com criaturas bestow, permitindo que você jogue a criatura cedo e eventualmente volte pra mão ao decorrer do jogo, podendo voltá-la “agraciando”.

Obs: Eu montei um UG outro dia e fiquei em dúvida entre
Floodtide Serpent ou Snake of the Golden Grove como 23ª carta. Eu tinha 1 Stratus Walk e 1 Fate Foretold no deck, o que fez eu escolher a Snake, considerando maior upside, etc. Erro meu ao não perceber que não somente eu teria situações onde eu poderia jogar minhas 2 NimbusNaiad no turno 3 sem problemas, como eu também tiraria grande proveito da minha Raised by Wolves. Eu venci um jogo apertado com Raised by Wolves na Snake.. se fosse na Serpente eu teria criado um exército de lobos, o que realmente fez com que eu me arrependesse da escolha feita ao fechar o deck.

9 entre 10 usariam

5 –
Stratus Walk pode ser usado em criaturas do oponente e ainda assim vc consegue tirar algum valor disso, seja impossibilitando a mesma de bloquear as criaturas do chão, como interagindo com Bow of Nylea e Shredding Winds. Dar asa pro Sedge Scorpion pode ser algo bem interessante, dependendo da situação.

6 – Como citado pelo Hall of Famer Frank Karsten
(você pode ler o artigo aqui), Griptide melhora muito se em resposta a Burnished Hart ou o trigger da ordeal verde, funcionando efevitamente como um hard removal.

Existem muitas outras interações importantes. Se esquecemos de alguma que é comum, sintam-se a vontade pra comentar! Com certeza Theros tem muitos detalhes a serem percebidos ainda.

Espero que tenham gostado da leitura e que ela seja útil. Em breve retornaremos com mais material do limited de Theros, que não é importante somente pelos PTQs, como também pelo GP São Paulo, que logo chegará.

Infelizmente nós concluímos esse artigo numa semana em que perdemos nada mais do que TRÊS drafts pra Cromantícora, ficam algumas screenshots como lembrança.


Enemies living the dream:



 
Cromantícora turno 4


Abraço e até a próxima!
-Bruno

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